Guardachuvadelaura
agosto 16, 2011
DO MEU BLOQUINHO...
.ontem fui até o horto do jardim botânico. antes passei na secretaria de agricultura para os tramites. dali para a prefa. barrada na porta giratória por portar chaveiro, celular, bolsa. a bosta ñ abria. desvencilhei da bolsa e fui no banco pagar. mandaram para o protocolo. mais papel. volto para o banco. agora fila. e tudo por quê? por causa da corrupção dos grandes. não dos pequenos. DOS GRANDES. no jardim botânico mostrei a nota e trouxe para casa uma cerejeira, pau ferro, jacarandá, chorão, paineira e uma figueirinha. pra plantar tem que querer muito. seguem todas para o meu pedacinho de mata atlântica na praia. já foram mais de cinqüenta. isso não é nada. é uma gota naquele mar verde onde para eles árvore também é lenha. pra ver q não é mérito dessa gentalha daqui como diz o meu amigo indignado com as safadezas do vulgo e premiado corredor ecológico. ontem encontrei uma senhora perto do cemitério velho, que me disse que vendeu sua casa pertinho do rio. por 90 mil: “eu pedi 80, mas o homem decerto muito rico me deu dez mil a mais de troco.” e se riu toda. comprou um ap na hidráulica. daqui dois anos não vai ter dinheiro para o condomínio, pensei. o “homem decerto rico” já derrubou a casa e aterrou a vida que existia por lá. Fico sonhando que um dia vou ser secretaria de meio ambiente e vou pedir 20% de tudo na maior caradura: por laudo, por licença ambiental, para autorizar aterro, corte de arvore, caraiu a quatro. vou ficar bem rica. aí vou fazer lipo, prástica na bariga, bortox na cara. vai ser bem bão. só não vou dar o rabo por aí, ah, essa não. eita.
CARLITO CARVALHOSA NO MOMA
.na semana que vem, dia 24, o moma em new york vai inaugurar uma exposição do artista brasileiro carlito carvalhosa. nunca ouvi falar... ele vai apresentar uma instalação interativa chamada sum of the days: um labirinto de tecido branco onde a gente se perde e se esquece do mundo exterior. no teto da instalação um sistema de microfones dipindurado vai captar o som do ambiente. a gravação poderá ser ouvida no dia seguinte através de caixas de som no local. a cada dia um som diferente - do dia anterior - será adicionado à gravação. assim todo dia o som vai ficando cada vez mais poluído e denso. o interessante é notar como o passar do tempo pode ser observado através do som e que nós também temos uma memória auditiva dos sons e barulhos do nosso cotidiano. roubei isso de um outro blog, claro. não vou dar a fonte. azar. leitor que caiu aqui de bobeira: se vc vai para ny até 14 de novembro, visite o moma. e depois me conte.