outubro 18, 2023

TURISMO EM JERUSALEM

 

Fui a Israel em setembro de 2012. Com meu irmão, minha cunhada, outro casal e minha mãe.

Fiz a via sacra e me decepcionei.

As ruelas cobertas de bugigangas para turistas que mal dava para descobri o número da estação.

O lado muçulmano é de uma colorida algazarra

O lado judaico mais silencioso. 

Mas ambos sabem cobrar. Um peixe de cerâmica começava em 80 shekel. Acabei levando por 20.

As diferentes notas do Novo Shekel, desde 1985, já exibiram a imagem do escritor Shmuel Agnon, vencedor do Nobel de Literatura.

A outra serie continuou nessa linha:

A nota de 20 Shekel Novos traz a poeta russa Rachel Bluwstein. A de 50 homenageia o poeta ucraniano Shaul Tchernichovsky,  a nota de 100  coube a escritora Leah Goldberg, e a de 200 estampa o escritor e jornalista Nathan Alterman.

As homenagens renderam polêmicas. No início, as notas “femininas” apareceram rasgadas, em protesto.

Hoje não mais. Aqui no Brasil, a Cecília Meireles ganhou distinção nos anos 90.

Museu Yad VaShem


Essas fotos do museu não são minhas. Não tirei nenhuma. Quis internalisar a experiencia. Hoje me arrependo.

O Museu do Holocausto foi fundado em 1953, no sopé do Monte Herzl. 

Em 2005, ganhou casa nova e foi aberto ao público em um espetacular prédio projetado por Moshe Safdie, 85 anos,  arquiteto premiado em 2019 com o Prêmio Wolf de Arquitetura. É deslumbrante!

Suas obras são incríveis! Acesse: https://www.safdiearchitects.com/

O museu de Safdie é num formato de espinho e tem suas extremidades suspensas.

As galerias, dispostas ao longo da construção, apresentam a complexa vida judaica durante os anos espinhosos, de horror que os judeus viveram.  A exposição é multi e interdisciplinar, a partir de uma perspectiva judaica, enfatizando as experiências dos indivíduos, dos seus itens pessoais e testemunhos de sobreviventes.

A gente se emociona muito. Artefatos originais, documentos, filmes, diários, cartas e obras de arte ajudam a dar ao museu um aspecto mais humano da vida judaica na Europa durante estes terríveis anos. São mais de 100 vídeos com depoimentos de sobreviventes e pequenos outros registros visuais da época.

No final,  o hall dos nomes, um repositório com milhares de testemunhos das vítimas do Holocausto.  

A visitação acaba em uma linda vista do vale, q pra mim soou como redenção e esperança.

Não deixe de visitar os jardins do Museu. Várias homenagens aos Justos entre as Nações: “os não judeus que arriscaram a sua vida para salvar vidas judaicas. A eles, são plantadas árvores, como a alfarrobeira.”

“O Nome em hebraico do Museu, Yad VaShem, vem como uma referência da passagem de Isaias 56:5: Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome (Yad VaShem), melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.

 


Há mais 9 museus importantes e que merecem visita, como o  Museu da Tolerância de Jerusalém, inaugurado em 2004. Ninguem indicou e nem  vi a construção. Só decobri na volta... É um dos maiores e mais modernos de Israel. Ocupa uma área de 17mil metros quadrados no centro de Jerusalém e visa à promoção do Israel democrático, com respeito universal e a coexistência - dizem... Controversia à parte, sua construção está sobre um milenar cemitério muçulmano Mamilla. O q pensar?


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