janeiro 29, 2024

LOUISE GLUCK


Lembre-se dos dias da nossa primeira felicidade,
de como éramos fortes,

de como estávamos tontos de paixão,
deitados o dia todo,

depois a noite toda na cama estreita,
dormindo ali, comendo ali também:

era verão,
parecia que tudo havia 

amadurecido de uma vez.

E com tanto calor que ficamos

completamente descobertos...



10 ANOS SEM SEBALDO


Arquivo Laura Peixoto

Era uma quarta-feira de janeiro. O dia mais quente da história desta cidade de raras árvores no centro. A burguesia lajeadense curtia o mar chocolatão do sul, ou o nordestão de Santa Catarina. Os ricos, em Nova Iorque, ou em algum resort nordestino. Dilma, ungida pelas urnas mais uma vez, ainda não sofrera o golpe decretado pelos fascistas. Meu horóscopo incentivava a falar as coisas certas às pessoas certas – mas sem ironia. Olho no olho, com elegância.  Não sou boa nos salamaleques. Raramente ironizo, esfrego na cara: roubaram muito do Sebaldo. E quando digo muito, não é sobre fotografias nos estúdios bolorentos onde trabalhava, mas terreno no Alto do Parque. Incomodo seus pudores, suas vergonhas? Bom, dito isso, calo. Não vale a pena remoer o passado e Sebaldo não deixou descendente. No ultimo encontro em dezembro, disse que só queria arrumar os dentes. Eu respondi que na volta das férias a gente ia dar um jeito. Não deu tempo. E lá se vão dez anos...

+ 29 de janeiro de 2014

 

Dois depoimentos de Sebaldo aqui:

 http://guardachuvadelaura.blogspot.com.br/2009/07/o-fotografo.html

 e http://guardachuvadelaura.blogspot.com.br/2011/07/roteiro-para-o-um-curta.html

 


GENTE

Procurava nos meus arquivos, quando achei essa materia bacana da revista Gente Que Faz,
com direito a uma chamadinha na capa!
Era o segundo ano da revista, edição 11, 
um projeto desafiador de Neiva Schneider 
e que hoje ainda resiste.
Era o ano de 2012. Eu tinha lançado o Intrigas da Colônia,
uma edição mal revisada, cheia de erros.
Odiei a editora e não recomendo.
Mas é filho meu e a gente não renega.

 

MUROS


Visitei Belém, no Estado da Palestina, só dez quilômetros de Jerusalém.

É triste ver os palestinos isolados por aquele imenso muro de concreto de 700 km e 8 m de altura e sempre vigiado por um exército  feroz.  No lado deles vi grafites coloridos de vários artistas.  Menos mal, um pouco de cor e protesto. Região de conflito, dá uma tristeza acompanhar o genocídio promovido por Netanyahu em resposta ao ataque violento e criminoso do Hamas.

Atualmente existem cinco dessas barreiras  de concreto ou arame que marcam a separação entre países: República Dominicana e Haiti, EUA e México, Grécia e Turquia, Marrocos e Espanha, Coreia do Norte e Coreia do Sul.

O mundo sempre atrás de terra e o que existe debaixo dela. 

O PRIMEIRO LIVRO IMPRESSO NO BRASIL?


Em 13 de maio de 1808, por meio de um decreto assinado por D. João VI, criou-se a Imprensa Régia. 

A primeira obra impressa em solo brasileiro foi um livro de liras e sonetos:

“Marília de Dirceu”, do jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga.

A obra fala do amor entre Dirceu e Marília e está ambientada em Vila Rica, no final do século XVIII.