Guardachuvadelaura
junho 07, 2013
PORTO TRISTE
Quantas copas por uma
Copa? from Aura on Vimeo.
JULGAMENTO
“Pelo que fizeram
se hão de condenar muitos.
Pelo que não fizeram,
todos”.
Padre Antonio Viera
Sermões
GUERRAS NA TERRA
Donald McCullin nasceu pobre nos arredores de Londres. Tinha
tudo para uma temporada na cadeia. Mas desembarcou nas principais guerras do
século XX. Como fotógrafo. E tudo por acaso. Entrevistado pelo jornalista
Roberto D’Ávila, conta que nikon a
história de sangue e horror em imagens impressionantes.
E de tanto presenciar
o ódio entre os homens parece que
se contaminou: “Eu tenho em mim todos os tipos de misturas de ódio.”
Sobre a indústria de guerra promovida pelo cinema americano, McCullin percebe que Hollywood alimenta a violência e a destruição. “O que eles fazem é criminoso porque fazem com isso muito dinheiro enquanto destroem a cultura do mundo. Como podemos ter paz se destroem as verdadeiras bases das culturas humanas do mundo?” – questiona.
As guerras, diz McCullin, são criadas por políticos. E essa
ambição dos políticos é criminosa. “São esses criminosos políticos que
sacrificam a vida de milhares de pessoas. Ninguém quer morrer.”
Então como o mundo continua em guerra, continuamos morrendo
por ambição dos políticos, ditadores ou presidentes. E onde há terra, há
guerra. Apenas dois lugares no planeta nunca houve guerra: no Polo Norte e na
Antártida. E isso porque não pertencem a nenhuma nação.
Nas Américas, a guerra entre o governo mexicano e as máfias da drogas matou mais de 12 mil pessoas, em
2012.
O Instituto
Heidelberg para Pesquisas de Conflitos Internacionais mapeou os pontos de
guerra e conflitos no planeta, em 2012.
Nesse mapa de violências e terrorismo o
Brasil aparece como área limited war, assim como a Rússia. Os Estados Unidos
em crise e o México em guerra. Na Europa, o mapa mostra a França e o Reino Unido também em crise.
Há muitas guerras no berço da humanidade: Republica do Mali,
(entre rebeldes tuaregues e combatentes islâmicos contra o governo, resultou em
intensos combates e centenas de milhares de refugiados.), Nigéria, Congo,
Uganda, Sudão (morreram pelo menos 1.000 pessoas em 2012) e
Somália. Ainda são apontados conflitos em outros países africanos.
Dos 54 países independentes há Paz , ou ausência de guerra e
conflitos, na Libéria, Togo, Gana, Fassol, Camaões, Gabão, Chade, Namíbia,
Botsuana, Zâmbia, Moçambique, Madagascar e Eritreia, mas também muito desequilíbrio
social.
Guerra ainda no Yemen, Síria, Iraque, Myanmar, Índia, Paquistão,
Afeganistão, Irã, Turkmenistão,
Um planeta em total desequilíbrio.
O último release do HIIK, de 21 Fevereiro de 2013, apresentou
o Barômetro de Conflitos de 2012,
com dados e análises atuais sobre os acontecimentos de conflitos globais no ano passado.
Observaram que existiam 396
conflitos no planeta.
Destes, os cientistas políticos contabilizaram 43 altamente violentos, ou seja, conflitos caracterizados pela
utilização generalizada de violência organizada com consequências graves.
Observaram ainda que até o final de 2012 haviam 18 guerras em 15 países distribuídos
por quatro regiões do mundo.
Um total de nove guerras ocorrem na África, ao sul do Saara; cinco no Oriente Médio; três na Ásia, Oceania e nas Américas. Até então o continente
europeu se viu poupado.
Apesar da África enfrentar um grande número de guerras, é do
Oriente Médio a estatística de maior número de vítimas. Em apenas cinco anos morreram naquela região,
pelo menos, 65 mil pessoas, incluindo cerca de 55 mil na guerra civil da Síria.
Fonte: http://www.hiik.de/
* Donald McCullin concluiu que suas fotos mostrando a barbarie humana não serviram para nada. As guerras e os massacres continuaram indiferentes à miséria e à dor.
