DE QUEM É A CULPA?
Repercutiu nas redes sociais. Deu no Jornal Nacional. Capa dos jornais.
Assunto do dia de ontem, o ato criminoso, o ato incendiário no saguão do pronto atendimento do hospital
Bruno Born, em Lajeado.
Não me surpreendi – inventei de escrever. E aos comentários, menos ainda.
Gente que vive na redoma dos condomínios e edifícios “inteligentes”. Com suas viagens internacionais e cardápios elegantes. Gente que tem planos de saúde exorbitante. Gente que sequer precisa de planos de saúde.
E gente que rala, claro. Reclusos na pobre redoma cultural.
Para ambos os grupos vislumbro a
tal força da miséria da espiritualidade, que Marcia Tiburi explica na revista Cult, de março.
Quem ousou botar fogo era bandido. Era assassino. Ninguém vai compactuar com uma atitude, um ódio criminoso.
Que ousadia esse bandido levar o filho ao pronto atendimento... – li.
Que ousadia o PA do HBB sem um segurança no domingo de
Páscoa... Alias, onde estava mesmo? Ou acreditam que algo assim nunca aconteceria?
Demorou. Atendimento ruim.
Tolerância dos pacientes a ponto de bala. A ponto de facão.
Posso dizer que não é diferente no “privilegiado” Pronto
Atendimento da Unimed.
Alguém da família penou a tarde toda naquele saguão sufocante. Gemia
de dor. Não era prioridade.
Quando atendida, a médica quis levar direto para mesa de cirurgia.
Por outro lado, também demorou nas duas ocasiões em que fui atendida no arejado Posto de Saúde, próximo ao Jardim
Botânico. Logo eu, cliente do plano regional da Unimed, tirando a vaga de outro
cidadão.
Ficamos assim, no recôndito do whats se queixando do
pronto-atendimento do HBB.
E por temer represália, por temer inimizades, calados.
Aliás, FORA TEMER.
Por isso, repito, não me surpreendo com a estupidez do pai
do menino febril. Agora, mais um menino sem pai.
Eu que não sou bandida – ainda – já tive vontade de...
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