PHILIP ROTH
Ando atacada dos vermes. Dobrei a quetiapina. Malvina está no quarto ao lado da sala de parto. Tô insegura, moída de dúvidas. Nunca escrevi sobre pressão. E minhas histórias levam anos de gaveta. Escrevo, limpo, guardo. Quando comecei a pesquisar e escrever... 2018! Agora precisei apressar a dilatação. Tomar um soro. Tá mais pra cesariana do que parto normal... Podia ser muito melhor? Podia. Não tão descritivo, mais psicológico? Mais histórico? Menos histórico? Malvina seria, realmente, uma mulher de espírito libertário? Por que não me preocupei com o rigor factual? Vão ler com lupa? Vou tomar pedrada? Ai... Resgatei - sem muita fidelidade - alguns eventos que aconteceram para narrar esse passado que não sei se realmente existiu. Pqp... A interpretação da história verdadeira, autêntica, é tão subjetiva, vai muito das minhas leituras e das pesquisas. Cada um vê de um jeito e esse jeito tá bom, tá real, tá chato? Posso assegurar que Malvina é um “encontro entre ficção e história, invenção e criação” - como tão bem lembrou o filósofo Leandro Karnal, sobre memória, dias atrás.
Aos três leitores desse blog, as datas dos lançamentos,
caso queiram dar uma força:
Cruzeiro do Sul: 10 de julho, 2ªf, às 18h30, na Casa do Morro ou Secretaria de Educação, Cultura e Esportes.
Porto Alegre: 11 de julho, 3ªf, na Livraria Paralelo 30, às 18h, à r. Vieira de Castro, 48, próximo da Redenção e Colégio Militar, e depois no Sarau Elétrico, no Bar Ocidente, na Oswaldo Aranha.
Encruzilhada do
Sul: 13 de julho, 5ªf, Feira do Livro da Semana do Município.
Lajeado: 18 de
julho, 3ªf, SESC,
Estrela: 19 de julho, 4ªf, no Memorial Estrela, 17h.
Obra financiada com recursos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul por meio do Pró-Cultura RS FAC - Fundo de Apoio à Cultura.
Que esteje à altura!
Esses dias vi essa tela. Pesquisei. Do espanhol Luis Ricardo Falero, pintor espanhol, que morreu com 45 anos. Suas pinturas se encontram, principalmente, em coleções particulares na Europa e nos Estados Unidos – diz o wikipedia.
Um pouquinho sobre carros.
E muita ostentação turística: vejam onde estou!
Marcel Proust, em 1896, lutou muito para convencer o seu pai de que escrever era uma carreira que valia a pena. Com a morte dele, o escritor se entregou a uma vida reclusa em seu apartamento em Paris, onde dedicou-se ao ofício de escrever.
Em 1919, Proust recebeu o Prêmio Goncourt pela continuação da primeira obra, À Sombra das Raparigas em Flor. Ele tinha 48 anos e passará os últimos três anos de sua vida debruçado sobre os próximos 5 volumes que completam e compõem sua grande obra literária:
O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 -1921;
Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921-1922;
A prisioneira, publicado postumamente em 1923;
A Fugitiva ou Albertine desaparecida, publicado postumamente em 1927 e O tempo reencontrado, também no mesmo ano.
Tá no Wikipédia: "Em Busca do Tempo Perdido" é o
primeiro dos grandes romances em que a homossexualidade é tema central, tanto
como conceito para discussão como pela descrição do comportamento dos seus
personagens.
O escritor que sofria na infância de uma saúde frágil, morreu em Paris em 18 de novembro de 1922, aos 51 anos.
Deus não é um nome. Não tem forma.
É o sagrado que guardamos dentro de nós.
É a força criativa, um caminho espiritual para seguirmos.
com a prática espiritual da meditação, da oração, da música,
arte ou pela compaixão.
Você não vai encontrar o sagrado em uma estátua de cimento. Não seja simplório.
Sua presença divina está na Natureza. É de lá que vêm os seus sinais. Agradeça, ore, peça sua benção.Talvez, Ele honre a conexão e perceba tua presença.
