Guardachuvadelaura
setembro 05, 2013
DAVID BAILEY
Uma coisa leva a outra... Assisti na tevê We'll Take
Manhattan – sobre o início da carreira do fotografo David Bailey, que
revolucionou os editoriais de moda nos anos 60, quando trabalhava para a
londrina Vogue. Bailey também serviu de inspiração para o diretor Michelangelo
Antonioni em Blow- Up.
Fui pesquisar e achei uma ótima entrevista aqui: http://www.pdngallery.com/legends/bailey/interview01.shtml
“Eu era disléxico,
por isso fui colocado na classe dos bobos na escola. Eu estava no topo da classe dos bobos, porém... Bem, eu acho que é melhor estar no topo da
classe dos bobos do que na parte inferior da classe inteligente.”
“Sendo disléxico, disseram que eu era um idiota o tempo
todo, mas eu sabia que era mais esperto do que o professor - uma arrogância
minha.
Quando você é disléxico, o empurram para fazer coisas como pintura
e fotografia. Ou observação de aves. (...) Fui um colecionador de inadimplências.”
Blow up
“Eu nunca gostei de drogas. Eu me sinto chapado o tempo
todo, então eu realmente não preciso de drogas. (...) Às vezes eu fumava um
baseado, mas tudo que fazia era tossir.”
Os anos 60 acabou com um monte de gente, havia um grande
número de vítimas dos anos 60. Mas há um grande número de vítimas a cada
década. Mas eu acho que eu sou muito duro. E é ótimo ser fotógrafo, pois você
pode ir para Nova Guiné e fotografar canibais, como eu fiz durante cinco
semanas e isso não significa que você vai comer carne. Ou você pode fotografar hippies
e isso não significa que você vá tomar drogas. Ou você pode fotografar
mercenários na África e isso não
significa que você está indo para atirar nas pessoas. Fotografar é ótimo porque
a câmera o protege de alguma forma. Ela tira a sua realidade, porque você vê
tudo através da câmera.”
“A curiosidade é tudo. Se você não tem curiosidade, você não
tem qualquer coisa. Essa é a coisa que mantém você indo - você é curioso sobre
o que existe ao virar a esquina. E se nada há em torno da esquina, então é
porque você perdeu.”
“A razão pela qual eu não perdi a minha vitalidade é porque
eu nunca estou satisfeito com o que faço.”
MOVIMENTO HUMANO
photo by David Longstreath
photo by Sebastião Salgado
photo by Steve McCurry
photo by Sebastião Salgado
photo by Sebastião Salgado
photo by Stan Douglas
Multidões. Povo. Identidade. Dentro de cada casa, atrás de
cada porta, o segredo do mundo. Sozinho, um corpo e uma maneira de ver o Outro. Juntos, viramos
humanidade que busca a sobrevivência e uma vida melhor. Ou não.
"Eu quero mostrar a dignidade dos imigrantes para
mostrar sua coragem e seu espírito empreendedor e demonstrar como eles
enriquecem a todos nós com suas diferenças individuais". Sebastião Salgado
setembro 01, 2013
ANTES TARDE DO QUE NUNCA?
Ontem, a Globo reconheceu...
“De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma
verdade dura.
Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações
Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.
1964
“Diante de qualquer reportagem ou editorial que lhes
desagrade, é frequente que aqueles que se sintam contrariados lembrem que O
GLOBO apoiou editorialmente o golpe militar de 1964.
A lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não há
como refutá-la. É História. O GLOBO, de fato, à época, concordou com a
intervenção dos militares, ao lado de outros grandes jornais, como “O Estado de
S.Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “Jornal do Brasil” e o “Correio da Manhã”, para
citar apenas alguns. Fez o mesmo parcela importante da população, um apoio
expresso em manifestações e passeatas organizadas em Rio, São Paulo e outras
capitais.”
“O GLOBO não tem dúvidas de que o apoio a 1964 pareceu aos
que dirigiam o jornal e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem
do país.”
Editorial de “O Globo” de 02 de abril de 1964:
“Ressurge a
Democracia”
Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos
militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque
as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender
a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não
confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas
um daqueles poderes, o Executivo.
As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são
instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”
(...)
“No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e
desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra,
saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser
considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições
indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua
presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube,
vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei."
SUICÍDIOS...
Gregory Crewdson
Liu Xiaofang
Paul Hill
Rebecca Wilton
Fora a poesia das imagens, a verdade é que 26 brasileiros se matam todos os dias. E a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou 30%
nos últimos 25 anos.
Por que?
"A sociedade está cada vez menos solidária, o jovem não
tem mais uma rede de apoio. Além disso, é desiludido em relação aos ideais que
outras gerações tiveram", diz o psiquiatra Neury Botega, da Unicamp.
Há ainda uma pressão social para ser feliz, principalmente
nas redes sociais."
Na região onde moro, diz o wikipedia, que "a cidade brasileira
com o maior índice é o Município de Venâncio Aires, mais de 40 casos a
cada 100 mil habitantes. Esses números enquadram Venâncio Aires como uma das
cidades com maior índice de suicídio do mundo. Uma das causas apontadas é o
agrotóxico Tamaron, utilizado em larga escala no cultivo do fumo.
Regionalmente, o índice de suicídio no Brasil é semelhante ao de países com
maiores taxas do mundo.”
DO MEU BLOQUINHO
photo by Marianne Sayn-Wittgenstein-Sayn, 1955
.politicamente incorreto, não saudável e tudo pode ser
falso. essas imagens que tornam visível algo que a rude plebe jamais
imaginaria. depois do click, a cena vira passado como as aguas do rio que não
se repetem. outras, imortalizam. o flagrante da princesa austríaca yvonne e seu
mano príncipe alexander naqueles dias quando dá vontade de quebrar todas as
regras ou o tirânico protocolo. a imagem é da princesa marianne, os
fotografados, os próprios filhos.