novembro 24, 2021

MATIAS AIRES


 

“O aplauso é o ídolo da vaidade,

por isso as ações heroicas

não se fazem em segredo.” 

DIA DE AUDIO CRÔNICA




PATETICE  & VAIDADE 

No início de novembro, postei no feissi o cartum-homenagem do Aroeira: 

um piano sem Nelson Freire.

Escrevi que tinha assistido ao Freire em uma salinha de musica  no CEAT, nos anos 90. 

E que não havia mais do que 20 pessoas.

Logo, Vicente Breyer, nosso pianista talentoso, corrigiu. Era  Miguel Proença!

Ahhh... que rateada a minha. Corri para o feissi e deletei na maior cara dura.

Mas ó...  Naquele concerto do CEAT realmente não havia mais do que 20 pessoas, mesmo - confirmou  Vicente.

 Acreditem ou não... Esse apagão chama-se “nevoeiro mental”. 


 Depois ... Li que  com  o escritor Luis Fernando Veríssimo também  aconteceu o mesmo.

Também ele viveu o seu momento de nevoeiro mental:

o pianista Nelson Freire e Veríssimo, dois reconhecidos tímidos, sentaram lado a lado num regabofe  na Embaixada do Brasil na França.  

 O pianista, querendo socializar, puxou assunto:

"Adoro aquela crônica sua dos nomes estranhos."

 Verissimo sorrisinho, lacônico: "Ah, é?"

 Freire havia se confundido.  A crônica era do escritor  Zuenir Ventura.

 Por sua vez, Verissimo também se atrapalhou.

Passou o jantar pensando que conversava com o pianista... Miguel Proença!

Depois LFV escreveria a crônica: "Patetice".

                                                                          Nelson Freire

Quem contou essa historia foi o jornalista  Mauro Ventura, revelando que Freire recusava o estrelato e a papagaiada de estar entre os maiores pianistas de todos os tempos:

 “Para começar, não acho isso, não, pelo contrário. E Deus me livre a vaidade! A música é muito sagrada para se ter esse tipo de atitude. Isso faz mal para a música.”

 A vaidade... Tenho pensado nisso quando vejo coisas por aí.

Como se a gente não soubesse que o fim de tudo é... cinzas ou vermes sob uma camada de terra. 

Né?

 

Trilha sonora:    Sonata Nº 11, de Mozart, com Nelson Freire.


 

 

 

GOVERNO HIPÓCRITA


Essa semana, Lajeado 39º
E a mídia destacando projeto de revitalização
da rua principal da cidade, enquanto o governo Caumo 
abatia as arvores na beira do rio Taquari

Não sei quem é mais cínico...


Né?

 

novembro 17, 2021

ANDRE MALRAUX


 “A arte não tem que copiar o mundo,

mas recriá-lo.”

MARIA LÍDIA MAGLIANI


Maria Lídia Magliani nasceu em Pelotas em 1946.

Foi a primeira mulher negra a se formar no Instituto de Artes da UFRGS.


Foi embora desse estado racista em 1980. 

Morou em São Paulo, Minas Gerais e no Rio, onde morreu em 2012.

Acervo UFRGS

A arte de Magliani foi influenciada pelo movimento feminista.

 Como ilustradora, colaborou com jornais e desenvolveu capas de livros, entre eles “O inventário do irremediável’, do escritor e amigo Caio Fernando Abreu. 

Nunca ouvi falar em Magliani... Mas suas obras podem ser vistas em vários acervos do país:

 


Galeria do Paço Municipal de Porto Alegre,RS.

Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo.

Museu de Artes do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre.

Universidade Feder
al do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo.

Descobri sobre Magliani na biografia  bacana de Joao Gilberto Noll, escrita por  Flavio Ilha.


Ano que vem, dez anos de sua morte. Merece uma linda exposição no MARGS, né?




 

JOÃO GILBERTO NOLL

Porto Alegre: 15 de abril de 1946 — 28 de março de 2017

João Gilberto Noll não morreu de causa natural, foi assassinado pela sociedade.

Foi assassinado pela indigência cultural do Estado.

