setembro 02, 2016

MILLÔR



"Político profissional
jamais tem medo do escuro.
Tem medo é da claridade..."

OS APROVEITADORES POLÍTICOS



Político deveria ser é um cidadão público, uma pessoa que influencia os caminhos da sociedade. Que toma decisões que beneficiam todos.
Deveria ser assim, mas não é.

O interesse dos políticos é o próprio bolso. 
Sequer deveriam se chamar “políticos”, mas usurpadores.
Eles roubam terras, águas, o verde e os bancos. Empregam os parentes. Desviam verbas. Desviam o seu caráter. O deles e o nosso. E passamos de alienados a cúmplices.

Hoje político é sinônimo de uma atividade muito antiga: ladrão.

Por exemplo, na minha cidade, Lajeado (RS),  um vereador recebe R$ 6,9 mil mensais, além do 13º. São 15 vereadores. Mas querem ganhar mais.
Querem que você pague R$ 9,4 mi a cada parasita. E cada um tem direito a dois assessores com salários de R$ 3 mil e R$ 4 mil.  
Para fazer exatamente o quê?

Homenagear seus eleitores com nome de rua.
Aprovar crédito para o prefeito.
Mudar o plano diretor da cidade para aqueles construtores de edifícios que financiaram suas campanhas, consigam construir em áreas onde antes não era permitido.
E para aumentar os próprios vencimentos e os do prefeito.

Então você acha que esses candidatos a vereadores e a reeleição estão preocupados com você ou com a sociedade?
Estão todos muito bem de vida. 
E se não recebessem nenhum salário, não existiria nenhum com a bunda colada na vereança.


Não, eu não sei o que fazer. 
Vou tentar descobrir quem é o menos mentiroso, o menos ladrão entre os concorrentes.

Reeleger vereador, nem pensar. Eles pensam que  vereança é cargo vitalício. E ainda tem aqueles que estão deixando de concorrer para botar o filho no lugar.


Para prefeito, voto em branco, anulo. 
Nenhum inspira a minha esperança.

UM OLHAR ESTRANGEIRO

Anatomia do golpe


“Na madrugada de 17 de março, 
o impeachment de Dilma Rousseff 
revelou-se ao mundo como uma farsa. 

Na Câmara dos Deputados, 367 eleitos disseram “sim”, justificando o seu voto com todos os motivos absurdos pelos quais não se derruba um governo eleito: pelo neto Gabriel, pelos evangélicos, “para a acabar com a Central Única dos Trabalhadores e os seus marginais”, pela Ditadura Militar de 1964 e em homenagem ao torturador Alberto Brilhante Ustra, “que foi o pavor de Dilma Rousseff”.

Nessa noite ninguém ouviu falar de “pedaladas fiscais”, nem dos tais crimes de responsabilidade, o impeachment não passou de um julgamento político feito à margem da democracia decidido por juízes que são, simultaneamente, autores e beneficiários do golpe, representantes partidários prontos para ocupar o condomínio do poder depois de terem despejado o seu legítimo ocupante.

Agora que o caso “está arrumado”, ouviremos dizer que só à História caberá a tarefa de ajuizar sobre a injustiça do golpe no Brasil, seja por branqueamento ou longínqua condenação histórica, como se a história tivesse travado deputados como Jair Bolsonaro de dizer coisas como “o erro da ditadura foi torturar e não matar”.


O golpe no Brasil foi um assalto ao poder para desrespeitar a decisão de 54 milhões de eleitores que votaram num governo, bom ou mau, mas democraticamente eleito. Por si só, o ato já merece condenação.

Mas ainda mais assustador é a anatomia do golpe: quem e porquê.


Há duas personagens principais. Eduardo Cunha, o Presidente da Câmara dos Deputados que aceitou o impeachment, enfrenta um processo por esconder contas secretas na Suíça, onde guarda o saque de várias propinas e subornos e tem pendente um mandato de prisão preventiva. 

O outro é Michel Temer, ex-vice e atual Presidente, envolvido no Lava Jato.

Estes misturam-se com a direita evangélica e toda a extrema-direita partidária do tal Bolsonaro, conhecido por dizer a uma deputada “não te estupro porque você não merece” ou por garantir que os seus filhos nunca se relacionariam com uma mulher negra porque “foram bem educados”.


Este é o exemplo mais chocante da direita que o golpe reuniu e normalizou, parte dela sustentada aos longo dos anos pela participação em governos do PT, e que agora se desfez do intermediário para assegurar um governo de “sangue puro” da elite dominante financeira, industrial e latifundiária do Brasil.

O golpe é feito por uma direita retrógrada, autoritária, radicalizada contra os direitos alcançados pelo povo. Numa caricatura humorística, essa elite é representada pelo “odeio pobre”, a frase mais batida de Caco Antibes, personagem do famoso programa “Sai de Baixo”.

