julho 22, 2022

CLARICE LISPECTOR

photo by Michele Valent


 “A missão não é leve:

cada homem é responsável

pelo mundo inteiro.” 

MALVINA

Não consegui trazer do labirinto histórico a biografia de Julia Malvina Hailliot Tavares. Transformar em romance foi a melhor forma que encontrei para reconhecer sua importância social e cultural. Agradeço ao Kadão pela janela aberta na ZH dessa última segunda-feira.

 

O VALE NAZISTA


Quando vi a capa do jornal A Hora de Lajeado, divulgando as pesquisas  da preferência do eleitorado para essa criatura vil, pensei que é preciso  revirar o passado para justificar a estupidez  do presente.


Os herdeiros continuam por aí, espalhados pelos clubes de serviço, associações  e academias sociais, literárias, esportivas, empreendedoras...  Na vereança, no governo, no judiciário.



 Ainda hoje, os herdeiros não tem vergonha de se proclamar fascista quando ainda  defendem  o  indefensável.

A história é phoda.

ISMAEL CANEPPELE


 

RACISMO ESTRUTURAL


 A língua reflete o tamanho do preconceito racial enraizado na comunicação, na  literatura, na música. 

O lado negro da coisa. O humor negro. O mercado negro. A bile negra.  A ovelha negra. A coisa preta. Nuvem negra. Caixa-preta. Lista negra. Magia negra. Câmbio negro. Buraco negro.

A expressão mais positiva?  Quero tudo preto no branco. Ou seja, bem explicadinho. A verdade.  Até  Chico  Buarque:  “Aqui a coisa tá preta...”

 A filósofa Sueli Carneiro ao criticar a novela Terra Nostra (1999-2000) considerou “ que os personagens negros não tem relevância na trama, a sua presença e a imagem negativa que veiculam prestam-se unicamente a ratificar a suposta superioridade do branco.”

 Quem leu Alvares de Azevedo, Machado de Assis, Bernardo Guimaraes, Aluísio de Azevedo, Monteiro Lobato... Sabe que todos se valeram de termos depreciativos para com a negritude  nos  seus livros.

 Muita estrada ainda.

QUINO