Fui a Israel em setembro de 2012. Com meu irmão, minha cunhada, outro casal e minha mãe.
Fiz a via sacra e me decepcionei.
As ruelas cobertas de bugigangas para turistas que mal dava para
descobri o número da estação.
O lado muçulmano é de uma colorida algazarra
O lado judaico mais
silencioso.
Mas ambos sabem cobrar. Um peixe de cerâmica começava em 80 shekel. Acabei levando por 20.
As diferentes notas do Novo Shekel, desde 1985, já
exibiram a imagem do escritor Shmuel Agnon, vencedor do Nobel de Literatura.
A outra serie continuou nessa linha:
A nota de 20 Shekel Novos traz a poeta russa Rachel Bluwstein. A de 50 homenageia o poeta
ucraniano Shaul Tchernichovsky, a nota
de 100 coube a escritora Leah Goldberg, e
a de 200 estampa o escritor e jornalista Nathan Alterman.
As homenagens renderam polêmicas. No início, as notas
“femininas” apareceram rasgadas, em protesto.
Hoje não mais. Aqui no Brasil, a Cecília Meireles ganhou distinção nos anos 90.
Museu Yad VaShem
Essas fotos do museu não são minhas. Não tirei nenhuma. Quis internalisar a experiencia. Hoje me arrependo.
O Museu do Holocausto foi fundado em 1953, no sopé do Monte Herzl.
Em 2005, ganhou casa nova e foi aberto ao público em um
espetacular prédio projetado por Moshe Safdie, 85 anos, arquiteto premiado em 2019 com o Prêmio Wolf
de Arquitetura. É deslumbrante!
Suas obras são incríveis! Acesse: https://www.safdiearchitects.com/
O museu de Safdie é num formato de espinho e tem suas
extremidades suspensas.
As galerias, dispostas ao longo da construção, apresentam
a complexa vida judaica durante os anos espinhosos, de horror que os
judeus viveram. A exposição é multi e
interdisciplinar, a partir de uma perspectiva judaica, enfatizando as
experiências dos indivíduos, dos seus itens pessoais e testemunhos de
sobreviventes.
A gente se emociona muito. Artefatos originais,
documentos, filmes, diários, cartas e obras de arte ajudam a dar ao museu um
aspecto mais humano da vida judaica na Europa durante estes terríveis
anos. São mais de 100 vídeos com depoimentos de sobreviventes e pequenos
outros registros visuais da época.
No final, o hall dos nomes, um repositório com
milhares de testemunhos das vítimas do Holocausto.
A visitação acaba em uma linda vista do vale,
q pra mim soou como redenção e esperança.
Não deixe de visitar os jardins do Museu. Várias
homenagens aos Justos entre as Nações: “os não judeus que arriscaram a sua
vida para salvar vidas judaicas. A eles, são plantadas árvores, como
a alfarrobeira.”
“O Nome em hebraico do Museu, Yad VaShem, vem
como uma referência da passagem de Isaias 56:5: Também lhes darei na minha casa
e dentro dos meus muros um lugar e um nome (Yad VaShem), melhor do que o de
filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.”
Há mais 9 museus importantes e que merecem visita, como
o Museu da Tolerância de Jerusalém, inaugurado em 2004. Ninguem indicou e nem vi a construção. Só decobri na volta... É um dos maiores e mais modernos de Israel. Ocupa uma área de 17mil metros quadrados no centro de
Jerusalém e visa à promoção do Israel democrático, com respeito universal e a coexistência - dizem... Controversia à parte, sua construção está sobre um milenar cemitério muçulmano Mamilla. O q pensar?