Foi assassinado pelo total desprezo de nossas instituições pelos grandes artistas e narradores.

Foi assassinado por ausência de incentivo e de apoio. Foi assassinado pelo orçamento imaginário da Secretaria Estadual de Cultura.

Foi assassinado pela inanição do Instituto Estadual do Livro.


Em seu enterro na noite de quarta passada, na capela 9 do Cemitério João XXIII, havia menos de 50 pessoas para se despedir de um dos maiores escritores gaúchos de todos os tempos.

Não apareceu prefeito ou governador, não apareceu ministro ou deputado federal, não apareceu presidente da Assembleia ou da Câmara Municipal.

Os políticos não leem mais? É isto? É artigo de regimento interno?

Não se decretou luto no Estado.

Não existiu nenhuma mobilização popular.

Não teve cobertura da imprensa no velório.



Ele sequer aparece nos livros de nossas escolas como autor fundamental.

Ele não é listado como autor obrigatório em nossos vestibulares. 

Ele não recebeu nenhuma honra nos últimos cinco anos – a mais recente foi como autor homenageado do Festipoa, em 2011. As novas gerações já não o conhecem, pois simplesmente não o estudam.

Noll ficou mergulhado no ocaso, logo ele que se mantinha integralmente da literatura e dependia de convites para palestras, recitais e conferências. Sua única fonte vinha a ser uma oficina de escrita criativa esporádica.

Não me insulte alegando que ele morreu de velho.

Ninguém é mais velho aos 70 anos.

Morreu de solidão nesta cidade abandonada às bestas, onde os livros são uma seita para pouquíssimos e corajosos.

Rio Grande do Sul virou uma Sibéria para os criadores, um exílio forçado. Ama-se esta terra platonicamente.

Não parecia que perdíamos um de nossos mitos da literatura, da estatura de um Mario Quintana, de um Caio Fernando Abreu e de um Moacyr Scliar.

Foi um enterro simples, caseiro, envolvido pelos familiares e amigos mais próximos, com apenas três coroas de flores enviadas para ornar a cabeceira do caixão. Não teve fila para se aproximar do corpo e abençoar a sua partida.

Então, não me diga que ele morreu de morte natural. 

Foi assassinado pela indiferença. Pelo desprezo. Pela desinformação. Pela tristeza e pelo desgosto.

 


Como o nosso maior ganhador de Prêmio Jabuti, o mais prestigiado do país, vencedor de cinco edições (1981, 1994, 1997, 2004 e 2005), vivia na total clandestinidade em Porto Alegre? 

Como permitimos a sua desaparição pública?

Ele não ganhou nenhuma alta condecoração em vida das autoridades no RS (a exceção foi o Fato Literário em 2009, iniciativa da RBS).

Não foi patrono da Feira do Livro.

Não é nome de biblioteca, dificilmente servirá para batizar alguma Casa de Cultura.

Estamos vendendo o nosso patrimônio e, pelo jeito, não sobrará entidade nenhuma para ser nomeada. Como abandonamos à míngua os nossos mestres?


Não venha com o atenuante de que a sua escrita era difícil, é tão difícil quanto o fluxo de consciência de Clarice Lispector que não para de crescer em vendas e ser saudada no Exterior (The Complete Stories entrou na lista dos cem melhores livros de 2015 feita pelo jornal americano The New York Times).

Sua obra – dezoito livros – continua sendo publicada pela Record. Tampouco é por carência de circulação.

Como deixamos de lado um de nossos romancistas mais adaptados ao cinema, com versões conhecidas nas telas de Harmada, Hotel Atlântico e do conto Alguma Coisa Urgentemente?

Como as mais prestigiadas universidades estrangeiras, de Iowa e King's College, lhe pagavam para vê-lo produzindo como escritor-residente, e jamais oferecemos condições para ele desenvolver a sua ficção na capital gaúcha, logo ele que residia inteiramente aqui e retratava Porto Alegre em seus livros?

Como ele era convidado a dar aula em Berkeley, nos EUA, na cátedra de Literatura e Cultura Brasileira, e nunca fora convidado para lecionar nas universidades gaúchas, logo ele formado em Letras pela UFRGS? 

