junho 17, 2022

JEAN BAUDRILLARD


 photo by Dmitris Baltermans

"Esquecer o extermínio

é parte do extermínio."

NOTA SOBRE O ASSASSINATO DE BRUNO PEREIRA E DOMINIC PHILLIPS

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA), movimento indígena representativo dos povos que habitam na Terra Indígena Vale do Javari Marubo, Matis, Matsés, Kanamari, Korubo, Tsohom-dyapa e povos indígenas isolados – vem a público se manifestar sobre o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dominic Phillips.

Nos solidarizamos com as famílias de Bruno e Dom, nossos parceiros, expressando o nosso pesar e profunda tristeza diante dessa perda. Para nós, povos indígenas do Vale do Javari, é uma perda inestimável. 

Hoje, 15/06/22, após 11 dias de buscas, obtivemos a notícia de que os corpos de Pereira e Phillips, nossos parceiros e defensores dos Direitos Humanos, foram encontrados pelos órgãos competentes envolvidos nas buscas. 

1) Agradecimento à EVU, ao 8º Batalhão da Polícia Militar em Tabatinga, e à imprensa nacional e internacional:

Nós, UNIVAJA, participamos ativamente das buscas desde o dia 05/06/22 através da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU). Fomos os primeiros a percorrer o rio Itaquaí atrás de Pereira e Phillips ainda no domingo, primeiro dia do desaparecimento dos dois. Desde então, a única instância que esteve ao nosso lado como parceira nas buscas foram os policiais militares do 8º Batalhão em Tabatinga (AM).



Fomos nós, indígenas, através da EVU, que encontramos a área que, posteriormente, passou a ser alvo das investigações por parte de outras instâncias, como a Polícia Federal, o Exército, a Marinha, o Corpo de Bombeiros etc.

Foi a equipe de vigilância da UNIVAJA que entrou na floresta em busca de Pereira e Phillips para dar uma satisfação aos seus familiares. 



Foi a equipe de vigilância da UNIVAJA, a EVU, que indicou para as autoridades o perímetro a ser vasculhado em profundidade pelos órgãos estatais.

Para isso, nós contamos com a colaboração e proteção constante dos policiais militares do 8º Batalhão em Tabatinga (AM): os únicos a nos tratarem como verdadeiros parceiros na busca, valorizando o nosso conhecimento e a nossa sabedoria enquanto povos indígenas, conhecedores do nosso território.

Viemos à público prestar agradecimentos ao Coronel Cavalcante, aos policiais militares do 8º Batalhão em Tabatinga (AM) que nos acompanharam nas buscas, e também à imprensa nacional e internacional que foi nossa parceira, nos ajudando a levar para o mundo inteiro ouvir a nossa voz e conhecer o que está acontecendo em nossa região.

2) O caso não terminou:

Sabemos também que, ao longo das buscas, as forças policiais efetuaram duas prisões: Amarildo da Costa de Oliveira (vulgo Pelado) e Oseney da Costa Oliveira (vulgo Dos Santos). 

No entanto, a UNIVAJA compreende que o assassinato de Pereira e Phillips constitui um crime político, pois ambos eram defensores dos Direitos Humanos e morreram desempenhando atividades em benefício de nós, povos indígenas do Vale do Javari, pelo nosso direito ao bem-viver, pelo nosso direito ao território e aos recursos naturais que são nosso alimento e garantia de vida, não apenas da nossa vida, mas também da vida dos nossos parentes isolados.

Desde 2021, a UNIVAJA qualificou informações sobre as invasões na Terra Indígena Vale do Javari, através da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU).



Enviamos uma série de ofícios com informações qualificadas ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Fundação Nacional do Índio.

Nesses ofícios, indicamos a composição de uma quadrilha de pescadores e caçadores profissionais, vinculados a narcotraficantes, que ingressam ilegalmente em nosso território para extrair nossos recursos e vende-los nos municípios vizinhos.

