julho 22, 2022

RACISMO ESTRUTURAL


 A língua reflete o tamanho do preconceito racial enraizado na comunicação, na  literatura, na música. 

O lado negro da coisa. O humor negro. O mercado negro. A bile negra.  A ovelha negra. A coisa preta. Nuvem negra. Caixa-preta. Lista negra. Magia negra. Câmbio negro. Buraco negro.

A expressão mais positiva?  Quero tudo preto no branco. Ou seja, bem explicadinho. A verdade.  Até  Chico  Buarque:  “Aqui a coisa tá preta...”

 A filósofa Sueli Carneiro ao criticar a novela Terra Nostra (1999-2000) considerou “ que os personagens negros não tem relevância na trama, a sua presença e a imagem negativa que veiculam prestam-se unicamente a ratificar a suposta superioridade do branco.”

 Quem leu Alvares de Azevedo, Machado de Assis, Bernardo Guimaraes, Aluísio de Azevedo, Monteiro Lobato... Sabe que todos se valeram de termos depreciativos para com a negritude  nos  seus livros.

 Muita estrada ainda.

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