julho 08, 2022

MARIA BETHÂNIA


 “Campanha política que não fala em árvore 

e água  pra mim não presta. 

Não me pega. Eu não acredito  (...) 

O Brasil tem raiz. E a raiz do Brasil é deslumbrante... 

Por que hoje todo mundo quer imitar Nova Iorque 

ou então fingir que é a China? 

Não somos.”

 

* Como disse uma amiga: “Não tem futuro sem essa consciência.”

LAJEADO

Uma amiga, que não vinha a Lajeado há muito tempo, deu uma volta pela cidade e bairros.

Ficou impressionada com o crescimento, loteamentos, e esses sem árvores.

E ainda perguntou “como é que vocês tem coragem de chamar aquele estacionamento à beira do rio de “parque”? Coisa bem feia! E a rua principal?  Que horror! O que aconteceu com a cidade?”

 


Como explicar que essa feiura é a 13ª cidade brasileira 
"para melhor se viver", 
entre cidades de médio porte?

 

DO MEU BLOQUINHO


A Ucrânia é um pouco maior q o estado de Minas Gerais. Só que a população da Ucrânia é quase a mesma do estado de São Paulo. Bah, você mora em Curitiba, cidade de belos parques e jardins. E assiste pela tv, Lajeado bombardeada pela Argentina...

É o que acontece em Kiev, na Ucrânia. A mesma distância de uma Donetsk arrasada. Porém com uma população muito maior.





Aqui nem precisa bombas, guerra. O governo detona e autoriza o "bombadeio".



LITERATURA


 Fischer... Só podia ser aquariano. Generoso. Com ligações em Lajeado. Outro lançamento de livro este ano! Já escreveram no Eclesiastes: "Fazer livro não tem fim." Quero estar presente no sábado.

LITERATURA 2


 Não sei de quando conheço o jornalista Moisés Mendes. Sempre curtia os artigos que escrevia na ZH. Empatia com sua alma literária e política. Moisés Mendes é de Alegrete onde viveu um tio e meus primos.  MM escreve no www.blogdomoisesmendes.com.br. E no Extra Classe, DCM e Brasil 247.


É autor do livro de crônicas “Todos querem ser Mujica”.

Vou parar por aqui pq senão a patrulha vai dizer q to muito puxa-saco. Ahã, é pq vi essa foto e amoleci as pernas... 

No mesmo dia, a doutoranda Janaína, de Pelotas,  compra o "Engole esse choro". Sua tese é sobre mulheres que escreveram sobre a ditadura. Alegria dupla!

WENDY ANDRADE




 "Quando o filho do Alckmim morreu,

a Dilma esteve presente.

Sem falar uma palavra o abraçou.

E choraram juntos durante o enterro todo.

 

Quando a esposa do FHC morreu, Lula esteve presente.

E o mesmo aconteceu quando a esposa de Lula morreu.

FHC esteve lá.

 

Abraçados e chorando juntos era comum na esfera política.

Nesses momentos delicados,

a compaixão sobressair a rivalidade.


No atentado a escola em Realengo, 

Dilma chorou.

E fez um emocionante discurso.

Em condolências as famílias decretou luto três dias.

Maria do Rosário, Ministra dos Direitos Humanos na época,

abraçou as famílias.

E ofereceu todo o tipo de ajuda.

Hoje parece que essas atitudes são excepcionais.

Mas não são.

Compaixão é comportamento de quem é humano.

 



PT. PSDB. PMDB e tantos outros partidos.

todos tiveram seus erros,

mas deixavam as rivalidades no campo das ideias.

 

Bolsonaro trouxe um novo tipo de política,

que na verdade não é política.

É ódio.

Raiva.

E fim.

A meta é sempre destruir o adversário.

Seja com mentiras.

Ou agressões verbais.

 




O sujeito comemorou a morte do neto de Lula.

E nunca demonstrou respeito pela morte de Marielle.

Aliás, quem mandou matar Marielle?

 

Veja. A questão aqui não é só incompetência

de Bolsonaro como político.