Como não desfrutava de espaço fixo no rádio e na TV, ele que já foi influente colunista da Folha de S. Paulo de 1998 a 2001?


 Como menosprezamos alguém que renovou a escrita e enfrentou a supremacia do regionalismo, que fundou uma escrita urbana, feita da procura nômade da felicidade e de andarilhos que apenas encontravam pátria em seu corpo?

O descaso não pode ser resultado da falta de atualidade da obra de Noll, porque ele era absolutamente pós-moderno e abordava temáticas do momento como homoerotismo, inadequação social e tolerância às minorias.

Como não zelamos por uma carreira vitoriosa de 37 anos, acostumada a projetar o Rio Grande do Sul no cenário internacional?


Ele deveria ter sido lembrado, festejado, paparicado, cuidado, mimado, protegido, acalentado, amado. Assim como Pernambuco fez com Ariano Suassuna antes e depois de sua morte. Mas não aconteceu nada.

João Gilberto Noll morreu do nosso completo nada.

Quem será a próxima vítima? Quem?


 Texto de Fabrício Carpinejar

DIA DE AUDIO CRÔNICA


 

Vamos botar fé na moçada?

Pra ver, né?

Não consigo mais chamar o inominável de filho-da-puta.

Aliás, não chamo mais ninguém. Por que as putas são honradas, trabalham pesado, a maioria mal remunerada. E as mães nem se fala!

Mas um filho... Um filho  como esse escroto que governa o país... Como definir?

Cretino é muito pouco. Mentiroso é tão suave como uma pluma de ganso. Psicopata tá tão batido...

Vocês viram, né?   Amazonia não pega fogo...  É úmida.

Vimos na tevê esse monstro dizer na maior cara dura - cara de fuinha amassada. Asqueroso.

Ainda bem que temos o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais  para esfregar na cara do mundo o que vem acontecendo com aquele pedaço de Brasil.  

(Penso que o INPE foi o único legado positivo dos anos 60...)

E tem os que acham balela falar sobre as queimadas na Amazonia. To falando de gente graduada... De uma tosquice inacreditável.

Graças a Zeus que ta chegando o fim desse governo vagabundo com seus filhos falcatruas...

Como disse Almodóvar no seu antigo filme  “De Salto Alto”:

“Não precisa ter culpa para se sentir culpado.”

Não vejo hora da gente se livrar desse traste miserável...  Nunca lamentei tanto uma facada fake.

Desculpe minha amargura pós-feriado do... do  pregão republicano. 

Voltei da praia acreditando naquela máxima  “Sol e sal livram a gente de muito mal...”


Trilha sonora: E vamos à luta! de Gonzaginha, com  Aldinho Trompete.

 

BRUCE MACKINNON

Quando uma ilustração diz mais que qualquer palavra...

 

novembro 10, 2021

#VERDADES ESQUECIDAS


 

TRIBUTO A ARVORE

O bairro Americano tão procurado pela especulação imobiliaria... 

Lindamente arborizado... Alguns construtores burros bem que tentam derrubar tudo. 

Outros topam com os moradores que chegaram primeiro e plantaram as arvores e não permitem o  corte. 

Acho que os moradores dos apes agradecem.


  

“Tu que passas e ergues para mim o teu braço,
antes que me faças mal, 
olha-me bem.


Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno;
eu sou a sombra amiga que tu encontras
quando caminhas sob o sol de agosto;
e os meus frutos são a frescura apetitosa
que te sacia a sede nos caminhos.


Eu sou a trave amiga da tua casa,
a tábua da tua mesa, a cama em que tu descansas
e o lenho do teu barco.


Eu sou o cabo da tua enxada, a porta da tua morada,
a madeira o teu berço e o aconchego do teu caixão.


Eu sou o pão da bondade e a flor da beleza.


Tu que passas, olha-me e não me faças mal.”

Alberto Veiga Simões

DIA DE AUDIO CRÔNICA


 PRA CIMA DE MIM... NÃO.

