Guardachuvadelaura
outubro 03, 2013
DO MEU BLOQUINHO
.arranquei dois dentes. sisos. o
de cima saiu facil. o de baixo sacaneou. quando saio do elevador do predio do
dentista duas mulheres aguardavam a vez de entrar. não conseguiram disfarçar o
espanto. eu parecia uma desvairada. cabelo ouriçado, cara amarela, os olhos
vermelhos. o 3 x 4 da fraqueza problematica.
transcorreu o dia entre gelatina, iogurte e morangos silvestres do bergman. no dia que perco os dentes da boca descubro a vida pela boca dos outros. sem siso, sem juízo. em boca fechada, só moscas sensatas. e a primavera mal começou...
MALIN GÉNIE
«Ali está o meu ganha-pão», dizia o engenheiro-chefe Kurt
Prüfer, ao ver da janela da fábrica de crematórios Topf & Sons o fumo a
sair das chaminés de Buchenwald. E assim caminha a humanidade. Certa vez, um
advogado trabalhista mostrou um arquivo com cinco ou seis gavetas
grandes, abarrotadas de processos contra os empregadores. Se valeu das mesmas
palavras que Prüfer. Depois que assistimos pela tevê o voto falcatrua daquele ministro
pró-mensalão dá para bem imaginar a extensão da podridão da justiça nesse país. Haja arquivo para catalogar nossa sociedade. Convivemos com demônios sem saber.
MARCO NA HISTÓRIA DA IMPRENSA
Lloyd’s List, o jornal mais antigo do mundo ainda em
circulação, anunciou que abandona a versão impressa a partir de 20 de dezembro.
Depois, só na web.
Criado há 279 anos em Londres, o jornal serviu à indústria
naval. Nos primórdios para vender ou anunciar as notícias sobre a chegada de
barcos e navios à cidade, despedidas, contratações e mortes.
Lloyd’s List foi
fundado por Edward Lloyd. Conforme a atual direção do jornal, uma pesquisa
revelou que apenas 25 clientes ainda esperavam para ler os 1,2 mil exemplares impressos. Na versão
online são mais de 16 mil assinaturas.
25 clientes!..