 


É que Bolsonaro é desumano

Ruim

Mau.

 

Milhares de mortos,

Milhares de pessoas sendo enterradas sem testes.

Uma pandemia,

que embora o estrago já seja grande

ainda esta longe do fim.

 


E Bolsonaro ri e diz

E daí?

 


Já perdi pessoas queridas.

To vendo amigos na linha de frente.

Vendo pessoas que se dispuseram ajudar,

morrendo.

E Bolsonaro esta rindo.

Banalizando a morte

fazendo absolutamente nada.



Olha, se você apertou 17 e não esta arrependido, tem algo muito estranho com você.

 

Bolsonaro é sádico, cruel e você não precisa ser igual a ele.

 

O Brasil só tem jeito se tiver mais compaixão."

 

@_wendyandrade

A LISTA DOS HORRORES

Ilustração de Marta Mello

 

Renato Terra faz a sua:

1) O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Jair Bolsonaro. O presidente havia insinuado que a jornalista Patrícia Campos Mello havia prestado favores sexuais para conseguir uma notícia.


2) O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou Carla Zambelli por uma montagem na qual as deputadas Sâmia Bomfim e Talíria Petrone, do PSOL, eram caracterizadas como demônios.

 


3) O presidente da Caixa Econômica foi afastado depois de acusações de assédio sexual.

4) O YouTube suspendeu o canal da Assembleia de SP por causa da exibição de um "documentário" com fake news sobre a pandemia.

5) A ministra Cármen Lúcia sublinhou a "gravidade do fato narrado" em seu pedido para a Procuradoria se manifestar sobre os indícios de que Jair Bolsonaro interferiu nas investigações sobre as denúncias de corrupção no MEC.

Fernanda Torres acrescenta:

 


 6) a investigação do mercado das bíblias do Ministério da Educação de Milton Ribeiro,

7) o repúdio ao espancamento da procuradora Gabriela de Barros, 

8) o repúdio à conduta da juíza Joana Ribeiro Zimmer, 

9) o repúdio ao assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips.

 


"Outras bolhas, eu sei, organizam motociatas, difamam as urnas e abrem clubes de tiro.

Na melhor das hipóteses, vai ser horrível. Trato, aqui, da ressurreição da bolha à qual pertenço. Depois de quatro anos na UTI, algo se move no lodaçal."



 * Com tudo isso, o meu único leitor, continua defendendo um cara escroto como esse? Vai te tratar! Se, se, se achares um psiquiatra ou psicóloga nessa cidade que não seja da tua bolha.

 


A RAINHA MÁ

Sai o Bar do Vítor e entra o bar da Rainha Má
que cortou todas as árvores da calçada.

E cimentou para não dar chance de brotarem, novamente.

Boicote todos empreendimentos
que cortam as árvores na cidade.

Fora Queen!
 

Lembrei do Ziraldo: "Um bar é como um ser humano. Nasce, cria fama e morre." Espero que esse nem se crie, com o seu estrago ambiental no bairro.

VOTO LAJEADENSE


 

julho 06, 2022

MARIO QUINTANA


  

“Os livros não mudam o mundo,

quem muda o mundo são as pessoas.

Os livros só mudam as pessoas.” 

BIENAL DO LIVRO DE SÃO PAULO


 Incrível, mas já participei. Ao lançar meu primeiro livro, Intrigas da Colônia, cheio de erros, sem revisão oficial - aprendi a lição na dor e vergonha. Isso lááá em 2012.

 Claro que a Bienal foi por curtição. Dei sorte porque o escritor lajeadense Ismael Caneppele estava por lá. Porque uma aeromoça, que é de Cruzeiro do Sul, se interessou por alguém do Vale do Taquari. E porque um sobrinho se sensibilizou. Três autógrafos. E dali, tratei de curtir o Museu da Língua Portuguesa, ainda não incendiado.


Agora leio que a 26ª Bienal desse ano homenageia Portugal e que traz 19 escritores brancos, por conta dos festejos do bicentenário da Independência do Brasil.

