ÜBERDRUSS
outubro 25, 2023
DO MEU BLOQUINHO
" – Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo... Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa.."
Música do Paulinho da Viola. Amo. E hoje pensei nela quando soube do Duda. Raras vezes, a gente se via no centro. E era algo assim. Sempre correndo. Talvez para não remexer nas memórias. Já escrevi, reescrevi, lembrar é viver de novo, perdoar é esquecer. Não vem ao caso. Eu só queria saber se é verdade que um dia a gente vai se reencontrar por aí, sem pressa, quem sabe para tomar um café e lembrar de uma serenata em Garopaba, do meu desespero pelo atraso no teatro, do festival de música... Me perdoe a pressa.
O QUE VOCÊ NÃO RESISTE?
E além de não resistir, se constrange? Afundada em contas, cartão estourado, e a tentação acende a luz verde: Sapatos? Batons? Gravatas? Disco de vinil?
Fecho os olhos para imaginar: bolitas, perfumes, livros, santinhas, vinhos..?
Não é para colecionar. É de uso. Para jogar, enfeitar, degustar.
Mas sabe lá quando você vai usar já que tem uma gama de similares, tantos q esconde, tantos que tranca na gaveta, tantos que o pudor vale o disfarce, os olhos de sonsa, trocar de assunto.
Sei q a irmandade dos Escritores Anônimos aconselha um único passo: fuja imediatamente.
Até posso seguir o conselho, mas os amigos sabem do desvario íntimo e, a cada ano, no mínimo, ganho uns dois ou três.
Confesso: cadernetas e bloquinhos, artesanais ou não, charmosos sempre, vintage como o da Livraria Lello, de capa de couro, de papel reciclado, canson, pólen, com pauta, sem pauta.
De brinde de loja de decoração.
E você jura q é para desenhar, q vai usar para suas collages.
Promete q vai escrever todos os dias nem q seja uma linha!
Vai criar um dicionário de metáforas,de rimas esquisitas, de novas palavras.
Você precisa comprar só mais essa cadernetinha, por favor, jura q nunca mais, mas essa! Essa, assinada por Vinicius de Moraes: Caderno para prosa e melancolia.
.
O tempo passa e a gaveta entupida de.
Centenas de páginas.................. em branco.
CANELA ENVENENADA?
Vi na ZH: uma palmeira plantada em frente a um prédio em Porto Alegre, ao custo de 25 mi, morreu. O proprietário chamou um químico para descobrir a causa: envenenamento.
Em Lajeado, uma caneleira grande tombou. Disseram q apodreceu na base. Ahã. O vento... Pensa num vento, num canto de um prédio... Coisa mais estupida.
“Que tempos são
esses, em que
uma conversa sobre
árvores é quase um crime,
pois implica em
calar-se sobre tanta atrocidade?”
Um laudo técnico, de confiança, seria interessante.
Mas quem se importa?
outubro 18, 2023
NELLY SACHS*
firmamento, envoltos como rolos de fios,
vocês, que costuram e de novo desfazem o cosido,
vocês, que adentram o embaraçado das línguas
como em colmeias,
para picar o açúcar
e ser picados –
Povos da Terra,
não destrocem o universo das palavras,
nem retalhem com as facas do ódio
o som, que nasceu com o sopro.
Povos da Terra,
ah, que ninguém pense em morte ao dizer vida –
e não em sangue, ao falar berço –
Povos da Terra,
fiquem as palavras na origem,
pois são elas que podem
aproximar os horizontes dos céus verdadeiros
e, pelo seu avesso,
como a noite bocejando atrás da máscara,
ajudar as estrelas a nascer –
* Nelly Sachs é judia e uma das mais importantes poetas de língua alemã do século XX. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1966. Uma de suas obras mais conhecida é Estrela escurecida, de 1949.