A agenda dessa elite é clara: impor um retrocesso social sem precedentes ao Brasil, que passa tanto pelos cortes sociais, pela lei da selva laboral, como pela exclusão da chamada “ideologia de género”, ou seja, das palavras género, orientação sexual, nome social das escolas brasileiras e de qualquer política pública.



Mas há outro porquê na anatomia deste golpe, a agenda da impunidade, que ficou a nu quando Renan Calheiros, Presidente do Congresso, Romero Jucá, Senador e José Sarney, ex-Presidente da República, que foram apanhados numa gravação em que elaboravam um plano para travar o Lava Jato, incluindo o impeachment de Dilma.

Este golpe não se fez só contra Dilma, é um atentado contra todos os avanços sociais que o PT trouxe ao Brasil. No entanto, a direita alimentou-se do fracasso do PT, incapaz de manter as mãos limpas, cada vez mais dependente da direita para governar, que aceitou a recessão como legitimação de políticas de austeridade, que deixou ao vento as promessas de reforma do sistema político e de aprofundamento das conquistas sociais.

Com tudo o que sabemos sobre a anatomia do golpe, é muito provável que a farsa se transforme em tragédia para o povo brasileiro. E é por isso que não podemos esperar que a História faça o seu julgamento, nem aceitar as cumplicidades que, também na direita portuguesa, o legitimaram.
O julgamento do golpe cabe-nos a todos, democratas de qualquer país.
Mas a sua condenação cabe ao povo brasileiro na luta pelos seus direitos, uma tarefa do presente.”

Joana Rodrigues Mortágua
Deputada portuguesa do partido político Bloco de Esquerda


agosto 31, 2016

VLADIMIR MAIAKÓVSKI

Que os meus ideais sejam tanto mais fortes
quanto maiores forem os desafios,
mesmo que precise transpor obstáculos 
aparentemente intransponíveis.
Porque metade de mim é feita de sonhos
e a outra metade é de lutas.

HISTÓRICO DIA 31 DE AGOSTO



31-08-1867
Morre Charles Baudelaire, um dos maiores poetas da literatura francesa.


31 de Agosto de 1897
Thomas Edison patenteia seu projetor de filmes.




31 de Agosto de 1969

Durante a ditadura, o general Costa e Silva deixa a presidência do Brasil. Três ministros militares assumem o país.


31 de Agosto de 1996
A Polícia Federal prende o fazendeiro Darly Alves da Silva, assassino foragido do sindicalista Chico Mendes, no Acre.


Farsa do 31 de Agosto de 2016
O corrupto senado brasileiro comprova ao mundo sua hipocrisia golpista. E salva Cunha.

agosto 30, 2016

GABRIEL MARCEL

“A época contemporânea nos oferece 
o espetáculo desolador
de uma verdadeira coerência no absurdo.”

ESCÓRIA BRASILEIRA JULGA DILMA ROUSSEFF



Algumas frases de ontem, uma rápida pesquisa no Google: senador e corrupção...

Gleisi Hoffmann, pt Paraná:  “O Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma. Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu." Investigada na Lava-jato.

Katia Abreu, pmdb Tocantins: "Não tenho dúvida que esse impeachment é uma conspiração nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha e ganhou forma na ganância sem limites de um pequeno grupo pelo poder.” Investigada na Lava-jato.

Ana Amélia, pp Rio Grande do Sul: Omitiu da declaração de bens à justiça eleitoral uma série de bens e imóveis, dentre os quais uma fazenda de 1,9 mil hectares, localizada em Goiás.  Citada na Lista da Odebrech.

Ricardo Ferraço, psdb  Espírito Santo: Acusado de recebido propina de mais de R$ 1 milhão. Destinatário de propina da empreiteira OAS nas obras do estádio Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014.

Roberto Requião, pmdb Paraná: "Isso é um simulacro de júri...” senador com maior número de processos correndo no Supremo Tribunal Federal. O mais leve, calúnia e difamação...
Antonio Anastasia, psdb Minas Gerais:  Investigado na  Operação Lava Jato.

Simone Tebet, pmdb, MS: investigada por desvio de recursos públicos, improbidade administrativa.

Aloysio Nunes, psdb SP: “Como falar em golpe?” Investigado por receber  R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em dinheiro de caixa dois para sua campanha ao senado.

José Medeiros, psd MT: Investigado por indícios de fraude na ata de convenção da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você...

Paulo Bauer, psdb Santa Catarina: ...  "a falta de transparência e verdade do poder público". Investigado por peculato.

Lasier Martins, pdt RS: “Com as ditas pedaladas, o governo se financiou indevidamente e contribuiu para o aumento da dívida, teve de pagar juros pesados.”

Aécio Neves, psdb MG:  investigado por fraudar dados do Banco Rural no mensalão mineiro, operação Lava-jato. Citado na Lista da Odebrech.

Ronaldo Caiado, dem Goias: na lista suja do Ministério do Trabalho  com denúncias de prática de trabalho escravo em sua fazenda de extração de carvão.

