agosto 30, 2024

MANOEL DE BARROS

Imagem de Carol Leipnitz Fotografia

“Nuvens me cruzam de arribação

Tenho uma dor de concha extraviada

Uma dor de pedaços que não voltam.

Eu sou muitas pessoas destroçadas.”


 

COLLAGE

Sem inspiração para escrever, me joguei nas collages. À venda.

 “O que é essencial é que um acontecimento exterior insignificante libera ideias e cadeias de ideias, que abandonam o seu presente para se movimentarem livremente nas profundidades temporais”.

Erich Auerbach, filólogo.

O QUE EU QUERO PARA A EDUCAÇÃO

O que me motiva a lutar pela educação são 30 anos de magistério que me ajudam a conhecer de dentro a importância de ensinar e de aprender, vendo que a escola é, provavelmente, o melhor caminho para a cidadania plena.

Mas também acompanho o crescente descaso com professores e professoras, os cursos de licenciatura minguando, o desânimo de um lado e o desrespeito por outro. Por tudo isso, acredito que é preciso reagir. Com força. E a reação se faz com propostas e ouvindo as pessoas.

Amo dar aulas. Quem me conhece minimamente sabe disso. Mas é fácil perceber que, frequentemente, toda a atenção em âmbito escolar se volta para alavancar índices de desempenho.

Quem ouve os professores? Quando se ouve? Quem pensa no seu tempo de sala de aula? Onde estão suas vozes?

Respeito não vem com flores e maçãs. A docência é uma profissão (sim, ainda é preciso dizer isso): salário digno, plano de carreira saindo da gaveta, direitos iguais em todos os níveis de ensino, formação permanente.

É desta luta que falo: sobre questões básicas que precisam ser visibilizadas, discutidas e solucionadas.


* Sim, tô apoiando!

 

“ENTRE MEMÓRIAS E EMOÇÕES”

Imagem de Carol Leipnitz Fotografia

Com a finalidade de  estimular a produção literária e sensibilizar a comunidade, a Univates lançou um concurso literário cujo tema são as enchentes ocorridas no Vale em 2023 e 2024. 

“Entre memórias e emoções” é aberto a toda comunidade do Vale do Taquari.

Inscrições até dia 10 de outubro de 2024.

A promoção busca incentivar novos talentos e cada um pode participar com até três textos.



Ou seja, botar no “papel” a sua experiência, o seu susto, as dores vividas com essa enchente inimaginável que parece ter repetido a de 1941.

Serão aceitos contos, crônicas ou poemas que abordarem, mesmo que implicitamente, o período de enchentes no Vale.

Os textos escolhidos serão publicados em e-book a ser elaborado pela Editora Univates, compondo também o projeto “Poesia Salva" em 2025.

Leia o regulamento aqui: https://www.univates.br/media/wsdl_editais/1724782603.8694.pdf

 

 

DO MEU BLOQUINHO

O tempo passa e amassa a cara da gente. Olho no espelho e sofro um ataque de pelanca... Amanhã pode acontecer tudo. Inclusive, nada. Deixa ver se eu entendi direito como as coisas funcionam nas redes sociais: chamar um prédio da minha cidade de puteiro não pode. Participar de um grupo que vende  bebês, pode? A gente tá numa idade q não somos mais protagonistas.  Só espectadoras. OK. Não é para se preocupar com os outros. O mundo tá cheio de outros – vi no filme “Mãos talentosas”. OK de novo.

 

GILMAR FRAGA

ZH
 

MUSEU DO LIVRO ESQUECIDO


 São Paulo ganhou um novo espaço cultural: o Museu do Livro Esquecido.

Instalado na histórica Casa Ranzini, um casarão centenário de estilo eclético florentino,  a poucos minutos do metrô Japão-Liberdade, o museu oferece ao público um mergulho na história dos livros impressos e na evolução da tipografia.

Confira o acervo de três mil exemplares, incluindo primeiras edições e livros raros.

 No local, a exposição  “A Solidão e a Escrita: Pioneiras”, que honra  três escritoras que utilizaram a escrita como meio de enfrentar a solidão: Carolina Maria de Jesus (114-1977, Teresa Margarida da Silva e Orta (1711-1793)   e Christine de Pizan (133-1430), a primeira escritora que viveu a partir da escrita.

 O Museu do Livro Esquecido promete se tornar um ponto de encontro entre história e literatura na cidade, oferecendo um espaço para a preservação e o estudo das obras que marcaram gerações.

No futuro, oficinas literárias.

 Visitação só aos sábados e domingos, das 10h às 17h, na Rua Santa Luzia, 31, Sé/Liberdade.

Entrada livre. Até 23 de fevereiro de 2025.