Não foi Dostoievski que escreveu? "Os homens não estão atrás de Deus. Mas, de um milagre." Eu acrescentaria: de um milagre que traga dividendos...
O verso subvertido insubordinou-se e arruinou meu espírito. Se subverter é revolucionar, nunca foi tão solitário a revolução das perdas. Subverdor? Revolvo maus baixos instintos de subversão. Canalha. Canalha. Canalha. Uivei, chorei, ranho na boca. E tu com aquela cara de piedade da minha raiva inútil. Pensei nisso ao ler André Gorz >>> quem quer ser escritor precisa se isolar, tomar notas a qualquer hora do dia ou da noite. <<< Pavor da noite. É só me deitar, que o espírito levanta... E foge. Só resta escrever. Cada noite, mais próxima da morte. Nenhum dilema humano é mais absoluto do que ela. A nossa própria. Morrer para uns é o fim de tudo. Para outros, renovação, oportunidade de mudar a sua essência. Olho para minha jabuticabeira nesse junho quente. Quanta morte já viveu? Todo o ano troca de pele: as cascas do seu tronco e dos galhos se desprendem. Depois, se enche de minúsculas flores que se transformarão em frutos. Quanta sabedoria não guarda essa jabuticaba plantada por minha vó? Subverter é morrer um pouco?
SOBRE JORNALISTAS & MILITANTES
(...) não havendo possibilidade cognitiva de imparcialidade, só restaria assumir um lado e militar. Sendo assim, não se poderia esperar imparcialidade de um juiz nem criticar um jornal por estar sendo parcial.
(...) Há situações que mostram claramente a diferença entre o jornalista e o militante. A indicação pelo presidente Lula do seu advogado pessoal Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal é uma delas.
O jornalista busca descobrir (destapar, desocultar, dar a
ver).
O militante tenta, quando se trata de incoerência do seu lado, encobrir, justificar, passar pano.
O jornalista quer a racionalidade. O militante racionaliza.
(...) A esquerda, com razão, cobrou de Michel Temer a indicação do seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o STF. O princípio da impessoalidade foi atropelado.
Da mesma forma, cobrou de Jair Bolsonaro a indicação para
o STF do seu amigo André Mendonça. A Moraes não faltava saber jurídico.
A direita passou pano para as indicações de
Bolsonaro, mas agora cobra de Lula uma escolha sem distanciamento pessoal.
(...) O militante atua para diminuir os desgastes do seu
lado.
O jornalismo trabalha, como diz a frase famosa, para publicar
o que alguém gostaria de esconder.
Paradoxo do jornalista: há momentos em que ele deve tomar parte.
Por exemplo, contra o estuprador, o golpe de Estado, o
racismo…
(...) Um jornalista que vê na indicação de André Mendonça por Bolsonaro e na de Cristiano Zanin por Lula o mesmo atropelo à impessoalidade está sendo isento, imparcial, neutro, objetivo e, mais do que tudo, independente.
Minha sombra me assombra...
Nas férias, o terror do preço dos materiais escolares. Em fevereiro, os mercados são invadidos pelos ovos de Pascoa que vamos consumir no final de março a preço de ouro.
Em abril, as vitrines já lembram o Dia das Mães e um cartãozinho não vale mais.
Não esfriou e o Outono pede blusão novo.
Nem termina Outubro e tem loja decorada para o Natal...
Definitivamente, tem algo errado com o Tempo.
Estamos iludidos, estapeados e consumidos pelos dias.
Qual é o avesso dos dias?
Do vento?
Da chuva?
Ai, q realidade insuportável!
O Cristo de Encantado, que recebeu tanta projeção
positiva na mídia,
nasceu de um apelo popular, com os caraminguás dos fiéis,
dízimos, cotas...
Agora q os prefas viram q deu $erto, os governos querem botar goela abaixo
simulacros com a grana dos impostos.
Ou seja, em vez de escolas, médicos e postos de saúde, a estética do cimento.
E cada um com seu monumento e sua destruição ambiental paga pelo contribuinte.
Ainda se fosse arte ou algo instigante...
O vale do taquari tem tudo para ser o Vale dos Monumentos Jeca.
Perderam a noção do ridículo.
Ou nunca tiveram. Dããã...