 Lídice da Mata, psb Baia: "Confirmamos que não há crime de responsabilidade. (...) seu impedimento seria pelo conjunto da obra."

 Magno Malta, pr Espírito Santo: indiciado por corrupção no escândalo da sanguessugas, alvo de inquérito no STF, que corre sob segredo de Justiça.

Lúcia Vânia, psb Goias: Peculato.

Vanessa Grazziotin, pcdob Amazonas: "A presidenta Dilma não fez nada que o Lula não fez no seu mandato, que o Fernando Henrique não fez no mandato dele" Investigada por empregar funcionários fantasmas quando deputada. Citada na Lista da Odebrech.

Cássio Cunha, psdb Pernambuco: Crimes contra a ordem tributária e formação de quadrilha. Citado na Lista da Odebrech.
 
Cidinho Santos, pr MT: crime de improbidade administrativa, Operação Sanguessuga.
Armando Monteiro ptb PE: Citada na Lista da Odebrech.
 
Eduardo Amorim, psc Sergipe: Crimes contra a Lei de Licitações e improbidade administrativa
 
Acir Gurgacz, pdt Rondonia: investigado por calúnia...

Paulo Paim, pt do RS: “A maioria sabe aqui nesse plenário que a senhora é inocente. Esse processo está desmoralizado não mediante o Brasil, mas mediante o mundo.” Citado na CPI de Carlinhos Cachoeira.

José Aníbal, psdb SP: arquivado o processo que investiga o senador como beneficiários de propinas no esquema de fraudes do trensalão...

  Ataídes Oliveira, psdb TO: Na CPI de Carlinhos Cachoeira, foi  beneficiário de R$ 6,3 milhões recebidos de empresas ligadas ao bicheiro. 

Álvaro Dias, pv PR:  Investigado na Lava-jato e CPI da Petrobras.

Lindbergh Farias, PT RJ: investigado por crimes da Lei de Licitações,  de responsabilidade, contra a ordem tributária, Lei de Licitações, Lei de responsabilidade e improbidade administrativa.

Tasso Jereissati, psdb CE: Com fortuna avaliada em R$ 389 milhõe, com dinheiro do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste.

Fátima Bezerra, PT RN: Investigada na Lava-Jato.

Regina Sousa, pt Piauí: "O recado do machismo, do patriarcado, do colonialismo ainda arraigado nas mentes do país foi o mesmo recado enviado "a todas as mulheres que ousam".”

Humberto Costa, pt  PE: investigado na Lava-Jato
 
Jorge Viana, pt Acre: Crimes da Lei de Licitações

Helio José, pmdb Distrito Federal:  “A senhora é a favor da reforma da previdência no tocante à restrição aposentadoria invalidez e auxílio doença? É a favor de suprimir direito? Qual é sua proposta de reforma da previdência social? Quais são as propostas para o retorno do pleno emprego?”

Angela Portela, pt RR:  investigada por  crime eleitoral

Jose Antonio Machado Reguffe, sem partido DF.
 
José Agripino, dem RN:  investigado por cobrar propina de R$1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do estado.

Randolfe Rodrigues, rede Amapá: denunciado por receber 200 mil do doleiro Alberto Youssef. Processo arquivado...

Flexa Ribeiro, psdb PA: Investigado por utilizar recursos da verba indenizatória para pagar aluguel à própria construtora; distribuir 20.000 cestas básicas para a compra de votos.

José Pimentel, pt CE: investigado por receber 1 mi de propina, Operação Acrônimo.

Telmario Mota, pdt RR  “PMDB do mal”. Absolvido na  investigação de rinha de briga de galo.

Cristovão Buarque, pps DF.
 
João Capiberibe, psb AP.

Waldemir Moka, pmdb MS: escândalos dos recursos públicos, viaja com a família para a Europa à custa do povo brasileiro...

Dalirio Beber, psdb SC:  Investigado na fraude envolvendo a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (conhecida como banco Badesc). Caso em segredo de justiça.

Sergio Petecão, psd Acre: corrupção eleitoral em esquema com presidentes de associações de bairro, doação de terrenos em troca de votos, bem como de distribuição de bicicletas e aparelhos eletrônicos por votos...
Zezé Perrella, ptb MG: Crimes Eleitorais, Peculato
Roberto Muniz, pp BA: “Sobre a tal da pedalada. A senhora esteve presente pessoalmente em alguma reunião ou orientou decisão de adiar pagamento aos bancos públicos?”

Paulo Rocha, pt PA: Absolvido no julgamento do mensalão.


(Levantamento da ONG Transparência Brasil, diz que 49 dos 81 senadores que participam do "julgamento" da presidenta Dilma no Senado estão sendo investigados por corrupção.
Então, não me questionem porque sou contra o golpe. Sim, votei na Dilma. E agora vocês poderiam bater panela e se mobilizar para terminar com esse Senado fraudulento, hipócrita e  sustentado pelo sangue e suor do povo. Muito obrigada.)