Sua poesia é elegíaca, profética e carregada de misticismo. Usa uma linguagem hermética, que funde o velho e o novo, aliando a ousadia de criatividade e de metáforas do modernismo aos simbolismos da antiga poesia bíblica. É o “lamento fúnebre de um povo”, nas palavras do crítico alemão Eckart Klessmann, no jornal Die Welt.
TURISMO EM JERUSALEM
Fui a Israel em setembro de 2012. Com meu irmão, minha cunhada, outro casal e minha mãe.
Fiz a via sacra e me decepcionei.
As ruelas cobertas de bugigangas para turistas que mal dava para descobri o número da estação.
O lado muçulmano é de uma colorida algazarra
O lado judaico mais silencioso.
Mas ambos sabem cobrar. Um peixe de cerâmica começava em 80 shekel. Acabei levando por 20.
As diferentes notas do Novo Shekel, desde 1985, já exibiram a imagem do escritor Shmuel Agnon, vencedor do Nobel de Literatura.
A outra serie continuou nessa linha:
A nota de 20 Shekel Novos traz a poeta russa Rachel Bluwstein. A de 50 homenageia o poeta ucraniano Shaul Tchernichovsky, a nota de 100 coube a escritora Leah Goldberg, e a de 200 estampa o escritor e jornalista Nathan Alterman.
As homenagens renderam polêmicas. No início, as notas “femininas” apareceram rasgadas, em protesto.
Hoje não mais. Aqui no Brasil, a Cecília Meireles ganhou distinção nos anos 90.
Museu Yad VaShem
Essas fotos do museu não são minhas. Não tirei nenhuma. Quis internalisar a experiencia. Hoje me arrependo.
O Museu do Holocausto foi fundado em 1953, no sopé do Monte Herzl.
Em 2005, ganhou casa nova e foi aberto ao público em um
espetacular prédio projetado por Moshe Safdie, 85 anos, arquiteto premiado em 2019 com o Prêmio Wolf
de Arquitetura.
Suas obras são incríveis! Acesse: https://www.safdiearchitects.com/
O museu de Safdie é num formato de espinho e tem suas extremidades suspensas.
As galerias, dispostas ao longo da construção, apresentam
a complexa vida judaica durante os anos espinhosos, de horror que os
judeus viveram. A exposição é multi e
interdisciplinar, a partir de uma perspectiva judaica, enfatizando as
experiências dos indivíduos, dos seus itens pessoais e testemunhos de
sobreviventes.
A gente se emociona muito. Artefatos originais,
documentos, filmes, diários, cartas e obras de arte ajudam a dar ao museu um
aspecto mais humano da vida judaica na Europa durante estes terríveis
anos. São mais de 100 vídeos com depoimentos de sobreviventes e pequenos
outros registros visuais da época.
No final, o hall dos nomes, um repositório com milhares de testemunhos das vítimas do Holocausto.
A visitação acaba em uma linda vista do vale, q pra mim soou como redenção e esperança.
Não deixe de visitar os jardins do Museu. Várias homenagens aos Justos entre as Nações: “os não judeus que arriscaram a sua vida para salvar vidas judaicas. A eles, são plantadas árvores, como a alfarrobeira.”
“O Nome em hebraico do Museu, Yad VaShem, vem como uma referência da passagem de Isaias 56:5: Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome (Yad VaShem), melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.”
Há mais 9 museus importantes e que merecem visita, como o Museu da Tolerância de Jerusalém, inaugurado em 2004. Ninguem indicou e nem vi a construção. Só decobri na volta... É um dos maiores e mais modernos de Israel. Ocupa uma área de 17mil metros quadrados no centro de Jerusalém e visa à promoção do Israel democrático, com respeito universal e a coexistência - dizem... Controversia à parte, sua construção está sobre um milenar cemitério muçulmano Mamilla. O q pensar?
