março 02, 2015

TOMIO KIKUCHI

"A tecnologia está cada vez mais 
prejudicando a humanidade, 
destruindo a ordem ecológica.
Chegou o momento 
em que a natureza responde."

SERIA A NATUREZA O MEU DEUS?

Deus existe? Existe? Deus? Ala, Maomé, Jeová? Krishna, Xangô, Sidarta? Por favor, você existe seja lá que nome tem? Não. Como assim...  Não? Se existisse não haveria criança estuprada. Não nasceria criança vegetativa. Não haveria crueldade nem humilhação na velhice. Se um todo poderoso que escuta nossas orações nunca teria existido escravo feito mercadoria. Não existiriam gananciosos nem fascistas. Muito menos preconceitos e desigualdades. Se ele realmente existisse a África seria um continente feliz. Não existiriam doenças como esclerose lateral amiotrófica. E nunca teria existido um Ivan IV, um al-Baghdad, um Pol Pot, um  Herodes. Não teria acontecido uma santa inquisição, uma bomba atômica sobre Hiroshima, um jihad e se ... E a Esperança que nos sustenta? Frágil como uma chama de vela. A vida eterna  é um mito criado pelos homens para justificar as religiões e suas guerras. Então... o que realmente existe? Apenas a Natureza. Idolatrem a Natureza e todos nos salvaremos. Se um Deus, esse atende pelo nome Natureza. Necessidade de rezar? 

Força nossa que estais na Natureza, santificada seja o Vosso reino. Venha a nós a vossa divindade natural. Seja feita a Vossa vontade assim na Terra como nas Aguas e no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje e basta. Perdoai as nossas ofensas por ignorância, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal para que todos possamos sobreviver em Paz, amanhã e sempre. Uma oração serve para mudar a natureza menor daquele que reza e não para divinizar o deus de cada um.

ORLANDO TODISCO

“Os inimigos não existem fora de nós.
A fonte deles 
é a mesquinhez de espírito,
a miopia da inteligência”  

ENCERRANDO O ANO





Último dia do ano... Madrugadando às quatro horas da manhã... Um pouco mais tarde, uma caminhada até a banca para comprar os jornais. De volta, com O Sul e o Correio do Povo embaixo do braço, a sorte de encontrar uma amiga que pouco vi nesse ano que amolece de calor e chuva. Um abraço na artista plástica Rute Krug. Um bem apertado, daqueles que transcende a culpa. Rute fez uma (ou duas?) exposições da sua arte bacana e sensível neste ano. Não consegui ir. Em Novo Hamburgo. Nos despedimos com outro abraço e o desejo de nos vermos mais a partir de amanhã. Suspiro. Em casa me armo de lupa e vou trabalhar em uma das caixas do arquivo do fotógrafo Sebaldo Hammes, que se foi em Janeiro. Antes uma passadinha por aqui. Para quem está lendo, anote: faça por você, faça algo diferente por você em 2015. E olhe para o Outro. A vida não tá facil? Olhe para o Outro. E não só para o seu umbigo, o seu espelho, a sua cama... Até 2015!