Para não ficar tão constrangedor, a jornalista e escritora Marilene Felinto, na Folha de SP, escreve:

“A curadoria portuguesa, "em nome da diversidade", somou estranhamente a essa lista o nome de três escritores negros não portugueses, nascidos em ex-colônias de Portugal —a moçambicana Paulina Chiziane, o angolano Kalaf Epalanga e o timorense Luís Cardoso.

E questiona:

Por que homenagear o colonizador e não a narrativa literária dos povos sacrificados pela colonização?”

Boa pergunta.

Foto Laura Peixoto

Só queria dizer que em maio de 2018, a linda Feira do Livro de Lisboa, ao ar-livre, homenageou o Brasil. Aí sim foi constrangedor ver uma fila gigantesca para ouvir ao “guru espiritual” Sri Prem Baba. Depois comprovado, “um abusador sexual e um aproveitador da boa vontade da comunidade para enriquecer.”

O povo não aprende. Não existe mito nem milagre.

Foto Laura Peixoto

Mas ainda bem que persistem as feiras do livro. Com telhado, sem telhado. Com escritores das capitais e das províncias, de todas as cores e dogmas discutíveis.



Em agosto teremos a #16ª Feira do Livro de Lajeado, que volta à Praça da Matriz e homenageia o centenário do escritor português José Saramago, a professora Ivete Kist, como patrona e o historiador e escritor Waldemar L. Richter, de Forquetinha.


 


RACHEL DE QUEIROZ




 

#MEDALHA DE HONRA AO MERITO DO LIVRO


Meritocracia por Edu Oliveira

O deputado federal, ptb, Daniel Silveira,  preso em fevereiro de 2021, depois de publicar um vídeo em que atacava os ministros do Supremo Tribunal Federal e defendia o AI-5.

Em abril passado, o deputado foi condenado a ​oito anos e ​nove meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de ameaça à democracia e coação durante o processo.

No dia seguinte, Bostonauro  assinou decreto que concedeu "indulto individual" ao deputado federal.

Livre da condenação, Silveira se tornou, ainda em abril, membro titular da Comissão de Constituição e Justiça e da Câmara dos Deputados, a mais importante da Casa -  uma nova afronta ao Supremo.

Há dias, foi divulgado que Silveira e mais 200 pessoas vão receber da Biblioteca Nacional a medalha da Ordem do Mérito do Livro, tradicionalmente concedida pela instituição a pessoas que contribuem com a literatura - a  Biblioteca Nacional não justificou a honraria já entregue na ultima sexta-feira.

A homenagem é concedida a acadêmicos, autoridades e intelectuais que contribuem para o universo da literatura. Entre os que já receberam a medalha estão Carlos Drummond de Andrade e Gilberto Freyre.

ZH

Inconformados com essa putaria literária, imortais da Academia Brasileira de Letras que receberiam a honraria neste ano anunciaram a recusa.

A escritora Mary Del Prori também não quis participar da bagacerice.


O escritor, poeta e tradutor Marco Lucchesi criticou a indicação do deputado. "Se eu aceitasse a medalha, seria referendar Bolsonaro, que disse preferir um clube ou estande de tiro a uma biblioteca", afirmou o intelectual. 

O professor emérito da UFRJ, Antonio Carlos Secchin, que justificou a recusa dizendo que a cerimônia "se constituirá na celebração de uma única diretriz política, agraciando pessoas sem relação com livros, biblioteca e cultura".  

A Federação Brasileira das Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições, que há 60 anos defende e incentiva a profissão de bibliotecário,  declinou.



O imperador romano Calígula também condecorou imperador o seu cavalo Incitatus. Por que não uma medalha a um criminoso no Brasil?

 

    


 

CHICO BUARQUE


 

SOLDADO LEITOR

 


LIGIA FAGUNDES TELLES


 Nunca esperar nada em troca. De amigos, de conhecidos, da família. Quando esperar algo, o tombo vem de arrasto. E principalmente agora, em tempos de um governo podre como esse.