TURISMO EM JERUSALEM 2
Cumpri todos os rituais... Bilhetinho no muro, dedos nas oliveiras de 300 anos, rosto na pedra de não sei quem, usei lenço para ver a agua q brota, lágrimas no tumulo de não sei quem,
Fui no Monte das Oliveiras, passei todos os dias pela Torre de Davi mas não entrei. Ouvi o convite dos minaretes para as orações muçulmanas e os sinos dos católicos badalarem para o mesmo fim.
Boiei no Mar Morto! A cada ano o seu nível baixa 1 cm pela evaporação. Vi beduínos em estado de miséria, q cobravam 5 shekel para da uma voltinha de camelo. Não fui. Deu uma tristeza. Lembrei-me dos nossos indígenas na beira das rodovias.
Visitei a Fortaleza de Massada. Quase morri de calor. Desidratei. Subi pelo teleférico, mas vi corajosos na íngreme e estreita trilha Caminho da Cobra.
Jerusalém é repleta de muros e muralhas: do tempo dos
hebreus, dos muçulmanos e da contemporaneidade.
Pedra é o q nunca faltou para construí-las. Toda nossa trip foi muito bem organizada pela minha cunhada e meu irmão. Claro q eu não tinha grana e a mãe me financiou. P.S. Continuo não tendo.
Se me comovi? Sou jornalista... E acredito q Deus faltou ao nosso encontro. Nem em Belém
apareceu. Creio q tinha coisas mais inspiradas para fazer do q tentar me emocionar. Lembrando hoje o passeio, não posso acreditar que o país foi bombardeado e está em guerra. E uma guerra que podemos acompanhar em tempo real pelas redes. Uma carnificina de ambos lados. Dá raiva e uma tristeza imensa.
O ANTISSEMITISMO É SECULAR
Antes de Hitler, em 1879, o historiador e escritor político alemão Heinrich Gotthard von Treitschke, formulou a frase “Os judeus são nossa desgraça”, assimilada por muitos.
Hitler, não menos fascista, considerava os judeus
responsáveis por todos os males do mundo.
Por isso assassinou 6 milhões, incluindo outra minorias.
Como os alemães tão cultos idolatraram um monstro desses?
A guerra terminou em 1945.
Mas a vitória chegou tarde para os
judeus.
Sofreram tanto. Como podem revidar de forma tão violenta e encarcerar outro povo num gueto? Pesquise o Massacre de Jenin, na Cisjordânia.
CRIANÇAS
“Coletivamente, como nação, somos tão maus, tão histericamente, inutilmente maus...” diz o personagem von Lentz para Milkau, no livro Canaã, de Graça Aranha. Será q as pessoas pensam q de janeiro para cá, as crianças ianomamis ganharam peso e não passam mais fome? Penso nisso quando vejo as crianças palestinas e judias mortas. Alias, que fim levaram as crianças ucranianas? É revoltante a mídia. Volta seus holofotes para a proxima desgraça, como se essas já amenizadas.
outubro 11, 2023
RAMI SAARI*
* poeta israelita
"ISRAEL E PALESTINA, O CONFLITO MAIS LONGO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE"
Não quero dizer nada, mas pelo que li, nem Cristo tinha
nascido quando as sementes da discórdia entre
esses dois povos foram lançadas naquele chão arenoso de Israel.
Tá na bíblia, Deuterônimo, escrito por Moisés, o cara dos 10 mandamentos:
Doze tribos viviam na Palestina, ao sul da Síria - Ruben,
Simeão, Judá, Zebulão, Isacar, Asher, Neftáli, Efraim, Manassé, Gad, Benjamim e
Levi - sete foram expulsas...
Ninguém se fez de rogado. Depois um tira-dá que não entendi
muito bem, mas vou tentar explicar para eu mesma entender e aos meus três leitores.
Antes de ser Palestina, chamava-se Philistia: uma estreita faixa litorânea do Mar Mediterrâneo, próxima à Judeia. Ocorre que com o tempo tornou-se Palestina, e a região toda – Canaã - passou a ser chamada de Palestina, e passou para a história como o berço do cristianismo.
