TITULO: BABACA-MÓR
Imagine q estamos expostos numa grande prateleira,
identificados por títulos:
Branco, heterossexual, solteiro, pai,
Branco, heterossexual, casado, sem filho,
Branco, heterossexual, casado, pai,
Branco, homossexual, solteiro, pai,
Branco, homossexual, casado, sem filho,
Branco, homossexual, casado, pai,
Negro, heterossexual, solteiro, pai,
Negro, heterossexual, casado, sem filho,
Negro, heterossexual, casado, pai,
Negro, homossexual, solteiro, pai,
Negro, homossexual, casado, sem filho,
Negro, homossexual, casado, pai,
Troque o artigo identitário de “o” por “a” e teremos a
versão feminina nessa prateleira.
Mude a cor: parda, amarela, rosada, roxa. Depois da vírgula,
designe a profissão. Deixemos de lado a idade. Sente ainda a falta de algum
adjetivo?
Preconceituoso, cordial, raivoso, otimista, alienado, religioso,
ateu, agnóstico, solidário, canalha...
É o q fazemos durante toda nossa curta vida: etiquetamos com títulos o vizinho, o familiar, o colega de trabalho,
de sala de aula, o patrão, o empregado, o professor, a vó do Badanha e o “imortal
literário” q inspirou essa reflexão.
Os homofóbicos tem medo que a identidade LGBT seja valorizada,
medo que a hierarquia de valores hetero seja quebrada.
A homofobia e outros
preconceitos indisfarçáveis é senso comum expressada por várias criaturas
humanas, entre elas, os que se veem literatos.
Se eu fosse mais louca e briguenta como disseram – olha que ótimos título! - vomitava tudo que já ouvi e presenciei na
estante maior chamada feissibuqui.
Mas me dá uma preguiça de filtrar tudo isso.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial