abril 07, 2018

FREI LEONARDO BOFF

“As oligarquias, os donos do dinheiro nunca aceitaram que alguém do andar de baixo chegasse à presidência da República. 

Que um sobrevivente da grande tribulação, como Lula, chegasse a ser a pessoa que transformou as relações sociais no Brasil.

A gente precisa entender que se trata de um golpe de classe que utiliza o parlamento para novamente voltar ao poder e garantir o nível de acumulação que eles temiam perder e, por isso, esse impeachment tem que ser denunciado como um golpe armado pela oligarquia do dinheiro, pelos 77.440 super ricos que controlam mais da metade do PIB brasileiro.”

DO MEU FEISSIBUQUI *

Alberto Benett

* Antes das redes sociais, você alargava suas ideias com os livros, com o teatro, o cinema e, com sorte, alguns professores.  Uns, pela imprensa. Outros, pelas novelas.

Agora...  as redes sociais. Onde exibimos os filhos, as viagens, os shows, nossas emoções e até o que pastamos. 

Sigo cartunistas, escritores, fotógrafos, artistas plásticos, atores, jornalistas, músicos, poetas... e amigos de carne e osso e centenas de "amigos" desconhecidos.

E assim eles sigo me construindo. Mas sei por Zygmunt Bauman, redes sociais são armadilhas...


Renato Aroeira

"Estou com "o cara". E quero que todos saibam."



"PS: a pedidos, suavizarei meu recadinho: este é um post de homenagem e respeito a um grande cara. Pensem bem no que vão escrever. Outro dia a gente discute. Se precisar, deleto. Se for muito exagerado e canalha, bloqueio."️


Jorge Furtado

"Fake news.
Ontem comentei com amigos que hoje seria o dia dos canalhas fingirem tristeza. Todo canalha é um mentiroso. Um destes canalhas mentirosos que hoje finge tristeza - não digo seu nome porque os canalhas lucram com a infâmia - escreve hoje que Lula confessava que não lia livros "por preguiça". Isso é mentira, pura e simples, Lula nunca disse isso.
Esta foi uma das milhares de mentiras espalhadas pelos papagaios de aluguel da elite escravocrata (e corrupta), que precisa de pessoas sem caráter que inventem explicações racionais para o seu racismo social."



Xico Sá

O mecanismo era apenas um seriado pra amaciar a consciência burguesa. A grande série brasileira se chama O Objetivo: prender o líder das pesquisas, o Cara q fez o Brasil crescer 7% no PIB, o sapo barbudo q ganharia a eleição de novo, o maior presidente da história desse país.

Kayser



Jorge  Furtado

"A Constituição Brasileira já foi modificada 4 vezes para impedir que Lula chegasse ao poder. 

A primeira vez em 1988, quando aumentaram para 5 anos o mandato de José Sarney, com medo que Lula se elegesse em 1988. 

A segunda vez em 1997, com a emenda - comprada com dinheiro em malas - que permitia a reeleição de FHC, que assim derrotou Lula em 1998. 

A terceira vez em 2015, acabando com a reeleição e aumentando o mandato para 5 anos, com medo de Lula voltar para mais 8 anos em 2018.

 A quarta foi ontem, para que ele não ganhasse a eleição em outubro. Todos estes atropelos à constituição tiveram o aval do STF que, na hora h, faz o que a banca manda.

Ao mesmo tempo em que mandavam para a prisão o líder de todas as pesquisas eleitorais, os ministros já deixaram claro que isso só vai valer para o Lula, depois volta tudo como antes, Aécio, Serra, Temer, Jucá, Geddel, Azeredo, Padilha, podem todos dormir em paz, voltou a presunção de inocência pessoal! E há quem comemore o supremo golpe."