Entendi que os judeus invadiram as terras palestinas.
Tamu falando em 1200 a.C!
Momento wikipedia:
Após a morte de Salomão, as doze tribos se dividiram
novamente e passaram a formar dois reinos:
um formado por Judá e Benjamim, chamado “Reino do Sul” - Jerusalém como capital;
e outro formado pelas dez tribos restantes, chamado “Reino do Norte” - Samaria, a capital.
Pula daqui, pula dali...
Em 1904 e 1914, novas levas de imigrantes judeus foram chegando à Palestina.
Pula para 1918, a Palestina pertencia ao Império Turco-Otomano e ocupada, principalmente, por árabes e outras comunidades muçulmanas.
Com o fim da 1ª Guerra Mundial, o Império é dissolvido. E a Inglaterra fica de responsável pelo controle daquele caldeirão.
Cientes do movimento sionista (lê minha postagem no dia 9
de outubro), os britânicos ofereceram cerca de 15.000 km² de terras para
assentamentos judaicos em Uganda, na África - oferta recusada.
Depois da 2ª guerra, em 1947, a ONU aprovou a Resolução 181, que dividiu a Palestina:
55% do território para os judeus,
Jerusalém sob controle internacional
e o restante para os árabes, incluindo a Faixa de Gaza.
1948 – inicio da 1ª Guerra Árabe-Israelense, vencida por Israel, que amplia o seu domínio por uma área de 20 mil km² ou 75% da superfície da Palestina.
O território restante é ocupado pela Jordânia, que anexou a Cisjordânia, e pelo Egito, que ocupou a Faixa de Gaza.
A escolha do local se deu pelo fato de que a Palestina era a terra onde os judeus residiam antes da diáspora - o distanciamento forçado dos hebreus de sua terra natal – Israel – em razão das invasões de povos inimigos e, consequentemente, deixando-os dispersos em várias partes do mundo.
BRASIL METE A COLHER
A República das Bananas aplaudiu a criação do Estado de Israel. E o chanceler Oswaldo Aranha, aquariano de Alegrete, presidiu a II Assembleia Geral da recente ONU e seu apoio foi considerado fundamental - chegou a fazer lobby junto a outros países para votarem positivo.
Depois, no governo de Getúlio, que ironia, nosso diplomata perseguiu os judeus. E o governo negou vistos a eles, enquanto se desenrolava
o extermínio nos campos de concentração na Alemanha, Polônia, Rússia.
A meta era assassinar 11 milhões de judeus, conforme a
Conferência de Wannsee, em Berlim. Quando a guerra terminou,
contabilizaram 6 milhões.
Alguém lembra de Olga Benário?
Leia "O Antissemitismo na Era Vargas", da professora da USP, Maria Luiza Tucci Carneiro, Ed. Perspectiva.
Mesmo assim, Oswaldo Aranha virou praça em Jerusalém.
O que é difícil entender... Como um povo tão sofrido e massacrado
consegue manter outro povo enjaulado numa faixa de terra de 365m2?
Um pouco maior que Taquari, no Rio Grande do Sul.
Agora pensa enfiar em Taquari, 2.048 milhões de pessoas e
não permitir que venham para Tabaí ou Fazenda Vilanova? O que tu acha?
Tua âncora caiu lá no fundo, né?
O Hamas é uma organização terrorista
que mata judeus e palestinos que não
pensam como eles.
Eles precisam responder pela sua bestialidade.
Com a vida
ou com morte.
DOIS PRESIDENTES
Li a reportagem sobre os museus do Getúlio e do João
Goulart, em São Borja.
Deu muita vontade de conhecer!
Enquanto lia, fiz uma pausa e pesquisei se nomes de rua onde moro.
Sim! E correm paralelas no bairro Campestre.
Voltei para a reportagem.
Bah, dois moradores de São Borja viraram
presidentes do país...
À titulo de curiosidade: mais da metade dos eleitores votaram no Lula.
