DIA DE AUDIO CRÔNICA
PRA CIMA DE MIM... NÃO.
Patrulha ideológica, patrulha de gênero... Recebi no
Messenger:
“Tu tinha que escrever umas críticas feministas ... Dia 3 podias
ter falado do voto feminino na tua crônica online...”
Fiquei remoendo, remoendo...
Tenho resposta pra muita coisa, e muito digo sem pensar, no impulso... fiquei
muda. Não basta fora Bolsonaro, não basta gritar contra o corte burro das
árvores, não basta falar de filmes e livros, repostar cartuns...
(Para quem não sabe, estou pesquisando a vida de Julia Malvina
Tavares. Não para escrever biografia que
não tenho essa pretensão, mas um romance para homenagear uma professora que
viveu aqui pertinho, em Cruzeiro do Sul.
Malvina usou de uma pedagogia diferente para lecionar, sem castigo físico, com
aulas ao ar livre.
Era a vó do jornalista Flavio Tavares e bisavó da Haidê e do
Tidão , o meu vizinho e quem me falou dela.
Para uns, Malvina foi considerada anarquista. Talvez isso explique o silenciamento ao seu redor, hoje. Ninguem nunca ouviu falar dela ou de sua família em Cruzeiro, onde viveu 40 anos. Pode isso? Dizem... que uma forma de castigar um transgressor é com o esquecimento. Tô envolvida nessa escritura feminina para honrar a pessoa que ela foi.)
Quanto a questão do feminismo...
Será que a gente pode ser
feminista, sem ser ativista?
Vejo amigas envolvidas com a Delegacia da Mulher, com a Casa de Passagem, com o Presidio feminino.
Vejo a galera lgbt denunciando preconceitos, as meninas se posicionarem por seus direitos, mulheres abandonando casamentos abusivos...
Vejo
muito mais ativismo nessas atitudes do que sair por aí postando flyers
feministas.
E vocês?
(Que essa crônica chegue em quem tem que chegar...)
Trilha sonora Fonte Natural com o pianista lajeadense Vicente Breyer
https://www.youtube.com/watch?v=gfsPUDbgaHE
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