Gilmar de Oliveira Fraga



Fran Sphor

Fio

Na Mauritânia quase nunca chove. 
Poucos lembram o que é chover.
Acham que escutam o barulho da chuva no meio da noite e ficam com medo, porque de dia, acordados, não sabem que som ela tem.
Para combinar com seus fantasmas, eles se casam com mulheres bem gordas, que se parecem com nuvens.
Desde jovens, essas moças vão sendo engordadas e acomodadas em seu formato de nuvem.
Elas escutam barulhos dentro de si a noite inteira.
Aqui a chuva não tem vindo dentro do previsto.
Quase sempre de menos ou muito mais.
Nunca perfeita.
- Você precisa se desapegar dessa ideia de perfeição....Ela te limita ao idílio.
Eu só queria que chovesse o suficiente.
Uma tarde eu disse isso, você levou para o lado pessoal e eu nunca mais te vi.
Mas não era pessoal. 
Era climático.

The Guardian


The fate of Lula da Silva is the very fate of Brazilian democracy

A group of parliamentarians, academics and others say Lula should be allowed to stand in the presidential elections so that Brazilians can decide their own future, while Richard Bournewarns of the growing threat of the right in Brazil




Moisés Mendes

A cobertura da imprensa do golpe pede que Lula seja considerado foragido. Imagino o climão em redações que enfrentaram a ditadura.
Mas tem também muito comentarista fofo ou isentão com a voz trêmula e a goela seca.
O jornalismo de opinião da grande imprensa se agacha e rasteja. Com Jucá e com tudo nas costas.
Uma exibição de subserviência de constranger estudantes de jornalismo.

Ivan Martins



“Aquelas "300 pessoas" que, segundo os bobalhões do Facebook, se concentravam na porta do Sindicato dos Metalúrgicos, viraram milhares. Em defesa do Lula e da justiça. Como diz o rabino que fala aqui, neste momento, "estamos sentindo o cheiro do fascismo". Todos sentimos, rabino, menos os bobalhões.”

Rafael Corrêa


"Duas palavras vem à minha mente nesse momento: desobediência civil"

Jornalistas Livres




Jandiro Adriano Koch

 "E pensar que em vez de em São Bernardo do Campo estou no Vale do Taquari.... Deplorável."


Izânio Façanha


Ana Reckzieguel de Sousa

TODO BRASILEIRO PRECISA LER
"Lula não foi condenado pelo tríplex (esqueçam isso!). 
Lula foi condenado quando decidiu que cada brasileiro deveria fazer três refeições ao dia. 
Lula foi condenado quando tirou o brasil do mapa da fome mundial. 
Lula foi condenado quando milhões ascenderam socialmente. Lula foi condenado quando decidiu que pobres poderiam chegar à universidade e às escolas técnicas. 
Lula foi condenado quando a filha do pedreiro virou engenheira, o filho do garçom virou advogado e o negro favelado deixou de ser bandido para ser médico: invertendo, assim, a lógica dessa porra toda. 
Lula foi condenado quando começou a dar show pelo mundo, no g-20, nas nações unidas e nos cambau a quatro. 
Lula foi condenado quando investiu mais em educação e saúde que todos os outros presidentes. 
Lula foi condenado quando investiu no nordeste brasileiro, sempre esquecido. 
Lula foi condenado quando mostrou à elite deste país que um operário sabia governar. 
Lula foi condenado quando alcançou 80% de aprovação popular. Lula foi condenado por suas virtudes, não por seus eventuais pecados. 
Lula é imenso, do tamanho do Brasil. 
Lula é a história." Dr. Frases

Edu Oliveira


"Quem tem a alegria de entender as coisas subjetivas sabe que mesmo preso, Lula continuará livre, pois Lula nada mais é que o veículo de uma idéia que nunca conseguiram calar, prender, ameaçar. Como ele existem vários veículos, sempre existiram. 

Dá para prender o corpo, matar o símbolo, mas não a idéia, pois ela desceu das árvores junto com nossos antepassados. 

Cada vez que alguém diz obrigado, com licença, cada vez que um motorista respeita a sinalização, essa idéia é repetida, se solidifica e se perpetua."

Vamos Plantar uma árvore?
https://www.facebook.com/groups/409527975828816/

Sylvia Moretzsohn

"Sinceramente, à parte qualquer outro comentário, ver a cobertura ao vivo da GloboNews é um troço profundamente constrangedor pra quem sabe alguma coisa de jornalismo.
Que vergonha."