Na reportagem de Carlos Redel, para o Caderno Doc, da ZH, a frase significativa do Secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Edson Damião de Melo:
"Estamos atrás desses fomentos não porque as casas estão deterioradas,
mas precisamos mantê-las.
É através da conservação da história que os povos evoluem."
Faz sentido.... Agora entendo porque Lajeado não evolui...
DO MEU BLOQUINHO
Apagaram os holofotes sobre Ucrânia e Rússia. Acenderam sobre Israel e o Hamas. O povo nas redes discute quem tem razão, quem é pior ou melhor. Conseguem até inflar o Lula e ressuscitar o Bozonarento. Em tempo de quem é pior, quem é melhor, lembrei dos portugueses de 1500, 1600, 1700... Genocidas? Exterminaram os indígenas brasileiros. E agora os descendentes em pleno 2023 tentam sumir com os últimos. Os portugueses escravizaram milhares de africanos num lucrativo e odioso negócio internacional e assassino. Bah, que dna fudido, o nosso. E tu? Tanto faz?
outubro 09, 2023
GLAUCÍRIA MOTA BRASIL & ROSEMARY DE OLIVEIRA ALMEIDA
“Quando li a poesia de Mahmoud Darwish, que escreve com ira, saudade, esperança, amor e paz, entendi o conflito entre israelenses e palestinos como “uma luta entre duas memórias”.
A memória histórica do povo palestino colide com a memória histórica do povo judeu, para ele a paz só se fará quando um entender a memória do outro (seus mitos, suas saudades secretas, suas esperanças e medos).
Assim, a poesia de Darwish nos desafia a ter uma compreensão mais alargada da violência como
fenômeno complexo que se posta como esfinge nos limites territoriais do
processo civilizador humano.”
Revista “O público e o Privado”, Nº 15, 2010; da Universidade Federal do Ceará.
SEMPRE, UMA NOVA INTIFADA...
No século XIX, a maioria dos judeus se concentrava no Leste
Europeu - Ucrania, Polônia Tchecoslováquia...
Pula para 1914, no início da Primeira Guerra Mundial: cerca de 90 mil
judeus já viviam na Palestina.
Quando essa 1º Grande Guerra sequer havia terminado, em 1917, os
ingleses estabeleceram uma “pátria” para os judeus da Palestina na terra dos árabes que, obviamente, ficaram putos da cara. Sobrou ameaças para o rei, o primeiro-ministro e toda
inglesada. Os judeus partiram, mas p... da cara também, porque logo viram a migração
para a Palestina, restringida. CORTA!
MOMENTO WIKIPEDIA
Muito antigamente, a Palestina correspondia à Judéia e à
Canaã - já os romanos se referiam à Síria Palestina, que era a terra dos
filisteus. Hoje, a Palestina é um Estado que reivindica soberania sobre os
territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza e que designa Jerusalém Oriental,
como sua capital, apesar de seu centro administrativo estar localizado na
cidade de Ramallah. CORTA!
De 1918 em diante, a Inglaterra é responsável pela Palestina e se vê a voltas e a tiros com muitas
rebeliões e assassinatos contra os primeiros assentados judeus NESSAS TERRAS
ÁRABES. E se a gente invadisse Rivera,
na divisa com Livramento, aqui no Rio Grande do Sul... CORTA!
Em 1936, quando começa a ditadura na Espanha com Franco, ou
quando nasce o Papa Francisco e... CORTA!
Em 1936, os ingleses (sempre eles!) propõem dividir o território da Palestina
entre árabes e judeus. Porque não dividir Yorksheire e Humber? CORTA!
Quando os judeus já constituíam 34% da população na
Palestina, estoura a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas são atacadas
e judeus, assassinados. Mas a Inglaterra esmaga a rebelião e distribui
armamento para 14 mil colonos judeus, para que eles defendam suas colônias.
