Guardachuvadelaura
novembro 10, 2021
TRIBUTO A ARVORE
O bairro Americano tão procurado pela especulação imobiliária...
Lindamente arborizado... Alguns construtores burros bem que tentam derrubar tudo.
Outros topam com os moradores que chegaram primeiro e plantaram as arvores e não permitem o corte.
Acho que os moradores dos apês agradecem.
“Tu que passas e ergues para mim o teu braço,
antes que me faças mal, olha-me bem.
Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno;
eu sou a sombra amiga que tu encontras
quando caminhas sob o sol de agosto;
e os meus frutos são a frescura apetitosa
que te sacia a sede nos caminhos.
Eu sou a trave amiga da tua casa,
a tábua da tua mesa, a cama em que tu descansas
e o lenho do teu barco.
Eu sou o cabo da tua enxada, a porta da tua morada,
a madeira o teu berço e o aconchego do teu caixão.
Eu sou o pão da bondade e a flor da beleza.
Tu que passas, olha-me e não me faças mal.”
DIA DE AUDIO CRÔNICA
PRA CIMA DE MIM... NÃO.
Patrulha ideológica, patrulha de gênero... Recebi no
Messenger:
“Tu tinha que escrever umas críticas feministas ... Dia 3 podias
ter falado do voto feminino na tua crônica online...”
Fiquei remoendo, remoendo...
Tenho resposta pra muita coisa, e muito digo sem pensar, no impulso... fiquei
muda. Não basta fora Bolsonaro, não basta gritar contra o corte burro das
árvores, não basta falar de filmes e livros, repostar cartuns...
(Para quem não sabe, estou pesquisando a vida de Julia Malvina
Tavares. Não para escrever biografia que
não tenho essa pretensão, mas um romance para homenagear uma professora que
viveu aqui pertinho, em Cruzeiro do Sul.
Malvina usou de uma pedagogia diferente para lecionar, sem castigo físico, com
aulas ao ar livre.
Era a vó do jornalista Flavio Tavares e bisavó da Haidê e do
Tidão , o meu vizinho e quem me falou dela.
Para uns, Malvina foi considerada anarquista. Talvez isso explique o silenciamento ao seu redor, hoje. Ninguem nunca ouviu falar dela ou de sua família em Cruzeiro, onde viveu 40 anos. Pode isso? Dizem... que uma forma de castigar um transgressor é com o esquecimento. Tô envolvida nessa escritura feminina para honrar a pessoa que ela foi.)
Quanto a questão do feminismo...
Será que a gente pode ser
feminista, sem ser ativista?
Vejo amigas envolvidas com a Delegacia da Mulher, com a Casa de Passagem, com o Presidio feminino.
Vejo a galera lgbt denunciando preconceitos, as meninas se posicionarem por seus direitos, mulheres abandonando casamentos abusivos...
Vejo
muito mais ativismo nessas atitudes do que sair por aí postando flyers
feministas.
E vocês?
(Que essa crônica chegue em quem tem que chegar...)
Trilha sonora Fonte Natural com o pianista lajeadense Vicente Breyer
https://www.youtube.com/watch?v=gfsPUDbgaHE
NASCE UMA FLORESTA
Sai o deserto, entra uma floresta!
Com a ajuda da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a
Federação Luterana Mundial (FLM) , os refugiados transformam seu acampamento em
Camarões, Africa, em um verdadeiro oásis verde.
Em 2014, cerca de 70 mil pessoas fugiram da violência na
Nigéria e passaram a viver em um acampamento para refugiados em Camarões.
Minawao já era uma região árida e a chegada de milhares de
pessoas contribuiu para a desertificação do local, já que as árvores foram
cortadas para servir de lenha e para cozinhar.
A chegada dos refugiados se tornou um problema para a
população local que já enfrentava problemas relacionados à seca, principalmente
nos meses de verão.
As duas entidades, ACNUR e a FLM, se uniram e lançaram um
programa único de reflorestamento.
Além de solucionar o desmatamento, a iniciativa incluía a promoção de energias renováveis. Os resultados apareceram e a comunidade se envolveu na restauração e proteção do meio ambiente.
Para onde quer que olhemos, agora é verde”, comemora Luka
Isaac, presidente dos refugiados nigerianos em Minawao.
“AS ÁRVORES CRESCERAM, TEMOS SOMBRA E TEREMOS ÁRVORES SUFICIENTES PARA TORNAR O NOSSO AMBIENTE BONITO E SAUDÁVEL.
ANTES, O AR ESTAVA MUITO
EMPOEIRADO. AGORA O AR QUE RESPIRAMOS É MUITO BOM.”
Financiado por uma doação de US$ 2,7 milhões da Loteria Postal Holandesa, o programa de Camarões faz parte do programa do Grande Corredor Verde da África que tem como meta plantar e manter 7 mil quilômetros de vegetação e árvores para combater a desertificação e a seca no continente africano, ao longo da fronteira com o Saara.
LEIA REPORTAGEM NA ÍNTEGRA:
EM QUANTO ISSO, EM ALAGOAS...
Mariano Alves de Oliveira aponta para uma cachorrinha preta magricela que atravessa uma das ruas do Benedito Bentes, na periferia de Maceió:
"Ali vai Baleia", diz ele, em referência à cadelinha-personagem do livro "Vidas Secas", de Graciliano Ramos.
Pilotando um Fusca grafite 1995 lotado de livros, decorado na parte externa com fotos e frases do autor alagoano, o pedagogo de 59 anos conduz a biblioteca itinerante até uma das escolas públicas do bairro para expor, no pátio, seu acervo literário.
Foi o primeiro passeio do "Fusca graciliânico" desde que começou a pandemia.