Guardachuvadelaura
janeiro 24, 2022
MEXE-MEXE DESDE OS ANOS 50
Quando criança, a gente não ia para a praia como “todo
mundo”.
Mas para Cruz Alta, na casa de meus avós.
Era um sobrado lindo, com saleta de visita sempre fechada, sacada para serenatas, escada com corrimão que servia de escorregador, dois armários cheios de livros...
Tinha quadra de vôlei nos fundos, pomar, casinha de boneca, jabuticabeira, abacateiro e uma imensa árvore que precisava de cinco pessoas para abraçar - bom... O tempo engana os olhos.
À tarde, íamos à piscina do Clube Arranca com os primos e primas.
E à noite, sem tevê, a gente lia ou jogava Mexe-mexe no jardim-de-inverno.
Eu adorava! Tanto que herdei esse tabuleiro lançado nos anos 50.
Acho que foi meu vô João que fez uma caixa, com chave, para proteger o jogo.
Sempre cuidei bem. Depois de tanto tempo, falta apenas um coringa e uma letra das
pecinhas em pau-marfim.
Aqui em casa ninguém gosta de jogar. Nem chantageando.
Óia... Desculpe, tem duas palavras com a grafia errada.
No mais, tudo correto.
MARGARET MEAD
"Uma estudante perguntou uma vez à antropóloga Margaret Mead qual considerava o primeiro sinal de civilização em uma cultura.
A estudante esperava que a antropóloga falasse de anzóis, bacias de barro ou pedras para amolar, mas não.
Mead disse que "o primeiro sinal de civilização numa
cultura antiga é a prova de uma pessoa com um fêmur quebrado e curado."
Mead explicou que no resto do reino animal, se você quebrar a perna, você morre.
Você não pode fugir do perigo, ir para o rio beber água ou caçar para se alimentar.
Você se torna carne fresca para predadores.
Nenhum
animal sobrevive a uma perna quebrada o tempo suficiente para que o osso cure.
Um fêmur quebrado que se curou
é a prova de que alguém tirou o tempo para ficar com o que caiu,
curou a lesão,
colocou a pessoa em segurança
e cuidou dele até que ele se recupere.
"Ajudar alguém a passar
pela dificuldade é o ponto de partida da civilização ", explicou Mead.
SOCORROOOO
“Já aconteceu antes isso. Em outros sábados.
Tô passada e vazou que a “empresa” está novamente querendo se beneficiar com essa área verde. Estamos com medo que essa área vire uma rua.
Ha 2 meses me ligaram da prefeitura.
O homem, já de início, se enrolou para deixar o nome
claro quando perguntei quem era. Acreditei que era do planejamento.
Mais tarde liguei para o mesmo número para ver onde ia dar:
o mesmo cara atendeu dizendo que era do gabinete do prefeito.
Acho que foi “F” quem me ligou. O assunto?
Uma conversa sem pé nem cabeça:
me pedia para ir no cartório assinar um desmembramento.
Quando eu pedia uma explicação decente dizia que era a respeito da rua XX que estava só no papel a sua continuidade e queriam continuar ela."
"Tu não tem noção da minha raiva...
(Tenho... Ja berrei muito. Tudo pode nessa cidade: com aval da medíocre Secretaria do Meio Ambiente, da indulgente Promotoria, da inexistente Fepam - ora, dirigida por uma lajeadense.)
Soltei os cachorros nesse homem e disse que não ia em cartório nenhum... que eu não era besta ... que eles nem podiam ficar ligando pelos cantos pros moradores pedindo um negócio desses... que eles q fizessem uma reunião esclarecendo "bem direitinho" do que isso se tratava.
"E quando falei da “empresa“ vi o interesse dele em me ouvir.
Fiz umas reclamações da “empresa” inclusive falado sobre
o abaixo assinado q rolou a uns 25 anos atrás aqui, onde os moradores se reuniram
para não permitir que esse mato fosse
doado a ela.
O que a “empresa” queria fazer???
Trazer ela até na divisa dos terrenos que estão aqui e claro, aumentar a empresa.
Imagina a barulheira dia e noite aqui!"
"Bom o troço parou na justiça e foi determinado que essa área verde não poderia ser tocada e o “Herr ” teve q engolir essa!
Logo depois disso, ele veio até o topo do morro aqui próximo e falou bem alto, onde alguns moradores ouviram:
"Um dia ainda vou ser o dono de toda essa vila xepa".
Avisamos todos vizinhos envolvidos nesse lado da rua e tá todo mundo alerta. A vizinha ainda guarda toda a documentação do caso passado, que se desenrolou na justiça.
A vizinha aqui do lado, era a nossa presidente do bairro. Foi por isso que conseguimos nos unir e tomar uma atitude na época, onde fomos os favorecidos.
Fui direto na casa dela, depois da ligação q recebi, e ela ficou furiosa.
Estamos aguardando o próximo passo e tentando descobrir o que estão tramando."
Para irem ao cartório assinar.
Os coitados foram e segundo ela, com isso perderam até parte de suas propriedades. Tudo pelo véio da Havan.
Mas uma coisa te digo: vai ter guerra.
Ele não disse que um dia ainda ia ser dono da vila xepa?
Desgraçados! Ganharam uma faixa de terra da prefeitura e ainda não tão satisfeitos. Querem tudo de graça...
Por isso tô olhando, gravando vídeo e buscando qualquer
informação, mas com cuidado para não tomar um processo por danos morais. Daqui
a pouco a “empresa” consegue de outro
jeito.”