julho 01, 2020

JOAO CEZAR DE CASTRO ROCHA

 “Chegou a hora de nós dizermos

com todas as letras que é um governo 

de extrema direita, 

unicamente interessado

num projeto autoritário de poder 

cuja finalidade última é eliminar todo aquele

que pense de forma diversa.”

COVID SEM CONTROLE


Bóligan

“O Brasil está pagando um preço elevado pela divisão criada por sua classe política e pelo comportamento do presidente Jair Bolsonaro de minimizar a crise.

A constatação é de Francesco Rocca, presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, que avaliou a resposta à pandemia da covid-19 na América Latina.

"Vemos com preocupação o que ocorre com o Brasil", disse o italiano, considerado como uma das personalidades mais experientes no campo de emergências sanitárias. 

"Infelizmente, acho que Bolsonaro subestimou as consequências da covid-19 e estamos vivendo as consequências".

Segundo  Rocca, ao colocar a economia como prioridade, a resposta no Brasil mostrou suas falhas:

 "É o exemplo perfeito de quando a economia recebe prioridade sobre a saúde da população".

Nesta semana, dados da Organização Internacional do Trabalho confirmam que, enquanto o vírus não for barrado, a situação econômica e social deve apenas se deteriorar.”

Jamil Chade


DOIS MOMENTOS NO MEC

 Que pena,
sinceramente, 
que pena.
O ex-futuro Ministro.

TEMPO DE ENCHENTE?

A cultura de Lajeado:
as enchentes.
 Turismo em Lajeado:
enchentes.
 Votos em Lajeado:
enchentes
 Enchente & Tornardo

 Economia em Lajeado?
Enchente
Solidariedade em Lajeado?
Nem na enchente.

O DESMONTE DO SUS



Para Adriano Massuda, professor da Fundação Getúlio Vargas e pesquisador-visitante na Escola de Saúde Pública de Harvard, frente a pandemia:

“Só não estamos em situação pior justamente porque nós temos o SUS e porque o Brasil tem uma tradição em programas de saúde pública”.

O problema, afirma Massuda, é que justamente essa tradição de saúde pública está sendo ameaçada com a profusão de militares e profissionais sem experiência instalados em cargos-chave na atual configuração do Ministério da Saúde.

O pior, segundo o professor, é que mudanças nas engrenagens do sistema que foram construídas ao longo dos últimos 30 anos podem fazer um “estrago” muito além da pandemia.

Como é que vai ficar a coordenação nacional do câncer?

Como é que vai ficar a política nacional do HIV, do sangue e hemoderivados, e as vacinas que dependem da ação do Ministério da Saúde?

É algo muito arriscado e a sociedade tem que ficar bastante atenta. O problema não é só a covid-19.
Pode haver um processo de desmonte da engrenagem que fez o sistema de saúde funcionar nos últimos 30 anos que é muito perigoso. 

O Exército pode estar puxando pro seu colo a responsabilidade de desmontar o sistema de saúde brasileiro. Esse sistema que é essencial para garantir a segurança sanitária do nosso país.

Na íntegra: https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-25/nem-o-pior-ministro-da-saude-fez-o-que-exercito-esta-fazendo-desmontando-a-engrenagem-do-sus.html?rel=mas

FERNANDONA & ROCHA



 “Sem guerra cultural, não há bolsonarismo”, afirma o professor João Cezar de Castro Rocha, autor do livro Guerra cultural e retórica do ódio: crônicas do Brasil, a ser lançado em breve.

GOLPE ORVIL



"O que conformou a mentalidade de Jair Messias Bolsonaro e seu clã?"

O Bolsonaro, mais do que um político, é uma franquia; há uma franquia Bolsonaro de políticos.



Para o professor João Cezar de Castro Rocha, a mentalidade de Bolsonaro foi moldada numa linha muito particular do Exército brasileiro: o ressentimento, "a partir da repercussão de um autêntico livro-monumento lançado em 1985 que é o livro Brasil: nunca mais.



Esse é um livro particularmente importante porque denunciou as torturas, as arbitrariedades e desaparecimento de corpos da ditadura militar de uma forma incontestável.

Sob o patrocínio do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, ele principiou em 1979, quando os advogados de presos políticos tiveram acesso aos processos de seus clientes e ganharam o direito de ficar com eles durante 24 horas.

Eles xerocaram os processos do Superior Tribunal Militar, reunindo aproximadamente 6 mil páginas, e eis a surpresa: em processos instruídos pela própria Justiça Militar, isto é pela própria ditadura militar, os presos denunciaram aos juízes militares as torturas que haviam sofrido.

O Brasil: nunca mais reúne um conjunto de depoimentos de jovens de 20 e poucos anos, extraídos dos processos da Justiça Militar, em que todos fazem o mesmo relato, alguns dizem que foram usados como cobaia em aulas de tortura.

