A língua reflete o tamanho do preconceito racial
enraizado na comunicação, na literatura,
na música.
O lado negro da coisa. O humor negro. O mercado negro. A
bile negra. A ovelha negra. A coisa
preta. Nuvem negra. Caixa-preta. Lista negra. Magia negra. Câmbio negro. Buraco
negro.
A expressão mais positiva? Quero tudo preto no branco. Ou seja, bem
explicadinho. A verdade. Até Chico
Buarque: “Aqui a coisa tá
preta...”
A filósofa Sueli Carneiro ao criticar a novela Terra
Nostra (1999-2000) considerou “ que os personagens negros não tem relevância na
trama, a sua presença e a imagem negativa que veiculam prestam-se unicamente a
ratificar a suposta superioridade do branco.”
Quem leu Alvares de Azevedo, Machado de Assis, Bernardo
Guimaraes, Aluísio de Azevedo, Monteiro Lobato... Sabe que todos se valeram de
termos depreciativos para com a negritude nos seus livros.
Muita estrada ainda.
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