julho 15, 2022

TEMPO DE DESCOBERTAS: “CONFISSÕES DO DIABO, AS GRAVAÇÕES PERDIDAS DE EICHMANN”

Uma nova série documental conseguiu gravações que expõem o líder nazista Adolf Eichmann,  um dos principais funcionários de Adolf Hitler, descrevendo o Holocausto com suas próprias palavras, ao demonstrar indiferença com horrores sofridos pelos judeus em Auschwitz.

Segundo o The New York Times, a série "The Devil's Confession: The Lost Eichmann Tapes" é baseada nos áudios gravados de conversas  entre Eichmann e um jornalista holandês e ex-oficial da SS nazista, Willem Sassen, que trabalhou como propagandista para a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.  

Escondidos na Argentina, o jornalista  pretendia escrever um livro após a morte de Eichmann.

 

Na época do julgamento, essas gravações  “perdidas” foram negadas aos procuradores públicos israelenses. E guardadas em arquivos alemães.

Em 2020, o governo alemão entregou ao produtor Kobi Sitt e ao diretor Yariv Mozer, q usou na serie The Devil... Em uma das gravações, é possível ouvir o nazista afirmando que “não dava a mínima” se os judeus que eram enviados para o campo de concentração e extermínio de Auschwitz iriam viver ou morrer. 

Em outro  momento se pode ouvir Eichmann matando uma mosca que zumbia pela sala e a descrevendo como um inseto "de natureza judaica".

"Se tivéssemos matado 10,3 milhões de judeus, eu diria, com satisfação, que, ‘bom, destruímos um inimigo’. Assim teríamos cumprido nossa missão", ele disse, se referindo a todos os judeus da Europa.

 

O nazi foi condenado à morte em 1962 depois que agentes do serviço de espionagem israelense, o Mossad, o sequestraram na Argentina e o transportaram a Israel.  

Enforcado, Eichmann insistiu até o fim que era apenas um funcionário que cumpria ordens. E negou qualquer responsabilidade pelos crimes. 


“Descrita como apenas uma pequena peça no aparato estatal encarregado de organizar o transporte ferroviário, a mediocridade que ele professava deu origem à teoria da filósofa Hannah Arendt sobre a banalidade do mal.”  Folha SP

 

 


 

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