O DESMONTE DO SUS
Para Adriano Massuda, professor da Fundação Getúlio Vargas e
pesquisador-visitante na Escola de Saúde Pública de Harvard, frente a pandemia:
“Só não estamos em situação pior justamente porque nós temos
o SUS e porque o Brasil tem uma tradição em programas de saúde
pública”.
O problema, afirma Massuda, é que justamente essa tradição
de saúde pública está sendo ameaçada com a profusão de militares e
profissionais sem experiência instalados em cargos-chave na atual
configuração do Ministério da Saúde.
O pior, segundo o professor, é que mudanças nas engrenagens
do sistema que foram construídas ao longo dos últimos 30 anos podem fazer um
“estrago” muito além da pandemia.
Como é que vai ficar a coordenação nacional do câncer?
Como é que vai ficar a política nacional do HIV, do sangue e
hemoderivados, e as vacinas que dependem da ação do Ministério da Saúde?
É algo muito arriscado e a sociedade tem que ficar bastante
atenta. O problema não é só a covid-19.
Pode haver um processo de desmonte da engrenagem que fez o
sistema de saúde funcionar nos últimos 30 anos que é muito perigoso.
O Exército pode estar puxando pro seu colo a
responsabilidade de desmontar o sistema de saúde brasileiro. Esse sistema
que é essencial para garantir a segurança sanitária do nosso país.
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