Santiago Neltair Abreu
"Ilustração para a última edição da revista Le Monde Diplomatique Brasil em matéria que fala de reformas anti povo propostas pelo presidente francês Emanuel Macron!!!  Ingualzim que aqui !!!!!"


Taila Idzi

teoria geral da boa fé
não coloco grades nas portas e janelas
porque quero meus olhos livres de barras
não desejo viver trancafiada
enquanto sei que a violência existe
desarmo o pensamento
desarmo os olhos
desarmo as palavras
há muito gatilho no mundo
pros acasos, pros infortúnios
talvez estejam criando a doença
pra justificar o preço do remédio
talvez a doença nem exista
nos vendem o medo da doença
nos vendem o medo da violência
nos vendem o medo do outro
sempre haverá quem compre


Cau Gomez





Lélia Almeida


“O melhor momento da vida é quando ela é sua.”


Paulo Vilanova



* E para quase terminar... Sim, ainda compro livros, rabisco, fotografo, cheiro, passo a língua, levo pra cama.



Tacho

UMA COR É UMA COR

Os sapatos de Dorothy?
De uma torcedora do Inter?
Petista? Comunista?
.
.
.
.
.
.
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Apenas, vermelho sedução.

abril 03, 2018

DARCY RIBEIRO

“Se os governantes 
não construírem escolas,
em 20 anos faltará dinheiro 
para construir presídios.”

RIR NÃO TEM CONTRAINDICAÇÃO

Eles abriram o 6º Festival de Palhaços Ri Catarina, em Florianópolis, nesta semana.

Amanhã se apresentam  no Teatro do SESC de Lajeado, às 20 horas. 

Não sei se é bom, não sei nada.  Mas, vou. Sempre vou. Se conter piadas preconceituosas - vou embora. Tolerancia zero.

Por falar em teatro, curti o que o Ruy Filho,  editor da revista digital Antro Positivo, escreveu no FeissiBuki:


“apenas um conselho aos jovens atores 
quando entrarem em cena:

não gritem
não gritem
não gritem
não gritem
não gritem
não gritem
não gritem
não gritem
não gritem
não gritem

NÃO GRITEM!!!!”


DE QUEM É A CULPA?


Repercutiu nas redes sociais. Deu no Jornal Nacional. Capa dos jornais. 
Assunto do dia de ontem, o ato criminoso, o ato  incendiário  no saguão do pronto atendimento do hospital Bruno Born, em Lajeado.

Não me surpreendi – inventei de escrever.  E aos comentários, menos ainda.

Gente que vive na redoma dos condomínios e edifícios “inteligentes”. Com suas viagens internacionais e cardápios elegantes. Gente que tem planos de saúde exorbitante. Gente que sequer precisa de planos de saúde.

E gente que rala, claro. Reclusos na pobre redoma cultural.

Para ambos os grupos vislumbro a tal força da miséria da espiritualidade, que Marcia Tiburi explica na revista Cult, de março.

Quem ousou botar fogo era bandido. Era assassino. Ninguém vai compactuar com uma atitude, um ódio criminoso.

Que ousadia esse bandido  levar o filho ao pronto atendimento... –  li.
Que ousadia o PA do HBB sem um segurança no domingo de Páscoa... Alias, onde estava mesmo? Ou acreditam que algo  assim nunca aconteceria?

Demorou. Atendimento ruim. 
Tolerância dos pacientes a ponto de bala. A ponto de facão.

Posso dizer que não é diferente no “privilegiado” Pronto Atendimento da Unimed.
Alguém da família penou a tarde toda naquele saguão sufocante. Gemia de dor. Não era prioridade.
Quando atendida, a médica quis levar direto para mesa de cirurgia.

Por outro lado, também demorou nas duas ocasiões em que fui atendida  no arejado Posto de Saúde, próximo ao Jardim Botânico. Logo eu, cliente do plano regional da Unimed, tirando a vaga de outro cidadão.

Ficamos assim, no recôndito do whats se queixando do pronto-atendimento do HBB. 
E por temer represália, por temer inimizades, calados. 
Aliás, FORA TEMER.

