agosto 15, 2013

ADAUTO NOVAES

Stefano Bonazzi

“Fala-se muito para se dizer absolutamente nada.
Às vezes, porém, quem muito tem a dizer,
nada fala.

É certo que a banalidade nos domina,
mas é certo também que,
sem a fala,
seremos reduzidos a seres sem política,
sem tolerância, sem poesia,
em síntese,
sem o humano”

FARSA CULTURAL


Até quando vão manter a aparencia cultural dessa cidade?
Sai governo, entra governo, mas o novo continua velho e continua cheirando mal.
O que me admira é a cumplicidade do sistema. 
Bem escrevia Claudio Abramo: “Minha ética como marceneiro é igual a minha ética como jornalista. Não tenho duas.” Aqui, escorre. Quando serve, a ética muda de lado. Ou de esgoto.
Pena, mas nunca as aparencias enganaram tantos e tantos que um dia admiramos. 
Pelo que já se presenciou não dá para ficar posando de inocente. 
Ou dá?

agosto 13, 2013

JACK KEROUAC




“Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas pra viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas.”  On the road

TRILHA SONORA

NIETZSCHE, O CANHOTO

Em Sils-Maria, na Suíça, a residência de Nietzsche, entre 1883 a 1888. Hoje abriga a maior biblioteca multilíngue sobre sua filosofia. Nietzsche era canhoto. Hoje é o Dia do Canhoto. Injusto no dia 13 de agosto. Dizem que Leonardo da Vinci era canhoto. McCartney, Ringo Star e Maradona também. Era canhoto Picasso? Newton, Chaplin e Greta Garbo que acabou, quem diria, no Pirajá. Canhoto da velocidade, Ayrton Senna. Canhoto das letras, Machado de Assis. E até um demente chamado Hitler e outro Napoleão, para personificar o mal e a megalomania canhota existiu.  Hoje é o Dia do Canhoto mas bem que podia ser o Dia do Genial: Beethoven e Jimi Hendrix. E Sils Maria é um filme americano com Juliette  Binoche, dirigido por Olivier Assayas e com estreia prevista para o ano que vem. Será que existe abridor de lata especial para?
 

FOI BRAVIO, BRAVO

.verão de 1998? 1999? garopaba? ferrugem? rosa? na areia clara e quente alguém lia uma revista que me parecia bonita. fui espichando o olho, espichaaando... acabei abandonando o guarda-sol só para passar em frente ao sujeito que torrava a derme e então descobrir: bravo. durante muito tempo, comprei edição avulsa. mais tarde lia na biblioteca da faculdade.  depôs, por três anos fui assinante. aí a grana  minguou. pra piorar nem sempre encontrava na banca da minha cidade. por fim, sumiu. disseram que agonizava. agora a notícia de sua morte. lamento profundamente. dou por conta da distribuição, da minha falta de grana, do mundinho fajuto das redes sociais, da decrepitude cultural da sociedade. só as capas da bravo já eram obras de arte. uma pena. um mundo cada vez mais oco e egoísta nos envelhece.

INSONIA & MEMÓRIA, NOVES FORA

"Com a idade, o que diminui é o interesse e o interesse é o pai da memória.

Assim mesmo, o interesse só diminui quando a pessoa permite que assim aconteça.

Como professor há sessenta e dois anos, sempre defendi isso que estou dizendo aqui e, agora, prestes a completar 80 (oitenta) anos de idade, sou a prova viva de tudo que sempre afirmei, pois estou com o cérebro e tudo o mais funcionando bem.

Também não me parece verdade que a má qualidade de sono interfira diretamente  na memória, uma vez que sempre, desde o tempo de rapaz, venho dormindo mal, raramente indo além de quatro horas de sono por noite."

Prof. Dr. Luiz Machado, Fundador da Cidade do Cérebro,  Ph.D. e Livre Docente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro 


* Uma luz no fim do tunel...