Patrulha ideológica, patrulha de gênero... Recebi no Messenger:

“Tu tinha que escrever umas críticas feministas ... Dia 3 podias ter falado do voto feminino na tua crônica online...”

Fiquei remoendo, remoendo...

Tenho resposta pra muita coisa, e muito digo sem pensar, no impulso... fiquei muda. Não basta fora Bolsonaro, não basta gritar contra o corte burro das árvores, não basta falar de filmes e livros, repostar cartuns...

(Para quem não sabe, estou pesquisando a vida de Julia Malvina Tavares. Não para escrever  biografia que não tenho essa pretensão, mas um romance para homenagear uma professora que viveu aqui pertinho,  em Cruzeiro do Sul. Malvina usou de uma pedagogia diferente para lecionar, sem castigo físico, com aulas ao ar livre.

Era a vó do jornalista Flavio Tavares e bisavó da Haidê e do Tidão , o meu vizinho e quem me falou dela.

Para uns, Malvina foi considerada anarquista. Talvez isso explique o silenciamento ao seu redor, hoje. Ninguem nunca ouviu falar dela ou de sua família em Cruzeiro, onde viveu 40 anos. Pode isso?  Dizem...  que uma forma de castigar um transgressor é com o esquecimento. Tô envolvida nessa escritura feminina para honrar a pessoa que ela foi.)

Quanto a questão do feminismo... 

Será que a gente pode ser feminista, sem ser ativista?

Vejo amigas envolvidas com a Delegacia da Mulher, com a Casa de Passagem, com o Presidio feminino. 

Vejo a galera lgbt denunciando preconceitos, as meninas se posicionarem por seus direitos, mulheres abandonando casamentos  abusivos... 

Vejo muito mais ativismo nessas atitudes do que sair por aí postando flyers feministas.

E vocês?

(Que essa crônica chegue em quem tem que chegar...)

Trilha sonora Fonte Natural com o pianista lajeadense Vicente Breyer

https://www.youtube.com/watch?v=gfsPUDbgaHE


Jane Mazzarino


Ana Carolina Machado


* Todas as 4ª-feiras envio por whatsApp, uma crônica gravada. Caso queira receber, dá um toque. E caso não queira mais, ué, só bloqueia! rssssss



ENTÃO?


 

NASCE UMA FLORESTA

Sai o deserto, entra uma floresta!

Com a ajuda da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Federação Luterana Mundial (FLM) , os refugiados transformam seu acampamento em Camarões, Africa, em um verdadeiro oásis verde.


Em 2014, cerca de 70 mil pessoas fugiram da violência na Nigéria e passaram a viver em um acampamento para refugiados em Camarões. 

Minawao já era uma região árida e a chegada de milhares de pessoas contribuiu para a desertificação do local, já que as árvores foram cortadas para servir de lenha e para cozinhar.


A chegada dos refugiados se tornou um problema para a população local que já enfrentava problemas relacionados à seca, principalmente nos meses de verão.

As duas entidades, ACNUR e a FLM, se uniram e lançaram um programa único  de reflorestamento.

Além de solucionar o desmatamento, a iniciativa incluía a promoção de energias renováveis. Os resultados apareceram e a comunidade se envolveu na restauração e proteção do meio ambiente.


Para onde quer que olhemos, agora é verde”, comemora Luka Isaac, presidente dos refugiados nigerianos em Minawao. 

“AS ÁRVORES CRESCERAM, TEMOS SOMBRA E TEREMOS ÁRVORES SUFICIENTES PARA TORNAR O NOSSO AMBIENTE BONITO E SAUDÁVEL. 

ANTES, O AR ESTAVA MUITO EMPOEIRADO. AGORA O AR QUE RESPIRAMOS É MUITO BOM.”


Financiado por uma doação de US$ 2,7 milhões da Loteria Postal Holandesa, o programa de Camarões faz parte do programa do Grande Corredor Verde da África que tem como meta plantar e manter 7 mil quilômetros de vegetação e árvores para combater a desertificação e a seca no continente africano, ao longo da fronteira com o Saara.


