CIDADE SEM MEMÓRIA
Páscoa. Visitas. Fui mostrar a cidade onde sobrevivo. Aliás, mostrar o que sobrou
da história da cidade...
Comparando as duas imagens que mostram o primeiro calçamento de Lajeado, pelo menos o mais antigo, dá para observar que nessa as medíocres cobriram o calçamento com asfalto para facilitar o transito de seus caminhões e clientes.
Nessa outra, o que outros estúpidos fizeram novamente?
Cobriram com cimento um pedaço para estacionamento...
Quem se importa? Quem fiscaliza? Quem cobra?
Povo fútil, governo fútil. Vão apagar todos os vestígios da história dessa cidade. Essa é a materialidade da nossa descultura: identidade zero.
É moda em Lajeado. Por lei, pode? Aqui tudo pode. Viva o compadrio! Um bar no meu bairro fez o mesmo: acimentou os paralelepípedos para acomodar mesas na rua.
- Foi o primeiro banco de Lajeado.... - murmurei vomitando ódio.
Uma espiada no rio Taquari, um barco encalhado polui as águas.
Quem se importa? Quem fiscaliza? Quem cobra? Tomanocu.
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