Guardachuvadelaura
julho 14, 2009
É COM VOCÊ, ALICE...
Olho as fotos...
Grupos se formam por interesse e por companheirismo de farras.
Farras e traições.
Casais sentados um ao lado do outro reforçando a imagem dos bons samaritanos com os filhos da puta e suas mulheres que posam de inocentes.
Mas não são.
Elas também tiram proveito de suas contas bancárias e sorriem alegres para as lentes do fotógrafo. E isso tudo é tão antigo...
Nada é inédito, tudo é pretérito.
E pretexto para aparecer no jornal e mostrar o quanto estamos todos bem apesar das falsidades, dos desvios, das intrigas e da inveja.
Todos se merecem e passo para a outra página, onde confiro a previsão do tempo:
- temporal para as próximas horas.
SÃO TANTAS EMOÇÕES...
Assisti ao show de 50 anos de carreira de Roberto Carlos, num Maracanã lotado.
Dizem que foi impecável. Perdi os detalhes sentada na frente da tv e na segunda garrafa de vinho, me debulhando em lágrimas feito uma nuvem acida.
Dei por conta do vinho.
Depois, por conta do passado, da tpm, de ver que Roberto e Erasmo envelheceram também e se emocionaram com a própria amizade, da Vanderléia que continua brega como sempre foi nos anos 60.
Eu nem era da Jovem Guarda. Achava aquilo tudo muito careta. Na esquina da minha adolescência encontrei de cara a Tropicália, Os Mutantes...
Bossa Nova? Nem pensar.
Agora vejo uma entrevista onde Caetano revela que a canção “Como dois e dois” foi composta em Londres, especialmente para o repertório de Roberto.
Caetano diz que está recheada de versos contraditórios e referências ao período da ditadura.
Quando você me ouvir cantar
Meu amor
Quando você me ouvir chorar
Poucos entenderam o recado, disse o baiano de cabelos brancos e óculos de aro fino.
Se fosse ele a cantar, continuaria no exílio.
Na voz do queridinho Roberto, ninguém desconfiou...
Fã incondicional de Caetano desde os tempos do hino libertário “Alegria, Alegria” ou da força ao iê-iê-iê romântico de “Não Identificado”, agora completamente bebum me rendo ao Robertão...