fevereiro 28, 2020

JEREMY IRONS


“Todos nós temos nossas máquinas do tempo.

Algumas nos levam pra trás,
são chamadas de memórias.

Outras nos levam para frente,
são chamadas sonhos."

VANDALISMO AMBIENTAL

Informação objetiva. É uma pena, não temos. Nem aqui nem em lugar algum deste país.

Porque a imprensa precisa dos ricos anunciantes.  
E eles se protegem.

Assim a cidade vai perdendo sua história. Seu verde.  

Sem exagero: a sensibilidade.
Um amigo disse: “não há lei nem manifestação que impeça essa destruição”.

Por isso, escrevo. 

Estou sempre envolvida com palavras................ escritas.

Minha cabeça não tem sossego, entupida de tristeza e decepção.
Escrevo da minha dor e indignação.
Escrevo porque me sinto ridícula e trouxa.
Escrevo da vida - antes que um corona qualquer me leve.
Não tem nada que justifique o corte desses coqueiros. Nada.

Quem mandou cortar?
A Unimed que se vangloria de sua politica ambiental?
A empresa jornalística que ocupa o prédio e precisa de visibilidade?
Esse governo medíocre de Lajeado?


Resposta para laurapeixe@gmail.com

NAS REDES


CONTARDO CALLIGARIS *


Luciano Salles

O presidente tem vocação para piadista de boteco.

Na frente do Alvorada, ele mantém um programa de auditório, em que tenta fazer rir uma turma que grita “mito, mito”. 

Nesses shows cômicos (para a tal turma), os objetos frequentes de escárnio e bullying são a imprensa e os/as repórteres,
os quais preenchem o mesmo lugar dos judeus nas cervejarias de Munique nos anos 1920-30 ou dos negros nos pubs para brancos do Alabama nos anos 1950.

À diferença de judeus e negros naqueles anos,
a imprensa é obrigada a presenciar sua própria zombaria.

As/os repórteres aguentam o desrespeito do presidente
e a estupidez cúmplice da claque dele
porque acreditam na função moral da imprensa:

informar mesmo os que não querem ser informados.

Laerte

Num desses shows, o presidente quis desacreditar a investigação de Patrícia Campos Mello, repórter especial da Folha, sobre disparos ilegais de mensagens de Whatsapp nas últimas eleições.


Ele suscitou o riso de sua claque com a ideia de que Campos Mello teria tentado seduzir uma testemunha para conseguir as informações que ela procurava.


O que foi?
Será que o presidente se sentiu visado pela investigação?
Ou será que há mais alguma razão pela raiva presidencial?

Patrícia Campos Mello testemunhou os maiores dramas das últimas décadas;
escreveu do Afeganistão, da Síria, do Iraque, do Líbano
e de Serra Leoa durante a epidemia de ebola, em 2015.
Duke

Em “Lua de Mel em Kobane” (Cia das Letras), ela relata a história de um homem e uma mulher, sírios que ela conheceu quando tentavam sobreviver à expansão do Estado Islâmico. 
A experiência de Campos Mello nas piores guerras do século deve ser insuportável para um jovem que quis ser soldado e acabou reformado sem nunca ver a sombra de um combate (salvo seus protestos por melhores salários). 

Por competência e caráter, a desproporção é assustadora:

o presidente parece um defensor amador, numa pelada,
desistindo da bola e tentando chutar a canela de um craque de primeira divisão.


João Bosco

Alguns dirão que não precisa procurar longe:
o presidente é simplesmente grosso. 
Pode ser.

Mas a grosseria tem significação e consequências. Explico.

Dou muita importância às boas maneiras —faca na mão direita e garfo na esquerda,
esperar que as pessoas saiam do elevador antes de entrar, etc.
Crianças, no bonde, esperávamos que chegasse um idoso para ver qual de nós lhe ofereceria seu lugar mais prontamente.

Mas para o que servem as boas maneiras?
Por que não comer com as mãos e arrotar livremente?
(...)

