janeiro 01, 2011

JOÃO GUIMARÃES ROSA

“... sinto que engordo

de assim não-ouvir ou ouvir

todo lixo político que me impõe.”

FRÉHEL...


... é
uma cantora realista do período entre as duas Guerras Mundiais. Suas canções fazem referência a uma Paris miseravelmente pobre, em todos os sentidos e muitas de suas músicas são quase autobiográficas. Fréhel viveu uma infância complicada e pobre, pelas ruas e na prostituição.

Com quinze anos, Fréhel torna-se vendedora de produtos de beleza de porta em porta, quando conheceu Belle Otero, rainha do music-hall na época. Belle Otero acredita na jovem cantora e a “batiza” com o nome artístico de “Pervenche”.

A discografia de Fréhel estende-se de 1908 a 1939. Grava o seu primeiro disco no Ódeon em Junho de 1908, com o nome de Pervenche-Fréhel. Seu último disco foi “La Java bleue”.

Fréhel viveu um breve relacionamento amoroso com o cantor Maurice Chevalier que, por desaprovar a sua dependência de cocaína, decide deixá-la pela cantora Mistinguett. O término do relacionamento com Chevalier teve um impacto muito grande em Fréhel, chegando a tentar o suicídio. Por não aceitar ter sido “trocada” por Mistinguett, Fréhel terá ameaçado Chevalier e Mistinguett de morte e, durante algum tempo, transportava uma faca consigo, caso os encontrasse juntos.

Depois dessa série de desapontamentos, Fréhel afunda-se no álcool e nas drogas e deixa o seu país para viver durante de dez anos no Leste Europeu, na Turquia e na Rússia. Nos anos 30, participa em vários filmes em pequenos papéis como cantora.

Uma importante interpretação de Fréhel foi no filme Coeur de Lilas (1931), em que ela encena uma personagem chamada “la Douleur” - a Dor - fazendo, assim, uma referência à vida da cantora, característica do universo realista.

Marguerite Boulc’h - nome verdadeiro - nasceu em Paris em 1891, onde também morreu, num quarto de um hotel ambíguo na rua Pigalle, em 1951.

Fonte: wikipedia

QUEM MUITO SE EVITA, SE CONVIVE *


ilópolis- rio grande do sul
“difícil é filho da puta se chamar júnior.” – penso aqui como meus sacos de farinha, nesse cafundó onde moro. e pensava enquanto assistia - por breve instantes - a posse histórica da primeira mulher brasileira no comando desse país. vi aquele bando de filhos da puta reunidos num mesmo local, sob o mesmo teto. aquele filho da puta mor do sarney logo atrás da dilma. o falcatrua do maranhão emprestando sua caneta para a ex-candidata a presidenta assinar o termo de posse. minha bílis expurga e estamos apenas no primeiro dia do ano e o moinho anda vazio.tinha tudo para ser um momento histórico. e foi. por que então eu não conseguia assistir quieta? porque era muito ladrão reunido sob o mesmo teto. ladrões pagos pelos nossos impostos. mais um bando de parasitas do itamaraty sustentado em várias partes do mundo pelo nosso suor. é muito sacrifício para a gente morrer na porta de um hospital esperando leito. para ser mal atendida na fila do sus. meu amigo sucumbe a um câncer e os filhos das putas de brasília cantam o hino nacional. o filho do lula, fabio luiz – ou será o filho do puta? - ficou muito rico com as maracutaias e bandidagem aprovadas pelo pai. muito rico mesmo. será que a paula roussef, filha da dilma, também vai enriquecer e viver num ap com aluguel de doze mil reais como o fdp do filho do ex-presidente? na minha cidade também tem muito filho da puta. eles se unem e vão destruindo tudo. derrubando prédios, árvores e calçamento. vão asfaltando e enchendo a cidade de semáforos. e todos enchendo os bolsos de dinheiro, com as propinas de 20%. e olha que não são nem filho e pai. o parentesco é mais distante. sai pra lá 2010. xô assombração.
* Grande Sertão, Veredas - João Guimarães Rosa

BERTOLT BRECHT

LISTAS DE PREFERÊNCIA

"Alegrias, as desmedidas.

Dores, as não curtidas.

Casos, os inconcebíveis.
Conselhos, os inexequíveis.
Meninas, as veras.
Mulheres, insinceras.
Orgasmos, os múltiplos.
Ódios, os mútuos.
Domicílios, os passageiros.
Adeuses, os bem ligeiros.
Artes, as não rentáveis.
Professores, os enterráveis.
Prazeres, os transparentes.
Projetos, os contingentes.
Inimigos, os delicados.
Amigos, os estouvados.
Cores, o rubro.
Meses, outubro.
Elementos, os fogos.
Divindades, o logos.
Vidas, as espontâneas.
Mortes, as instantâneas."


eu te saúdo 2011. mesmo sabendo que os dias se desdobrarão em tardes sombrias e manhãs ressuscitadas. enquanto vivemos esse instante do dia primeiro, lembro Riobaldo explicando que toda saudade é uma espécie de velhice. e não é seu moço?