Guardachuvadelaura
março 12, 2020
JOSÉ SIMÃO
“E atenção! Faltam 15 dias pra ditadura!
“Bolsonaro
compartilha vídeo convocando para ato a favor de si próprio e contra o
Congresso.” Tipo Maduro! Finalmente o Brasil virou a Venezuela! Rarará!
“Dia 15 eu vou, Minto.” “Dia 15, Eu Vomito”. Rarará!
E em homenagem ao incendiário general Heleno o ato vai se
chamar Foda-se! Foda-se a Democracia!
O Maia vai levar choque elétrico.
O
Gilmar Mendes vai pro pau de arara. Se o pau aguentar.
Rarará!”
DO MEU CADERNINHO
A imaginação, diz a escritora espanhola Rosa Montero, com
mais de 25 livros e vários prêmios literários e jornalísticos no seu currículo, é a louca da casa. E sabemos que “muitos
povos consideram os loucos como seres
iniciados no mundo”.
Não vamos nos espantar com nossos loucos de estimação,
nossos loucos mansos que cantam nas calçadas, nossos loucos que se drogam nas
praças. Nãoooo!
Vamos ter muito cuidado, muito mesmo, com os loucos nazistas nos arredores
do nosso bairro, impregnados de preconceitos e cúmplices das injustiças e
sacanagens sociais. E corruptas.
São vereadores, presidentes de associações, de
clubes, de entidades, advogados, empresários “bem sucedidos”, dente "do bem"...
Todos eles sabem
quando se vendem. E a imprensa também sabe quando deixa de apontar a merda que
os falogoncentricos estão fazendo em Lajeado.
Sim... Nadar contra a correnteza é bem cansativo, e muito
desgastante. Para não contradizer a vizinhança, a família, os colegas de
trabalho, os amigos de feissibuqui... Quem disse “um pensamento independente é
um lugar solitário e ventoso.”?
Por isso, um tempo se faz necessário nas redes sociais para não me contaminar mais ainda.
PROMOTOR PAULO BRONDI*
“Bolsonaro é um cafajeste. Não há outro adjetivo que se lhe ajuste melhor.
Cafajestes são também seus filhos, decrépitos e ignorantes. Cafajeste é também a maioria que o rodeia.
Porém, não é só. E algo que se constata é pior. Fossem esses os únicos cafajestes, o problema seria menor.
Mas, quantos outros cafajestes não há neste país que veem em Bolsonaro sua imagem e semelhança?
Carlos Latuff
Aquele tio idiota do churrasco, aquele vizinho pilantra, o
amigo moralista e picareta, o companheiro de trabalho sem-vergonha…
Bolsonaro, e não era segredo pra ninguém, reflete à
perfeição aquele lado mequetrefe da sociedade.
Sua eleição tirou do armário as criaturas mais escrotas,
habitués do esgoto, que comumente rastejam às ocultas, longe dos olhos das
gentes.
Bolsonaro não é o criador, é tão apenas a criatura dessa
escrotidão, que hoje representa não pela força, não pelo golpe, mas, pasmem,
pelo voto direto.
Não é, portanto, um sátrapa, no sentido primeiro do termo.
Em 2018 o embate final não foi entre dois lados da mesma
moeda.
Foi, sim, entre civilização e barbárie. A barbárie venceu. 57 milhões de
brasileiros a colocaram na banqueta do poder.
Elementar, pois, a lição de Marx, sempre atual: “não basta
dizer que sua nação foi surpreendida. Não se perdoa a uma nação o momento de
desatenção em que o primeiro aventureiro conseguiu violentá-la”.
Muitos se arrependeram, é verdade. No entanto, é mais
verdadeiro que a grande maioria desse eleitorado ainda vibra a cada frase
estúpida, cretina e vagabunda do imbecil-mor.
Bolsonaro não é “avis rara” da canalhice. Como ele, há
toneladas Brasil afora.
Aroeira
A claque bolsonarista, à semelhança dos “dezembristas” de
Luís Bonaparte, é aquela trupe de “lazzaroni”, muitos socialmente desajustados,
aquela “coterie” que aplaude os vitupérios, as estultices do seu “mito”.
Gente da elite, da classe média, do
lumpemproletariado.
Autodenominam-se “politicamente incorretos”. Nada. É só
engenharia gramatical para “gourmetizar” o cretino.
Jair Messias é um “macho” de meia tigela. É frágil,
quebradiço, fugidio. Nada tem em si de masculino. É um afetado inseguro de si
próprio. E, como ele, há também outras toneladas por aí.
Fraga/Zero Hora
O bolsonarismo reuniu diante de si um apanhado de
fracassados, de marginais, de seres vazios de espírito, uma patuléia cuja
existência carecia até então de algum significado útil.
Uma gentalha ressentida, apodrecida, sem voz, que encontrou,
agora, seu representante perfeito.
O bolsonarismo ousou voar alto, mas o tombo poderá ser
infinitamente mais doloroso, cedo ou tarde.
Nem todo bolsonarista é canalha, mas todo canalha é
bolsonarista.
Jair Messias Bolsonaro é a parte podre de um país adoecido.”
* Do Ministério Publico de Goias.