Fornecemos informações através de nossas denúncias às autoridades competentes. Mas as providências não foram tomadas com a devida rapidez. 

Por isso, hoje assistimos ao assassinato de nossos parceiros: Pereira e Phillips. Diante disso, manifestamos nossa preocupação com a continuidade das investigações. Pelado e Dos Santos fazem parte de um grupo maior, nós sabemos.Manifestamos nossa preocupação com nossas vidas, a vida das pessoas ameaçadas (pois não era somente o Bruno Pereira), componentes do movimento indígena, quando as forças armadas e a imprensa se deslocarem de Atalaia do Norte.

O que acontecerá conosco?

Continuaremos vivendo sob ameaças?

Precisamos aprofundar e ampliar a investigação. Precisamos de fiscalização territorial efetiva no interior da Terra Indígena Vale do Javari. Precisamos que as Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs) da FUNAI sejam fortalecidas.




Atalaia do Norte (AM), 15 de junho de 2022.
 

DO MEU BLOQUINHO


 ... como uma camiseta velha que usamos embaixo de uma roupa melhor. Às vezes, furada, manchada, desbeiçada. Ninguém vê. O nosso melhor nas redes sociais, nos encontros casuais entre os corredores do super. Mas por dentro a “camiseta velha”, esburacada, no lado esquerdo do peito.


CRÔNICA GRAVADA


O jornal A Hora publicou um caderno sobre as proteções ambientais no morro do Cristo Protetor. Agora não é mais o Morro das Antenas. É do Cristo. 

E parece q os ambientalistas da cidade se puxaram. 

Tão batalhando para manter a bela mata ao redor. 

Listaram as imagens dos bichos que vivem no morro, listaram as diferentes espécies de arvores. 

Enfim, turismo religioso sustentável. 

Que bom, parece que tudo se ajeita... Agora só falta chamar Dom Jaime Spengler para a inauguração. E não misturar essa inauguração com a política assassina de Bolsonaro. Nenhum Cristo merece.

Mas não é disso que quero falar. É do faz de conta ambiental de Lajeado nas páginas do A Hora. Deve ser matéria paga.  Realmente é só um projeto pra boi dormir: Lajeado Sustentável.

No primeiro item, a cara de pau do governo Caumo:  ampliação da arborização urbana com o Lajeado mais verde.

É de rir pra não chorar... O governo está destruindo o pouco de  verde que ainda existe junto ao canal, à rua Bento Rosa.  Tão patrolando tudo. Parece fazer jus ao apelido do prefeito: Patrola.   

 

Mas só pra ficar aqui no bairro: o  atual proprietário do antigo bar do vítor cortou as 3 ou 4 árvores na calçada para tocar seu novo empreendimento. 

Também à Rua Paulo Born, abriu um restaurante: nessa calçada foram cortadas 10 árvores, inclusive pereiras. 

Ao lado da imobiliária Jacques, deceparam outra, imensa. E por aí vai o projeto de Lajeado sustentável que enche a boca pra falar em inventário da arborização  urbana.


Gente, vocês acham que o povo destrói sem o aval da prefeitura?

O governo caumo debocha do povo. Segue a cartilha de bolsoanta, heinze, onix lorezoni, véio da havan... Os minúsculos como gente, grandes como fascistas.

Esses ainda vão prestar contas no inferno. Tenho certeza.

 


QUEM APOIA SIMONE TEBET?

Carica de Gilmar Fraga

Um manifesto de apoio à candidatura da “nova loira” Simone Tebet (MDB) à Presidência da República foi divulgado dias atrás.

 Nesse manifesto, Tebet  é descrita como uma mulher com capacidade ‘indispensável para pacificar o País'.  Assinam  o doc uns 280 influentes empresários e economistas e gente que passou a vida mamando e pensando no próprio bolso:


 Affonso Celso Pastore – ex-presidente do Banco Central do Brasil durante a ditadura militar.