GUERRA CIVIL BRASILEIRA
No Brasil de 2010, mais
49 mil e 932 pessoas foram assassinadas. Só o Rio de Janeiro registrou 5.267 homicídios. Em 2012,
média de 13 assassinatos por dia.
No Rio Grande do Sul foram 2.061 assassinatos no ano passado.
Outra guerra perdida: 43 mil pessoas morreram no trânsito brasileiro só em
2012.
* Comparando: na Guerra do Vietnã morreram 58, 200 soldados americanos, entre 1961 e 1974.
Do sofá observo o mundo. Do sofá observo a aldeia e suas batalhas íntimas e ínfimas. No mundo inteiro a tragédia começa quando os dois se acham com razão. Mr. Shakespeare?
CHEFES SOCIOPATAS
1. O ego
é superdimensionado, mas ele não se satisfaz com seu próprio sucesso. O
fracasso dos outros é fundamental. Ele precisa humilhar e fazer sofrer.
2. Ele
não tem nenhuma empatia e não sente remorso. Parece atencioso mas sua
arrogância o trai, pois não consegue evitar o sentimento de superioridade.
Detesta tudo o que é coletivo.
3.
Quando ele fala de você, abusa da palavra “confiança” e multiplica promessas
como “eu jamais trairia”, mas é um egoísta e sua falta de generosidade se
traduz em falta de sinceridade.
4. É
manipulador. Sabe encantar, mas se ouve falar. As idéias dos subalternos são
dele. Os erros dele, são dos subalternos. O que o trai é sua falta de
autocontrole em caso de conflito. Nesses casos ele pode ficar colérico e até
vulgar.
5. É
intrigante e pouco criativo e sua prioridade é sempre subir na vida.
... E aí? Tem um chefe assim ao seu redor?
junho 05, 2013
LUA ESCARLATE
“Estávamos abertos para os encontros.” — disse Paulo Coelho
lembrando a década de 60/70 compartilhada com a jornalista Scarlet Moon, que
morreu nessa madrugada. Sempre achei que era pseudônimo de estrela. De apêndice, um Chevalier que me impressionava. Junto com Rita Lee e Leila Diniz, uma tríade inspiradora nos meus
tempos de piá. Scarlet Moon com direito a letra de Caetano Veloso. Com
direito a letra de Rita Lee. Nomes de nome e Escarlete, lua serenata. “Estávamos
abertos para os encontros.” - significativa essa frase do escritor, quando hoje
estamos cada vez mais propensos a encontros virtuais pelo facebook onde não nos
tocamos, não nos cheiramos e nosso afeto se dilui visivelmente e onde também nunca achamos os amigos para compartilhar um vinho e um pão com azeite de oliva.
Facebook - o faz de conta que sou ativista, divertida, boa cozinheira, leitora
de Clarice Lispector e por aí vai, ó perfeição, ó chatice e o Zuckberger cada
vez mais bilionário. Adeus Moon, vira rosa e fica cheia. De luz.
“SER JORNALISTA É...
“....
duvidar das verdades. Eis o paradoxo: a profissão que tem por missão encontrar a verdade e
propagá-la só será bem exercida se o
profissional foi um inconformado com aquilo que se apresenta como 100%
verdadeiro. Desconfiar da verdade absoluta – política, econômica, policial ou
estética – é o caminho para o jornalista usar sua arma invencível – (seu
próprio olhar) em defesa do verdadeiro
conhecimento.” Guilherme Fiúza, da revista Época
“... é raro, cada vez mais raro.” Eugenio
Bucci, professor da USP e da ESPM
“... ter
consciência de que só palavras não vão mudar o mundo, mas saber que sem elas
tudo fica ainda mais difícil.” – Jose Norberto Flesch, jornalista e colunista
do Destak
Esqueceram
de incluir:
“... o
exercício diário da inteligência e da prática cotidiana do caráter.” Cláudio
Abramo (1923-1987)
“... é
não se amancebar com os governos.” – digo eu quando vejo o que acontece na
aldeia que me habita e aos poucos se desconstrói seguindo as regras do jogo
toma lá, dá cá.