janeiro 20, 2023

TROTSKY


“Ela virá,

a revolução conquistará a todos

o direito não somente ao pão,

mas, também,

à poesia.”


 

VALENTINA TORO


Estou fazendo um curso online de ilustração infantil. Com  Valentina Toro, escritora e ilustradora, com mestrado em Escrita Criativa pela Universidade EAFIT de Medellín, Colômbia.


Publicou 7 livros, incluindo 5 infantis, onde mescla narrativas textuais com gráficos para criar universos que podem ser habitados a partir de ambas as línguas.



Foi finalista do Little Hakka Picture Book Competition na China e atualmente é representada pela Advocate-Art Inc globalmente.

Adivinha se estou conseguindo desenhar?

Como diz o filósofo Platão: a Esperança é a mãe das ilusões e a Audácia, uma conselheira imprudente...  Não estou desenhando, mas adorando o curso! 

 

BIBLIOBURRO

Nos povoados distantes da Colômbia, o professor Luis Soriano divide seus livros com as crianças sem acesso à leitura e onde nem o Estado nem o setor privado intervieram.

Os livros chegam nas costas de seus burros, Alfa y Beto:

“Se eles não têm biblioteca, temos que inventar uma”.

Já são mais de 25 anos de Biblioburro!


O professor Luis Soriano faz o que nenhuma outra instituição ou empresa privada poderia: educar seu povo por meio de uma biblioteca. 

Não exigiu um investimento milionário, apenas dois burros que dão sentido ao projeto através do nome que se tornou exemplo e chama a atenção de muitos setores. 

O projeto também tem a pretensão de curar as feridas deixadas pelo conflito armado nas regiões.
 

O VANDALISMO CONTINUA

Leio no A Hora, que a prefeitura vai derrubar 6 árvores para alargar um trecho da Alberto Pasqualini, no b. São Cristóvão, em Lajeado.

O q adianta para o fluxo do trânsito alargar uma ou duas quadras  se depois a rua voltar a encolher?

Sempre as árvores atrapalhando os planos do governo...

Seja para cimentar praças ou para dar visibilidade aos lojistas, né?

Vão transplantar uma figueira?

Ahã.

Quatro cedros vão morrer. C E D R O S!

E como medida vão plantar sei-lá-onde cinco mudas.



Gentalha... VTNC*


 

BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS


 

Escritor mineiro, premio Jabuti entre otras cositas mas, fala sobre a literatura infantil no tempo da ditadura:

“... quando começa a ditadura, a literatura se torna muito importante. Todas as escolas liam uma história considerada literatura.

Era a história de um passarinho que estava preso em uma gaiola e todo o dia de manhã a criança levantava, trocava o alpiste, a aguinha e o passarinho cantava, cantava.

Um dia, o menino esqueceu a porta aberta e o passarinho voou e foi para cima de uma árvore.

Aí, cai uma chuva forte e ele precisa se esconder em uma calha do telhado, vem um gato e avança.

Ele corre para o esgoto e vem um rato.

Até que o passarinho não aguenta essa liberdade e volta para a gaiola, fecha a portinha e continua cantando muito feliz.

É isso que a ditadura quis falar que era literatura. 

*

Entenderam?

 


POIS É...


 O título do meu livro de crônicas...  Agora leio Bartolomeu Campos de Queirós que diz o mesmo, em outras palavras:

 

“Viver um dia é ter menos um dia.

Hoje tenho muito menos dias para subtrair.”