As bananas, que ele fez diante das perguntas dos jornalistas, 
valem para todos nós,
os governados que poderiam questioná-lo,
e elas têm o mesmo sentido do “foda-se” que Augusto Heleno endereçou ao Congresso.

“República das bananas” adquire assim um novo sentido  —
não designa apenas pequenos países da América Central com ditadores que entregam os frutos da monocultura local à exploração estrangeira.
Simanca

Agora, república das bananas designa também o país onde quem governa faz bananas aos governados. 

O Brasil, apesar de sua economia diversificada e de seu tamanho, torna-se enfim uma república das bananas.

Psicanalista, autor de 'Hello Brasil!' , 'Cartas a um Jovem Terapeuta'  e 'Coisa de Menina?'.


fevereiro 27, 2020

ANTONIO PRATA


“O pobre tem que obedecer...
 O fazendeiro que queima a Amazônia 
é empreendedor.
O sem-teto que invade um prédio abandonado 
é terrorista.”

QUEM SÃO OS PARASITAS?



Em tempo de eleição para novos...

Quanto ganha um professor municipal para 40 horas semanais?

Algo em torno de 2,5 mil reais?

E um vereador para três horas semanais?

7,4 mil reais...

Não dá nojo? Raiva? Desprezo?

AMIZADES SINCERAS ME INTERESSAM


Peyton ficou de castigo, no cantinho, para pensar sobre suas atitudes. O meu... O que uma criança de 3 anos faz de errado? Sorte, que seu cão, Dash,  um mastim inglês de seis meses, se solidarizou.

DO MEU BLOQUINHO


Quando a gente dá um tempo para as redes sociais, o Tempo ganha outra dimensão...
To escrevendo mais, lendo mais e ouvindo mais discos. Tô no lucro! Agora...

“Dormia
A nossa Pátria mãe tão
Distraída
Sem perceber que era
Subtraída
Em tenebrosas
Transações"


... escutando o vinil do Chico, penso na minha mais nova dúvida:

Não sei se tenho mais medo do coronavírus ou do Bolsonaro e seu governo de milicos, ameaçando a volta da ditadura.

Quando alguém defende esses bostas, sempre penso: então fala dos acertos do bolsonaro... fala do que te orgulha nesse governo...

No sábado de carnaval assisti o adorável Jojo Rabbit, num cinema do shopping em Porto Alegre. Lotado. Na segunda-feira de carnaval, os sintomas de gripe... 

Ou seja, evite locais fechados e lotados e retrógrados. E se fosse, corona?


Caetano Veloso - Podres Poderes (Ao Vivo)

BOLSOASNO CONTRA OS PODRES PODERES



Estadão: “O presidente precisa esclarecer, sem meios termos, que não apoia a convocação de uma manifestação em sua defesa e contra o Congresso Nacional.

Os cidadãos são livres para se manifestar contra quem bem entenderem, mas um presidente da República não é um cidadão comum e não pode permitir que seu nome seja usado para alimentar um protesto contra os demais Poderes constituídos.

Se aceitar essa associação, ou, pior, se incentivá-la mesmo indiretamente, Bolsonaro estará corroborando as violentas críticas que esses apoiadores, em claro movimento golpista, estão fazendo contra o Congresso, tratado nas redes sociais bolsonaristas como 'inimigo do Brasil'.”

Globo: “O presidente tem citado a Venezuela chavista como o mau exemplo no continente. Pois a está seguindo, ao aplicar o manual do caudilho Hugo Chávez, que destroçou a democracia no país criando crises institucionais, para avançar com seu modelo nacional-populista autoritário. Destruiu a própria Venezuela.”

Folha: “Diante das demonstrações reiteradas de desprezo pela institucionalidade e de violações dos requisitos legais de honra, decoro e dignidade para o exercício da Presidência, talvez apenas o medo do impeachment possa deter a perigosa aventura Bolsonaro.”