LEIA  REPORTAGEM NA ÍNTEGRA:

https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/refugiados-transformam-acampamento-no-deserto-em-floresta/?amp=1

EM QUANTO ISSO, EM ALAGOAS...


  

Mariano Alves de Oliveira aponta para uma cachorrinha preta magricela que atravessa uma das ruas do Benedito Bentes, na periferia de Maceió:

 "Ali vai Baleia", diz ele, em referência à cadelinha-personagem do livro "Vidas Secas", de Graciliano Ramos. 

Pilotando um Fusca grafite 1995 lotado de livros, decorado na parte externa com fotos e frases do autor alagoano, o pedagogo de 59 anos conduz a biblioteca itinerante até uma das escolas públicas do bairro para expor, no pátio, seu acervo literário.

Foi o primeiro passeio do "Fusca graciliânico" desde que começou a pandemia.

HASAN BLEIBEL


 Sim... Uma conferencia de muito blablabla... e nada mudar.



novembro 03, 2021

CHE GUEVARA


“Ser jovem e não ser revolucionário

é uma contradição genética.”


 

DIA DE AUDIO CRÔNICA

Nunca é tarde para a Rebeldia

"Lugar de fala não é uma determinação de quem pode ou não pode falar. O que se quer dizer é que cada um fala de um lugar." - escreveu a filósofa, Djamila Ribeiro.

Ahhh, então tá... 

Sabe, parte dos meus ancestrais maternos trazem sangue bugre, como dizia minha vó. Sempre me orgulhei. E a outra parte dos ancestrais...  É  portuguesa, com um pé na maçonaria e na Arena, do qual muito me envergonho.

Sabe, enquanto menina, a autoestima nunca foi muito elevada porque desde criança fui taxada de burra, irrequieta e de sempre inventar... Quando cresci um pouco mais, ganhei o selo de louca - que perdura ate hoje.

Portanto, o meu lugar de fala... É deste Interior maldoso e oportunista. 

Não se iludam: aqui se vive numa bolha. Por isso são sempre as mesmas pessoas de bem a se apoiarem, a distribuir cargos e presidências entre si, e... O caraiu a quatro.

Dito isso: o meu lugar de fala  também é da Velhice – um termo que muitos não usam porque tem medo. Tem vergonha. Desprezo. Preconceito.

Desse lugar de fala Velhice - posso dizer que não preciso mais  provar nada porque não me interessa mais domar o Tempo. Mas, brincar com ele... 


O meu lugar de fala  agora  é o da Rebeldia - contra todos os canalhas que continuam passando a boiada enquanto apenas assistimos...

E o teu lugar de fala, qual é?


* Trilha sonora: Aquarius

 

KOTSCHO


 Ontem, o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas...

Parece piada num país que assiste passivamente à perseguição daqueles que se arriscam para informar a sociedade.

Aqui fanáticos violentos atacam a sede de uma editora porque discordam da capa de uma revista.

Aqui há deputado acusado de sequestro e tortura de jornalista.

Aqui, repórteres são constrangidos, ofendidos e ameaçados por quem deveria lutar por direito e justiça.

E mesmo quando não estão dentro do país, correm riscos, sofrendo agressões físicas por agentes do Estado ou a mando do presidente da República.

As entidades de classe empilham notas de repúdio nas mesas das autoridades. 

Denúncias são registradas nos órgãos judiciais e nada é feito. 

* Sim, assino a Newsletter da objEHTOS – Observatório da Ética Jornalística.


#FORABOLSOBOSTA

RIO TAQUARI

Foto de Nelcy Zanatta/facebook

 Bioempatia... Tudo que esse governo hipócrita não tem. A destruição da beira do rio Taquari, em Lajeado...  

Em vez de proteger e replantar a mata ciliar, com apoio da FEPAM, na presidência outra lajeadense, Marjorie Kauffmann, a autorização para acabar de vez com o que chamam de corredor-ecológico. 

Isso é revitalização?

Sem falar na grana enterrada aí.  Ninguém disse nada. Espero que a próxima enchente não leve essa dinheirama rio abaixo...


Para que serve a Promotoria?

EUGENIO NEVES