Por isso, repito, não me surpreendo com a estupidez do pai do menino febril. Agora, mais um menino sem pai.

Eu que não sou bandida – ainda – já tive vontade de...


PENSAMENTOS ANTAGONICOS

 Uns apostam na educação, na melhoria do ensino.
Enxergam mais longe.
Seguem a cartilha do antropólogo Darcy Ribeiro:
 educação para reduzir a criminalidade.
Presos custam 13 vezes mais que um estudante.
Empresários e notáveis da nossa “boa sociedade”, 
com amplo acesso aos meandros 
legislativos e executivos do Estado, 
contribuíram com o governo...

abril 02, 2018

SHOAH *

photo by Leandro Selister

“O pré-conceito racial, xenofóbico e homofóbico 

é o retrato do ápice da ignorância humana.” 

* Documentário de Claude Lanzmann.

LAERTE


AMIZADES ACABAM POR CAUSA DE POLÍTICA?


“Não.  As amizades não acabam por política.


Amizade de verdade, com gente boa, não acaba por pensarmos igual, muito menos por pensarmos diferente. Isso nunca.

Não se rompe amizade por causa do número da legenda partidária,
nem por visões distintas da economia,
nem por prioridades políticas diferentes.

O que pode acontecer é descobrirmos que certas pessoas simplesmente não são quem nós pensávamos que eram.

No momento em que nós descobrimos que pessoas que nos cercam
utilizam argumentos racistas, a amizade realmente precisa acabar. 

Quando fica claro que alguns amigos se orgulham do próprio machismo, é preciso deixá-los para trás.

Quando aquele velho conhecido do prédio revela seu discurso homofóbico de ódio, vá embora. 

Quando a amiga da sua mãe disser que pobre não devia ter direito a voto, corte relações.

Piadas com violência sexual.
Ode à ditadura.
Incitação à violência.
Tratar animais melhor do que trata os empregados.
Novas versões do fascismo.
Xenofobia.
Nós não podemos relativizar essas coisas.

A gente precisa se posicionar, por mais dolorido que seja.

As amizades não acabam por causa de política, acabam porque a gente descobre que tem gente que era querida, mas que se revela nojenta.

E quando elas se mostram assim, o afeto pega suas malas vai embora. Porque o afeto não se engana.

Ele sabe que permanecer ao lado delas, conhecendo-as assim,
seria uma nítida forma de compactuar com o ódio, a pequeneza e a miserabilidade dentro da qual residem as piores formas de segregação e violência.

As amizades não acabam por causa de política. Acabam porque a discussão política muitas vezes revela a verdadeira cara de muita gente.

E essas caras não são, nem nunca serão, caras amigas.”

Ruth Manus
advogada, professora universitária e escritora.

CIDADE SEM MEMÓRIA


Páscoa. Visitas. Fui mostrar a cidade onde sobrevivo. Aliás, mostrar o que sobrou da história da cidade...

Comparando as duas imagens que mostram o primeiro calçamento de Lajeado, pelo menos o mais antigo, dá para observar que nessa
 as medíocres cobriram o calçamento com asfalto para facilitar o transito de seus caminhões e clientes.



                                                                  (Clique sobre a foto)
Nessa outra, o que outros estúpidos fizeram  novamente?
Cobriram com cimento um pedaço para estacionamento...

Quem se importa? Quem fiscaliza? Quem cobra? 

Povo  fútil, governo fútil. Vão apagar todos os vestígios da história dessa cidade. Essa é a materialidade da nossa descultura: identidade zero.

É moda em Lajeado. Por lei, pode? Aqui tudo pode. Viva o compadrio! Um bar no meu bairro fez o mesmo: acimentou os paralelepípedos para acomodar mesas na rua.

 - E essa casa? - ela perguntou.
- Foi o primeiro banco de Lajeado.... - murmurei vomitando ódio.
 Uma espiada no rio Taquari, um barco encalhado polui as águas.
Quem se importa? Quem fiscaliza? Quem cobra? Tomanocu.