O livro foi um sucesso absoluto quando lançado, vendeu mais de 100 mil exemplares e teve enorme repercussão no exterior.

Ele ajudou a consagrar, no período da redemocratização, uma imagem das Forças Armadas associada à repressão, à tortura e à morte. Isso marcou muito uma geração do Exército brasileiro que, por isso, sempre teve um projeto revanchista, baseado num processo revisionista.

É por isso que na mentalidade bolsonarista nega-se a existência de tortura, nega-se que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos piores torturadores da história da humanidade, tenha torturado.

A mentalidade bolsonarista não nega apenas a Covid-19, nega também as torturas da ditadura militar.

Os militares formaram então o projeto Orvil, que é livro ao contrário, coisa bem de militar.

É literalmente o Brasil: nunca mais de cabeça pra baixo, não são mais os crimes da ditadura, mas sim os da luta armada. É uma lista longa de grupos armados, dos desmontes desses grupos e dos crimes que os militares consideram que eles cometeram."

(...)


Agora, na narrativa do Orvil, a quarta tentativa de tomada de poder ocorreu pela tentativa de infiltração nas instituições, sobretudo as de cultura: imprensa, arte e universidade. 

Não é verdade que por trás, por exemplo, da reunião do dia 22 de abril o ministro do Meio Ambiente disse com uma desfaçatez muito impressionante:


“Aproveitemos que os olhos da imprensa estão voltados para a Covid e vamos passar de boiada dispositivos infralegais”?

Em dado momento, a ministra Damares se vira para o então ministro da Saúde Nelson Teich e diz: 

“Ministro, o senhor chegou agora no time. No seu ministério há muitos abortistas e feministas, não vamos permitir que as grávidas que contraíram Covid façam aborto”. 

Isso é inacreditável. 

O ministro da Educação sugere prender os “vagabundos” do Supremo Tribunal Federal. 

Todas as ações do governo são de destruição das instituições que correspondem às instituições assinaladas pela narrativa do Orvil como as que pretendem impor o comunismo no Brasil. 



Quando eles falam em extrema imprensa, a matriz narrativa está no Orvil.

O que acontece quando você entrega a Fundação Zumbi dos Palmares a uma pessoa que nega a existência do racismo no Brasil e que sugere que o Dia da Consciência Negra seja abolido para a criação do dia da Consciência Humana?

Quando você entrega o Iphan, um dos órgãos mais antigos e longevos da precária estrutura de cultura no Brasil, para uma blogueira que se define como “turismóloga” é a mesma coisa.

 A Fundação Casa de Rui Barbosa, que armazena manuscritos de Clarice Lispector, de Manuel Bandeira, de Otto Maria Carpeaux, de João Cabral de Melo Neto, da nata da literatura brasileira, para uma roteirista da TV Record, a Letícia Dornelles, que não tem qualificação mínima legal para exercer o cargo, é ou não é uma destruição?

Quando a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] corta 6 mil bolsas de pós-graduação na calada da noite, é ou não é uma destruição?

O CNPq agora lançou um edital de iniciação científica e retirou do edital a área de humanidades. Isto nunca aconteceu em nenhum lugar do mundo. É chocante, mas segue a narrativa do Orvil. (...)


Se as Forças Armadas embarcarem na aventura golpista do Bolsonaro, a situação será tenebrosa. As instituições estão demorando a reagir.


junho 29, 2020

JACQUES-ALAIN MILLER

“Para amar, é necessário reconhecer

que se tem necessidade do outro.” 



TITULO: BABACA-MÓR


Imagine q estamos expostos numa grande prateleira, identificados por títulos:

Branco, heterossexual, solteiro, pai,
Branco, heterossexual, casado, sem filho,
Branco, heterossexual, casado, pai,
Branco, homossexual, solteiro, pai,
Branco, homossexual, casado, sem filho,
Branco, homossexual, casado, pai,
Negro, heterossexual, solteiro, pai,
Negro, heterossexual, casado, sem filho,
Negro, heterossexual, casado, pai,
Negro, homossexual, solteiro, pai,
Negro, homossexual, casado, sem filho,
Negro, homossexual, casado, pai,

Troque o artigo identitário de “o” por “a” e teremos a versão feminina nessa prateleira.

Mude a cor: parda, amarela, rosada, roxa. Depois da vírgula, designe a profissão. Deixemos de lado a idade. Sente ainda a falta de algum adjetivo?

Preconceituoso, cordial, raivoso, otimista, alienado, religioso, ateu, agnóstico, solidário, canalha...

É o q fazemos durante toda nossa curta vida: etiquetamos com títulos  o vizinho, o familiar, o colega de trabalho, de sala de aula, o patrão, o empregado, o professor, a vó do Badanha e o “imortal literário” q inspirou essa reflexão.

