Guardachuvadelaura
janeiro 01, 2011
FRÉHEL...
... é uma cantora realista do período entre as duas Guerras Mundiais. Suas canções fazem referência a uma Paris miseravelmente pobre, em todos os sentidos e muitas de suas músicas são quase autobiográficas. Fréhel viveu uma infância complicada e pobre, pelas ruas e na prostituição.
Com quinze anos, Fréhel torna-se vendedora de produtos de beleza de porta em porta, quando conheceu Belle Otero, rainha do music-hall na época. Belle Otero acredita na jovem cantora e a “batiza” com o nome artístico de “Pervenche”.
A discografia de Fréhel estende-se de 1908 a 1939. Grava o seu primeiro disco no Ódeon em Junho de 1908, com o nome de Pervenche-Fréhel. Seu último disco foi “La Java bleue”.
Fréhel viveu um breve relacionamento amoroso com o cantor Maurice Chevalier que, por desaprovar a sua dependência de cocaína, decide deixá-la pela cantora Mistinguett. O término do relacionamento com Chevalier teve um impacto muito grande em Fréhel, chegando a tentar o suicídio. Por não aceitar ter sido “trocada” por Mistinguett, Fréhel terá ameaçado Chevalier e Mistinguett de morte e, durante algum tempo, transportava uma faca consigo, caso os encontrasse juntos.
Depois dessa série de desapontamentos, Fréhel afunda-se no álcool e nas drogas e deixa o seu país para viver durante de dez anos no Leste Europeu, na Turquia e na Rússia. Nos anos 30, participa em vários filmes em pequenos papéis como cantora.
Uma importante interpretação de Fréhel foi no filme Coeur de Lilas (1931), em que ela encena uma personagem chamada “la Douleur” - a Dor - fazendo, assim, uma referência à vida da cantora, característica do universo realista.
Marguerite Boulc’h - nome verdadeiro - nasceu em Paris em 1891, onde também morreu, num quarto de um hotel ambíguo na rua Pigalle, em 1951.
Fonte: wikipedia
QUEM MUITO SE EVITA, SE CONVIVE *
BERTOLT BRECHT
LISTAS DE PREFERÊNCIA
Dores, as não curtidas.
Casos, os inconcebíveis.
Conselhos, os inexequíveis.
Meninas, as veras.
Mulheres, insinceras.
Orgasmos, os múltiplos.
Ódios, os mútuos.
Domicílios, os passageiros.
Adeuses, os bem ligeiros.
Artes, as não rentáveis.
Professores, os enterráveis.
Prazeres, os transparentes.
Projetos, os contingentes.
Inimigos, os delicados.
Amigos, os estouvados.
Cores, o rubro.
Meses, outubro.
Elementos, os fogos.
Divindades, o logos.
Vidas, as espontâneas.
Mortes, as instantâneas."
eu te saúdo 2011. mesmo sabendo que os dias se desdobrarão em tardes sombrias e manhãs ressuscitadas. enquanto vivemos esse instante do dia primeiro, lembro Riobaldo explicando que toda saudade é uma espécie de velhice. e não é seu moço?