Dez anos depois, a mesma Inglaterra tenta controlar a migração judaica para a área e, desta vez, os judeus atacam os ingleses e o quartel-general de Jorge VI é dinamitado e 91 pessoas morrem.
Aí, surge Hitler que desmascara os próprios alemães como
loucos e assassinos de judeus. Novamente, os mais antenados conseguem fugir
para a Palestina. Com isso as relações
entre ingleses e árabes se esfarelam, de
vez. Mas o olho britânico é gordo: o
petróleo no Iraque chegava por tubulações através da Palestina e da Jordânia.
Ahã!
Com a 2ª guerra, a Inglaterra fecha as porta aos judeus. E agora se vê contra a parede, violentamente, por ambos árabes e sionistas. CORTA!
O Sion é uma colina em Jerusalém. Em 1896 (!!!), o jornalista
judeu Theodor Herzl criou o movimento sionista, com o objetivo de criar uma Palestina
independente e soberana, no território onde, historicamente, existia o
antigo Reino de Israel. CORTA!
Li numa pesquisa, só pra ver como todo mundo é filho do
puto, que no passado, os britânicos
entraram em 171 dos 200 países reconhecidos pelas Nações Unidas. Tomanocu,
né? Por isso sempre digo: onde tem terra, tem guerra. E por tudo que tem
debaixo dela. CORTAAA!
Então, quem tinha e tem muiiiito petróleo na manga? Os países que a gente
conhece como terroristas, radicais e revolucionários, né?
Em seguida, Israel é atacada pelo Egito e vizinhança árabe,
que se diziam protetores dos palestinos. Israel vence essa guerra e presencia um
êxodo de 700 mil cidadãos palestinos que preferem fugir do q virar pau-mandado
dos judeus. Nesse meio tempo, a guerra fria entre vodka e uísque, só pra dizer
q ambos deitaram e rolaram nas areias e kibutzes de Israel. Cortaaaa!
MOMENTO WIKIPEDIA
A palavra 'kibutz'
vem do hebraico e significa grupo. Trata-se de uma comunidade democrática
e voluntária, uma fazenda, onde as pessoas vivem e trabalham em conjunto para
produzir economicamente. Meu tio agrônomo morreu sem conhecer um... CORTAAA!
É neste período que os árabes palestinos assistem os judeus
conquistarem significativa parte das suas melhores terras para o cultivo.
Em 1948, os ingleses deixam a administração da região para a
Organização das Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry
Truman, determina a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que
somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram
700.000 (muito menos) ficaram com um território maior, de 14.500 km2.
Crise de consciência com o holocausto q exterminou mais de 6
milhões de judeus?
Na década de 1950, o fim das colônias europeias: os franceses
abandonam o Líbano, a Síria, a Tunísia e a Argélia. Os ingleses abandonam o
Canal de Suez que passa para o Egito e o Egito se junta com a Jordânia e ataca
Israel. E todo mundo se fode de novo. CORTA.
Depois disso, a humanidade acompanharia a guerra do Canal do Suez (1956) , Guerra dos 6 dias (1967) e a Guerra do Yom-kipur (1973) e sei lá mais quantas. Eu quase levei uma coronhada numa birosca daquelas feiras de quinquilharias de Jerusalem porque um arabe ou judeu disse que eu tinha quebrado uma porcaria e... CORTAAA!
Uma nova intifada - termo utilizado para designar as revoltas que aconteceram entre palestinos e israelenses – acontece. Dia de outubro, o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, atacou diversos locais de Israel. Só numa rave, que acontecia próximo à Faixa de Gaza, na região sul de Israel, mais de 260 pessoas foram mortas e outras tantas raptadas. É cutucar com o espeto curto um barril de pólvora. Tá loco. E ainda chamar de universo paralelo... Vãosiphudê. Árabes e judeus não se matam por questões religiosas. Mas pelo controle das fronteiras, das terras com suas riquezas petrolíferas. E sempre com o mundo botando a sua colher podre, ora num lado, ora no outro. Corta?