abril 25, 2014

CORPO FECHADO, ESPÍRITO LARGO

Sexta-feira...
Sal grosso, Água benta.
Branco.
Xô vilania.
Descarrego, painho.
Do maldoso, a Distancia.
Do próximo, o Bem.
Saravá, minha mãe.
Reza forte e muita Proteção.

Laura Peixoto
-um tempo ao Tempo
coisa pouca
sem tempo-

abril 24, 2014

FRANCIS BACON

MoMa, New York

"A vontade para fazer de você mesmo 
alguém completamente livre. 
Vontade é uma palavra errada, 
porque em última análise 
você pode chamá-la de desespero."

DA SÉRiE HiSTÓRiAS BANAiS


3
Era uma vez um cara chamado Walter que construiu uma cidade colorida para as crianças e seus pais. Ganhou muito dinheiro com ela. Mas antes, casou aos 24 anos com Lílian, aquela que cresceu entre os índios. Os dois tiveram duas filhas. Uma, por esperma. Outra, adotada. Walter ainda foi pai de criação de um rato, um pato, entre outros bichos. Mesmo com o lema "Continue seguindo em frente", morreu aos 65 anos deixando todos da família muito, muito ricos.

MONÓLOGO TEATRAL

Um ninho no canto  direito do palco. 
Um ator nu dentro do ninho.

Infância. Como vejo o mundo de um ninho, no alto da arvore?
O medo do gato. A disputa da minhoca. Crescer e competir e vice verso.
As primeiras tentativas para bater as asas. A primeira tentativa para voar. A queda. O vôo. Nunca mais voltar ao ninho.

Adolescência. Socorro, viver é bom, mas é terrível. Quero voltar para o ninho.
A primeira paixão. A segunda, a terceira. Medo nenhum. Voar é bom demais.

Adulto. O acasalamento. A construção de um novo ninho. Intrigas, brigas, ressentimentos. Gaiola. A solidão. Enfim, a liberdade. O vôo rasante.

No meio do caminho, uma vidraça... ploft!

O pássaro cai morto no chão: “liberdade ainda que tardia...”

abril 16, 2014

GLAUBER ROCHA


“Não tenho mais tempo para conviver 
com a mediocridade.” 

"SEGREDOS DA TRIBO"



Quando ela perguntou “Pra que servem os índios?”. 
Por instantes pensei em mandá-la longe.
Mas a gente não brinca  - nem briga - com desmiolada. E tão pouco entra na discussão. 
Tem coisas que absolutamente não vale a pena considerar em se tratando de gente sem noção, só para ficar na gíria de hoje.


“Dirigido por José Padilha (Ônibus 174 e Tropa de Elite 1 e 2), SEGREDOS DA TRIBO é um longa-metragem documental sobre os estudos antropológicos feitos com os índios Yanomami desde os anos 60, quando foram estabelecidos os primeiros pontos de contato permanente com as tribos da região do baixo Orinoco, na Amazônia venezuelana.

Ao contrapor a opinião dos principais estudiosos sobre a suposta violência inata dos Yanomami da região, o filme revela sérios problemas com a própria antropologia, tanto do ponto de vista metodológico quanto do ponto de vista da ética.

A falta de confiabilidade, quanto a dados levantados no contexto das "experiências etnográficas", a falta de ética no respeito e na interação com culturas tecnologicamente menos avançadas, E OS ABUSOS MÉDICOS E SEXUAIS QUE SEMPRE ESTIVERAM PRESENTES NA ANTROPOLOGIA DAS TRIBOS DITAS PRIMITIVAS, se manifestam de forma extrema no caso dos Yanomami, implicando instituições e antropólogos famosos, tais como Napoleon Chagnon, eminente sociobiólogo americano, e Jacques Lizot, famoso discípulo do estruturalista francês Claude Lévi-Strauss.

O filme, co-produzido pela HBO, BBC e ARTE, foi exibido no festival de Sundance em 2010, e recebeu o prêmio Maysles Brothers de melhor documentário.”

Assisti em algum canal da sky por aí. Entre chocada e desconfiada. 

