Guardachuvadelaura
julho 13, 2021
A RIVAL DE MATUSALÉM
Viver tanto... Eu não quero! A decadência do corpo, a ruína da mente, a
perda da criatividade.
Mas, a francesa Jeanne Louise Calment viveu muito bem até os 122 anos e 164 dias.
Está lá registrado no Livro Guinness dos Recordes.
Imagina isso... Quando estavam construindo a Torre Eiffel, Jeanne Louise tinha 14 anos e um namorico com Van Gogh!
"Ele era sujo, andava sempre mal vestido e era sombrio", disse a senhora sobre o pintor, durante uma entrevista em 1988, quando celebrou seus 100 anos de vida e ainda encarava uma bicicleta!
Aos 117 parou de fumar! E não foi por se sentir mal pelo vício, mas sim porque, como estava quase cega e ficava sem graça de pedir isqueiro emprestado aos outros...
Tornou-se a última pessoa viva documentada nascida em 1875...
Que força da natureza, né?
DIA DE ÁUDIO CRÔNICA
DO SENSÍVEL
Sou uma mulher do sul, melancólica, de longo inverno.
Poderia ser uma mulher do norte, desconfiada da imensidão das águas amazônicas.
Uma mulher do nordeste, rebelde como Maria Bonita.
Mas serei sempre uma mulher do sul... E uma brasileira
triste.
Triste porque perdi amigos.
Triste porque preenchida com o vazio dos sentimentos que
pensava existir entre a gente.
Triste porque me separei da tribo.
Essa tristeza é diferente de outras tristezas que já vivi.
É uma tristeza pampa.... Imensa.
Essa tristeza se vê oca, longe dos tempos alegres que a
gente já compartilhou.
Sinceramente, não sei como, depois de tantas dores e
perdas, a gente continua levando a vida...
Diz aí: será possível voltar a ser como éramos antes? Se
abraçando bem apertado, se beijando, querendo notícias da família?
E porque sou uma mulher do sul, talvez seja possível. Fui acostumada com a geada que cai durante certa época do ano. Essa geada que, se não mata, fortalece as raízes mais longas por onde corre a seiva da esperança, apesar do retrocesso do país.
Boa 4ª-feira!
Trilha sonora: Caminantes, de Yamandu
https://www.youtube.com/watch?v=gMQHalHXU7g