Guardachuvadelaura
janeiro 20, 2023
VALENTINA TORO
BIBLIOBURRO
Nos povoados distantes da Colômbia, o professor Luis Soriano divide seus livros com as crianças sem acesso à leitura e onde nem o Estado nem o setor privado intervieram.
Os livros chegam nas costas de seus burros, Alfa y Beto:
O professor Luis Soriano faz o que nenhuma outra instituição ou empresa privada poderia: educar seu povo por meio de uma biblioteca.
Não exigiu um investimento milionário, apenas dois burros que dão sentido ao projeto através do nome que se tornou exemplo e chama a atenção de muitos setores.
O projeto
também tem a pretensão de curar as feridas deixadas pelo conflito armado nas regiões.
O VANDALISMO CONTINUA
Leio no A Hora, que a prefeitura vai derrubar 6 árvores para alargar um trecho da Alberto Pasqualini, no b. São Cristóvão, em Lajeado.
O q adianta
para o fluxo do trânsito alargar uma ou duas quadras se depois a rua voltar a
encolher?
Sempre as árvores atrapalhando os planos do governo...
Seja
para cimentar praças ou para dar visibilidade aos lojistas, né?
Vão transplantar uma figueira?
Ahã.
Quatro cedros vão morrer. C E D R O S!
E como medida vão plantar sei-lá-onde cinco mudas.
BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS
Escritor mineiro, premio Jabuti entre otras cositas mas, fala sobre a literatura infantil no tempo da ditadura:
“... quando começa a ditadura, a literatura se torna
muito importante. Todas as escolas liam uma história considerada literatura.
Era a história de um passarinho que estava preso em uma gaiola e todo o dia de manhã a criança levantava, trocava o alpiste, a aguinha e o passarinho cantava, cantava.
Um dia, o menino esqueceu a porta aberta e o passarinho voou e foi para cima de uma árvore.
Aí, cai uma chuva forte e ele precisa se esconder em uma calha do telhado, vem um gato e avança.
Ele corre para o esgoto e vem um rato.
Até que o passarinho não aguenta essa liberdade e volta para a gaiola, fecha a portinha e continua cantando muito feliz.
É isso que a ditadura quis falar que era literatura.
*
Entenderam?