Ana Carla Abrão - Diretora da área de controle de riscos do Banco Itaú Unibanco e Secretária de Fazenda do Estado de Goiás até se juntar à Oliver Wyman, empresa de consultoria de gestão internacional com foco em serviços bancários e financeiros.


Roberto Setúbal -  ex-presidente do Banco Itaú.

Pedro Moreira Salles, Antonio Moreira Salles e  Marisa Moreira Salles - donos do Itaú.

Arminio Fraga – ex-presidente banco central no governo FHC.

Carlos Ari Sundfeld – advogado fundador da Sociedade Brasileira de Direito Público.

David Zylbersztajn – Secretario de Enegia, governo covas, ex-genro de FHC. Liderou a quebra do monopólio da Petrobras na exploração do petróleo.

Edmar Bacha – acadêmico da ABL, participou da equipe econômica que instituiu o Plano Real, durante o governo Itamar Franco.

Eduardo Mufarej - sócio do fundo de investimento Tarpon Investimentos.

Henri Philippe Reichstul - presidente Petrobrás no  gov FHC quando uma plataforma afundou com 11 mortos.


Elena Landau – advogada, BNDS, envolvida no caso Opportunity de Daniel Dantas.

Eliane Cardoso – economista, FMI.

Guilherme Leal – presidente da Natura.

Horacio Lafer Piva - Ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Luis Stuhlberger - Gestor de investimentos.

Mailson da Nobrega – ex- Ministro da Fazenda no Governo José Sarney.


Maria Silvia Bastos Marques – ex-presidente do BNDES, gov Temer.

Miguel Reale Junior -  ex- ministro da Justiça no gov  FHC.

Paulo Hartung – ex-diretor BNDES, gov FHC.



Pedro Parente –   governos de José Sarney, Fernando Collor de Mello, FHC e Temer, na condição de presidente da Petrobras.

Pedro Passos – político e empresário que atua nos ramos imobiliário e agropecuário. Diretor da Natura.

Pedro Malan - ministro da Fazenda de FHC, ex-presidente do Banco Central do Brasil durante o gov Itamar Franco.

Pedro Wongtschowski - Vice-Presidente do Conselho de Administração das empresas ULTRAPAR , EMBRAER S.A., Canavieira S.A. e da Votorantim S.A.

Walter Schalka – presidente da Suzano.

 


Vocês acham que essa gente, que apoiou bolsoanta, tem algo a ver com um governo que vai devolver a dignidade a 33 milhões de pessoas famintas?

N-U-N-C-A.

 

#Fora SimoneTebet #Forabolsonaro

 

 


 

CANCELAMENTO

Talvez alguém ainda lembre do meu Blog do varal...

Tá inativo desde junho de 2013.

Dá para acreditar que o #blogger entrou em contato hoje para avisar do cancelamento dessa postagem de outubro de 2009? 


 

LEGALIZADA A PROFISSÃO MAIS ANTIGA DO MUNDO...

Hoje ter um bordel não é mais crime. A polícia não vai mais incomodar e as gurias, maiores de 18 anos, podem trabalhar sossegadas, em paz. E aqui em Lajeado as de 60 também... 

Por falar nisso, quando voltava de Porto Alegre no sábado, o cabaré verdão, ao lado do Degasperi na 386, estava bombando! Cheio de carrão de bacana... 

“Nossa lei nunca puniu a prostituta ou o seu cliente, mas criou regras que dificultam a atividade.  Partindo do princípio de que a sociedade não pode prescindir do comércio sexual, haja vista a falência de todas as medidas adotadas para coibir tal prática em todos os tempos, impedir essas (es) profissionais de ter um lugar para trabalhar gera uma situação perversa e injusta, cria constrangimentos na rua e as(os) expõe a variados tipos de risco. 

Diante disso, a casa é uma solução, não um problema. A lei nº 12.015/09 passa a considerar crime apenas "estabelecimento em que ocorra exploração sexual". A prostituição forçada é exploração sexual, ainda mais se praticado contra crianças."

Fonte: Folha de S. Paulo