DA SÉRiE HiSTÓRiAS BANAiS

2
Era uma vez um professor chamado Alberto que viveu  entre cálculos matemáticos e fenômenos lógicos.
Aos 24 anos casou com Marica. Tiveram uma filha chamada Lisi que nasceu com problemas mentais.
Alberto abandonou a filha. O casamento de Marica e Alberto durou 5 anos. Antes tiveram mais dois filhos. 
Separaram-se e Alberto casou com a prima Elsa com quem não teve filho nenhum.
Um dia Alberto criou uma teoria física e um buraco de minhoca.
Em outro, aos 42 anos, ganhou um Premio Nobel e tempos depois apresentou sua língua ao mundo.
Morreu de aneurisma e de tanto pensar aos 76 anos.

DO MEU BLOQUINHO

.coisas na vida. acidentes, mortes, canceres. quando acontece muita gente vira uma pagina da própria história. conseguem os de olhar interno. outros botam o dedo divino no meio. duvidar é pecado. einstein também queria encontrar deus. já me contentaria em descobrir uma vibração positiva. uma força criadora. um guru espiritual. mas o cotidiano é complicado. pirero de elis, filósofo grego, fundador da escola cética questiona tudo, por minúcias. não deve ter sido um sujeito muito feliz. céticos duvidam de todas as contradições. acreditam menos. me vi eu. sem imaginação o rufar dos tambores vira mugidos. mas é assim. não se planta sem derrubar. como também nada é definitivo. seguimos contornando as dúvidas. enredados no labirinto da espiritualidade panda. minha cidade perde mais um predio histórico. a quem interessa o futuro plano? 

abril 13, 2014

HIQUE GOMEZ

“O conflito não é o mal, 
como se pensa.
O mal é a ignorância.”

DA SÉRiE HiSTÓRiAS BANAiS

1
Era uma vez um cara chamado João e uma moça chamada Jaque.
Ele queria ser presidente. E foi.
Ela queria um marido. Casaram. Ele ferrou com um país chamado Vietnã.
O casamento durou dois anos porque um cara chamado Li disparou uma arma.
João morreu quando desfilava de carro, ao lado de Jaque.
Cinco anos depois a viúva casou de novo com um milionário grego. Cheio de barcos.
O milionário morreu depois de seis anos de casamento.
Jaque casou  novamente. Com um cara cheio de diamantes.
Em uma certa primavera, também ela morreu.
De câncer, aos 64 anos. Foi enterrada ao lado de João.
A vida dá voltas.

O CAMINHO


“Qualquer pessoa que busque o caminho espiritual deve compreender que a força do caminho está dentro da sua transformação pessoal, 
dentro de si, pois é ali que começa o Tao. 
Se a pessoa não muda, ninguém mudará por ela.

É muito importante ter uma realização na vida; 
essa realização é feita dentro do mundo através do seu trabalho, 
das suas obras, da sua família e de tudo o que você construiu e agora permite que outras pessoas se  beneficiem.  
Isso é a verdadeira doação.

O caminho espiritual é uma libertação das amarras mentais que prendem a pessoa a pensamentos obsessivos ou conceitos muito fortes.

Todas as pessoas dependem de duas coisas para mantê-las vivas:
um espírito e um corpo.
A energia produzida pelo espírito permite que ele manifeste sua vontade no corpo; já o corpo depende da saúde para abrigar o espírito.

O bem mais valioso de cada um é a sua vida, 
pois só produzimos ou construímos família e amigos quando estamos vivos. 
Até mesmo a nossa prática espiritual depende de estarmos vivos.

A nossa vida é o nosso Tao, o nosso caminho pessoal.”

Hamilton
(Sociedade Taoista do Brasil)



DO MEU BLOQUINHO

.gosto de mel. é tão puro e as abelhas tão asseadas.deve ser por isso que o mel nunca azeda, nunca talha, nunca mofa.as abelhas são seres generosos. além do mel elas produzem própolis, o antibiótico natural.dizem que já encontraram potes de mel com conteúdos intactos em escavações nas tumbas egípcias de new kingdom, construídas há cerca de 3400 anos. dizem, né? não fui tão longe. achei um pote de dois anos, esquecido em um armário velho. sabor intacto. abelhas... ainda vou ter uma de estimação.