Os homofóbicos tem medo que a identidade LGBT  seja valorizada, medo que a hierarquia de valores hetero seja quebrada. 

A homofobia e outros preconceitos indisfarçáveis é senso comum expressada por várias criaturas humanas, entre elas, os que se veem literatos.

Se eu fosse mais louca e briguenta como disseram – olha que ótimos título! -  vomitava tudo que já ouvi e presenciei na estante maior chamada feissibuqui. 

Mas me dá uma preguiça de filtrar tudo isso.



NAACP X FACEBOOK



Uma onda de boicote global ameaça seriamente a rentabilidade das redes sociais, a começar por Facebook e Instagram.

A campanha, puxada pelas ONGs anti-preconceito americanas NAACP, que nasceu do movimento negro, e Anti Defamation League, que combatia originalmente o antissemitismo, puxou inicialmente marcas de moda esportiva que têm tradição de abraçar causas sociais — The North Face e Patagonia.

Mas logo vieram o apoio da Unilever, a segunda maior anunciante do mundo, e também da telecom americana Verizon, uma das grandes no país.

A elas se juntaram, ao longo do fim de semana, Coca-Cola, Starbucks, Honda e PepsiCo.

Todas se comprometem a suspender toda publicidade nas duas redes por algo entre 30 dias e até o final do ano. Pedem mais ações contra racismo, discursos de ódio e desinformação. Algumas dessas empresas também incluíram o Twitter, Instagram, Snapchat e YouTube.

A NAACP divulgou sua declaração sobre o anúncio do Facebook sobre suas novas políticas para combater a desinformação e o discurso de ódio:

“A NAACP está preocupada com a recente resposta surda do Facebook ao crescente clamor da inação de sua plataforma contra o ódio. Embora o Facebook afirme apoiar a 'liberdade de expressão', na realidade, eles estão permitindo que o discurso de ódio seja galopante.”

A suspensão fez Mark Zuckerberg perder R$ 39 bilhões. 
Ta de bom tamanho?

* Puxando a brasa para meu terreiro:



Quisera q varias indústrias e a sociedade boicotasse a rede de supermercados imec que destruiu quase um hectare – ou mais? – de mata nativa para construir um centro de distribuição de seus produtos. Gente  bem ruim mesmo. Só reagem quando toca nas suas contas bancárias.  E como fede essa transação...



JEB, MUITO PRAZER!


Ta no wikipedia: John Eastburn Boswell, Jeb, foi um historiador e professor na Universidade de Yale. Seu foco de estudos foi a homossexualidade e o cristianismo.

Autor do livro Uniões entre pessoas do mesmo sexo na Europa pré-moderna, um estudo investigatório de mais de 60 manuscritos do século VIII ao XVI, sobre a história das uniões entre pessoas do mesmo sexo. 

O livro provocou muita indignação em 1994, como bem podemos imaginar. Se hoje ainda é assim, imagina naquele “Ano Internacional da Família”?

Para Boswell, o termo homofobia significava “receio do semelhante” em vez de “receio do homossexual”. 

Entonces, cada vez que ouço um babaca letrado jogar pedras homofóbicas nos amigos, penso que Boswell nunca acertou tão bem...

Jeb morreu na véspera do Natal de 1994, cercado por familiares, amigos e seu parceiro de muitos anos, Jerry Hart. 

“DECIDIDAMENTE, QUE GOVERNO É ESTE?”


1 - Que exemplo dará para os nossos jovens se o mérito científico é insuficiente para garantir verba do Estado para a ciência, se não citar bibliografia é considerado falha técnica e se obter créditos na pós-graduação já garante o uso do título de doutor, mesmo se houver reprovação na defesa de tese?” pergunta Paola Minoproprio, diretora de pesquisa do Instituto Pasteur de Paris, coordenadora da Plataforma Cientifica Pasteur – USP, conselheira de comércio exterior da França.​ Folha SP

2 - “Toda vez que ficamos impotentes diante de alguma situação, sentimos raiva. É como uma criança que se sente frustada e tem um ataque de birra. É uma força, um sentimento muito forte que toma conta da pessoa, uma sensação de descontrole.” Diz a psicóloga Fabíola Freire Saraiva de Melo, coordenadora do curso de psicologia da PUC-SP, para quem "a imprevisibilidade causada pela pandemia do novo coronavírus pode aumentar a irritabilidade e a raiva nas pessoas.” Folha SP

3 - Sim... Tô com muita raiva. Desses empresários e governo fdp q estão desmatando minha cidade de uma forma e$tupida. Tô com muita raiva dessa hipócrita sociedade fascista  que se aproveitou do auxilio emergencial para encher o tanque da caminhonete. Tô com muita raiva da minha própria impotência.