Guardachuvadelaura
outubro 19, 2013
INSONIA, SONIA!
O cérebro “faxina” as nossas toxinas quando dormimos.
O
estudo americano foi publicado na revista Science: a “limpeza” seria uma das principais razões
para o sono, conforme a pesquisadora
Maiken Nedergaard. Quando você dorme
suas neuróglias encolhem, abrindo espaço entre os neurônios e permitindo que um
fluído “lave” o cérebro.
Não acontecendo a faxina, a memória e o aprendizado vão para
o ralo.
Os pesquisadores acreditam que a “faxina cerebral” é uma das
principais razões do sono:
“O cérebro tem energia limitada e precisa escolher entre
dois estados funcionais – ou está acordado e atento, ou dormindo e fazendo a
faxina”, disse Nedergaard. “É como uma festa em casa. Ou você recebe os
convidados, ou limpa a casa. Não dá para fazer os dois ao mesmo tempo”.
Haja faxina depois da festa, sonia, as quatro e meia da madrugada...
outubro 17, 2013
GLAUBER ROCHA
Haruo Ohara
“Na criação artística o maior empecilho é o medo.
Os autores
que criaram grandes obras na América Latina venceram o medo para não sucumbir
ao terrorismo do complexo de inferioridade.
Eu, inclusive, rompi este complexo
no berro.
Eu não tenho medo de criar, se tiver engenho e arte vou em frente.
É
necessário não ser babaca, pois a babaquice é o maior inimigo do artista.”
WOODPECKER DA FERRUGEM
Todas as manhãs, dona Picidae surge com seu topete moldado no gel. Descubro, fêmea. Se ele, ostentaria uma “gravata”
vermelha. É o pica-pau-de-cabeça-amarela. Seis horas da manhã, confere o visual na
vidraça junto ao seu tronco favorito e raivosamente, tttrrrr... Uma, duas, tres
vezes. Não tem como não madrugar. Integra a coleção das aves catarinenses. Junto
com com uma família de aracuãs, promovem a maior algazarra no meu mato. Ontem vi
uma cambacica e duas pombas. Aos poucos vão chegando. Para elas as ameixeiras,
as pitangueiras, os butiazeiros, mamoeiros, a amoreira, o araçá, bananeiras, o guabiju,
o abacateiro...
Voltar é um vacilo. Confiro os jornais. Aprovaram a compra
do terreno para a camera de vereadores da minha cidade. Ao redor da praça da matriz, primeiro núcleo urbano. Solicitaram um projeto aos arquitetos... Espero que todos tenham sensibilidade suficiente – e talento – para projetar um predio de acordo com
a vizinhança de casas antigas. Uma arquitetura que não agrida os olhos e a
alma. Mas duvido. Essa colônia pauta por falta de referência. Não será desta
vez que surpreenderia.
FILOSOFIA CANINI
ADIN STEINSALTZ
“Uma das maneiras de espalhar a ignorância não é contar
mentiras às pessoas, é dar a elas informações demais.
Informação demais pode ser até pior do que ter pouca
informação.
Eu não consigo absorver a informação,
não consigo ter acesso a ela,
não consigo usá-la.
Então, qual é o resultado?
É que você se dispersa, entende?
Eu vi aqui, neste país, um país tão lindo de ver, que
algumas gotas de chuva sempre são bem-vindas, mas 400 milímetros de chuva não é
muito conveniente.
Imagine 2.500 milímetros de chuva em 24 horas no Rio de Janeiro.
Que nome você dá a isso?
Um desastre.
Mas a chuva é boa. A chuva é boa, não é?
Cada gota é boa.
A quantidade de chuva acima de um dado limite é um desastre.
E o que podemos fazer sobre isso?
Você quer saber sobre todos os assuntos.
Você pode entrar agora na internet e tentar encontrá-los.
E você verá artigos e mais artigos, em todas as línguas.
Depois de um tempo, você não os lerá, e eles não lhe trarão
nenhum informação.
Mais uma vez, voltamos ao problema básico de avaliar o que
se tem, separar as coisas e lidar com o que se tem.
A pergunta é: quem pode separar as coisas?”
* rabino, filósofo