ANTES TARDE DO QUE NUNCA?
Ontem, a Globo reconheceu...
“De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma
verdade dura.
Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações
Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro.
1964
“Diante de qualquer reportagem ou editorial que lhes
desagrade, é frequente que aqueles que se sintam contrariados lembrem que O
GLOBO apoiou editorialmente o golpe militar de 1964.
A lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não há
como refutá-la. É História. O GLOBO, de fato, à época, concordou com a
intervenção dos militares, ao lado de outros grandes jornais, como “O Estado de
S.Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “Jornal do Brasil” e o “Correio da Manhã”, para
citar apenas alguns. Fez o mesmo parcela importante da população, um apoio
expresso em manifestações e passeatas organizadas em Rio, São Paulo e outras
capitais.”
“O GLOBO não tem dúvidas de que o apoio a 1964 pareceu aos
que dirigiam o jornal e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem
do país.”
Editorial de “O Globo” de 02 de abril de 1964:
“Ressurge a
Democracia”
Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos
militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque
as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender
a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não
confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas
um daqueles poderes, o Executivo.
As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são
instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”
(...)
“No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e
desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra,
saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser
considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições
indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua
presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube,
vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei."
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