maio 24, 2019

CHARLES BAUDELAIRE

"Quem não souber povoar 
sua solidão
também não conseguirá se isolar 
entre as pessoas."

ARQUITETURA


Uma casa futurista dentro de uma rocha gigante... 

A inspiração por trás do conceito veio de Mada’in Saleh, ou cidade de Saleh, na Arábia Saudita, também denominada de al-Hijr, ou 'lugar da pedra'.



Mada’in Saleh foi proclamada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 2008, por guardar importantes resquícios da cultura do extinto povo Nabateu.

São 131 túmulos ao longo de 13,4 quilômetros da cidade com cisternas, muralhas e torres.



ABRAO SLAVUTZKY *

Arte de Sun Yuan e Peng You



“O ódio na política gera mal-estar nas famílias e entre amigos.

No ano passado, a campanha presidencial foi uma festa do ódio como nunca se viu na história do País.

Cenas marcantes como o da menina sendo ensinada a dar um tiro no colo de um candidato à Presidência.

Silêncio da Justiça em relação a essa cena como a tantas outras deram a impressão de que tudo era possível nessa festa dos horrores. 

Lembremos o elogio da tortura, o desejo de matar trinta mil opositores como não se viu em outras eleições.

A grande mídia fez um ruidoso silêncio, e os direitos humanos foram ignorados por todos os poderes. 

Muitos disseram que votavam num candidato por ódio ao outro.


Arte de Sun Yuan e Peng You



O ódio destrutivo cobra o seu preço.

Hoje não se sabe bem qual é o plano do governo, afora o de destruir a educação, a saúde, a natureza.

Não se sabe até quando a sociedade vai aceitar passivamente o ódio à cultura e à aposentadoria dos mais pobres.

De qualquer forma, em tempos mais que sombrios, é preciso evitar o amor ao ódio.

Diante do peso dessa realidade traumática, é preciso recuperar a leveza na vida cotidiana.

(...)
Com o tempo o vento secará as lágrimas.

Caminhar juntos na escuridão ilumina a estrada.”


* psicanalista

NA POCKET STORE...

Sempre uma emoção...

Félix da Cunha, 1167, 
no bairro Moinhos de Vento, 
em Porto Alegre.

CANNES


Conheci o cinema de Karim Aïnouz nos filmes Madame Satã e O Céu de Suely. Curti. Curti muito.

Agora, seu filme  A Vida invisível de Eurídice Gusmão,  baseado no romance de Martha Batalha, foi eleito melhor longa na mostra Um Certo Olhar, na 72ª edição do Festival de Cannes, nesta sexta-feira.

Estreia em novembro, no Brasil.  Tem Fernanda Montenegro no elenco.

IMPRESSIONANTE




 O livro Não Verás País Nenhum,  de Ignácio de Loyola Brandão, lançado em 1981, aborda o século XXI em São Paulo e a  ditadura militar que ainda não terminou... Enquanto isso o Brasil passa por um desequilíbrio ecológico grave, com racionamento de água, calor intenso, alimentos artificiais e manufaturados, ausência quase total de vida animal e vegetal, nascimento de crianças deformadas e mutantes, já que a floresta amazônica e as demais foram destruídas... – Loyola previu Bolsonaro com quase 40 anos de antecedência?

Ano passado, o escritor de 82 anos lançou “Terra nada vai sobrar a não ser o vento que sopra sobre ela”... 

*  O cara tem bola de cristal?

maio 23, 2019

ZE CELSO MARTINEZ



“Não é que uma pessoa 
não goste de teatro,
ela ainda não encontrou 
o teatro certo para ela.”

TEATRANDO

(reportagem de Bibiana Faleiro no A Hora)


É preciso inventar e se reinventar.
Abandonar o marasmo,
cutucar a criatividade,
rir juntas.


De 15 em 15 dias, nas segundas-feiras.
Das 19 as 20h30
 Ainda tem seis vagas!

Interessa?

FLAVIO TAVARES

Photo Laura Mallmann


“Aos 15 anos saí de Lajeado, depois de concluir o ginásio no Colégio São José, depois vendido para o Estado, hoje tem outro nome, de um ditador que não quero nem mencionar.  (...) E fui me dedicar ao Jornalismo.


Arquivo Aristides Tavares

Por que ao Jornalismo?
Porque nós queríamos mudar o mundo. Porque é a forma de dialogar com a sociedade.

(...) A esquerda queria mudar o mundo. 
A direita queria mudar o mundo.

Discordo: a Direita nunca quis mudar o mundo, mas, continuar por cima do mundo.

O golpe de março de 64 mudou tudo.”

* Palestrando no Diálogos da Contemporaneidade, na Univates.

ALBERTO BENETT


Por falar em livros, em Brasil que não lê... O compositor, cantor e escritor Chico Buarque abocanhou  o Prêmio Camões de Literatura., instituído pelos governos brasileiro e português a autores que enriqueceram o patrimônio literário e cultural da língua portuguesa. Ou seja, suas lindas canções também contam.

É o 13º brasileiro a se consagrar vencedor:

Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles, Ferreira Gullar - relação completa no wikipedia.

Venceu em 1992, o Premio Jabuti com o livro Estorvo
Em 2004, novamente, com Budapeste.  
Em 2010, o terceiro Jabuti por Leite Derramado e mais o Prémio Casa de las Américas. 
Em 2014, o romance O Irmão Alemão leva o Premio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.

Parabéns, seu Chico! Parabéns, Benett!