ÜBERDRUSS
outubro 27, 2021
DIA DE AUDIO CRÔNICA
Vamos nos corresponder?
“A coisa mais difícil, quando se começa a escrever, é ser sincero.”
Disse Andre Gide, Nobel de
Literatura de 1947.
Pois é...
Assisti um curta-metragem americano, de 2020. Tão bacana... “The letter room”
Um guarda presidiário é escalado para ler as cartas que
chegam ao presidio, antes de serem entregues aos presos. E ele acaba lendo as cartas de amor que Rosita manda a um dos prisioneiros, no corredor da morte.
Diz Rosita:
“O mundo aqui fora segue sem você, mas ainda sinto o gosto da tua pele na minha língua."
" Ainda estamos juntos um dentro do
outro...”
A gente fica ansiosa para conhecer Rosita que escreve cartas tão lindas. E o
agente penitenciário também. E assim ele vai a sua procura.
Aí, que pensei cacumigo...
Será que as palavras precisam mesmo de uma imagem?
Será que algo não se rompe dentro de nós quando temos a imagem?
A imagem não corta a imaginação?
O guarda penitenciário se decepciona quando, enfim, conhece a remetente.
A imagem que ele faz de Rosita não condiz com a autora das cartas.
Rosita está
gravida, é uma mulher comum, sem graça. Porém, é ela que escreve
lindamente aquelas cartas.
O guarda-leitor então também se enche de coragem, de solidariedade para com um antigo preso, que nunca recebeu carta da filha com quem cortara relações.
O preso já está velho.
O agente penitenciário, inspirado por Rosita, se passa pela filha daquele preso e lhe escreve
uma carta.
‘The letter room” é um filme sobre empatia.
Que tanta falta esta fazendo nesses tempos de redes sociais.
Trilha sonora: Valsa da bailarina, do musico gaúcho Arthur de Faria.
Disponível no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=fF3f2i6myUw
A DIVINDADE DO CONSUMO ... E DA CORRUPÇÃO
Cada cultura, cada época, com seus deuses.
A cultura capitalista de Lajeado tem um para chamar de
seu:
O simulacro cafona da estatua da liberdade americana para ser reverenciada à porta de entrada da
cidade. Enfim, a smartcitie se achou metrópole...
Para a inauguração, o prefeito Caumo deve decretar feriado na cidade.
#FORABOLSONAZI
outubro 23, 2021
SEU JOÃO
Andava por aí, pelo interior das nossas colônias...
E numa dessas conheci o seu João *, na capina do potreiro, em frente a sua casinha.
Parei, pedi uma orientação e a prosa afrouxou.
Até que as palavras caíram naquele fosso... Vocês sabem qual.
E ele, apoiado no cabo da enxada, olho na terra, ou nos meus tênis, disse.
- Mas a senhora
vê... Não adianta, todos os partidos são desonestos. É tudo igual.
- Sim... Concordo.
- Tem os partidos que roubam para os ricos. E tem os que roubam para os pobres, certo?
- Não sei... - respondi.
- Sabe sim. – E me olhou bem firme nos olhos. - Prefiro os que roubam pra gente como eu.
Pensei se ele teria lido
“O Homem que ri”, de Victor Hugo, edição de 1869:
“A questão social perdura. Ela é terrível, mas é simples: é a questão dos que têm e dos que não têm.”
* Nome fictício.
Uma vez perguntaram ao poeta Vinicius de Moraes pq ele foi ser diplomata. E ele espondeu pq ele não sabia fazer nada... E precisa?
“Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus
olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.”
outubro 20, 2021
DIA DE AUDIO CRÔNICA
O devorador do nosso tempo
Peter Rubens é um pintor alemão, influenciado pelas pinturas de
Michelângelo e Leonardo da Vinci, entre outros. Tem várias telas
famosas. Se interessar, pesquise!
Em 1637, Rubens pintou uma obra espetacular “Saturno devorando o filho”.
Tá lá no Museu do
Prado, em Madri.
Esses dias, vi a explicação dessa alegoria, e resumi:
Saturno, o mais temido e tirano dos deuses, engole os filhos recém paridos por sua esposa Réia, que
simboliza a Terra.
Saturno tem medo que os filhos cresçam e lhe roubem o trono, roubem o poder.
Réia, esperta, consegue salvar um deles, Zeus. E o receio de
Saturno, se realiza.
Em grego, Saturno é Cronos - o deus do Tempo. Ou seja,
significa que todos nós seremos engolidos pelo Tempo. Ou destruídos por ele.
Mas eu viajei legal quando vi a explicação dessa tela...
Pensei nele, o deus da bosta, devorando os próprios filhos que um dia vão lhe derrubar...
Até que Bostonauro foi esperto: fez com que todos eles seguissem a vida política.
Então... Não duvido que um dia sejamos governados por suas crias monstruosas. Não duvido.
Até porque na tela “Saturno devorando um de seus filhos”, de outro pintor famoso, Goya, a alegoria em questão se refere à monarquia, ao Estado que devora seus súditos.
Ou seja, o
Brasil de bostonauro ainda vai ferrar com a
gente...
Adoro mitologia!
BENETT GENIAL
Tenho seis pontos inflamados no corpo. Dói pra caralho. Tô me entupindo de anti-inflamatório, de remédio para dor. Minha mãe disse que são as raivas. Sempre me prometo que não vou mais falar nada desse governo desgraçado, corrupto e nazista. Que não vou mais me importar se cortam arvores nesse cu de cidade onde vivo. Que morram queimados. Vou botar um antolho só pra não enxergar nada. Pois é... Mas vou precisar entupir de algodão os ouvidos: vinha tranquila pela calçada quando ouvi um cara da vizinhança pedir ao pedreiro, de uma das obras ao redor, como fazia para matar o coqueiro na calçada dele. Juro! E o pedreiro disse: veneno na base. Respirei fundo e pensei: foda-se.
outubro 15, 2021
A FACADA FAKE
“E a frase do conto acaba mais ou menos assim: ‘E então,
Borges, limpei a faca e estava como novinha, inocente.’ ”
Jorge Luis Borges, sobre um conto de Agatha Christie.
Uma facada sem sangue... Um mês antes das eleições, para 1º turno.
Um dia a História será passada a limpo?
Um covarde que fugiu dos debates. Só o Braziu mesmo para cair no golpe.
A literatura ilumina.
À PROPÓSITO:
O lajeadense Tiago Segabinazzi escreveu sua dissertação de mestrado:
"Facada News - Pós-verdade e notícias falsas no Twitter em torno do atentado a Bolsonaro."
Im-per-dí-vel.
A VOLTA AO PASSADO!
"Certas pessoas, caladas, seriam uns filósofos!
Pedro Bial, num comentário durante seu programa de entrevistas na rede Globo, disse que o ex-presidente Lula é o passado, numa referência à busca de uma “terceira via”, que até agora ninguém disse o que seria esta tal opção. O único mantra é: nem Lula e nem Bolsonaro, numa comparação velhaca, onde colocam os dois como se fossem os extremos opostos.
A direita que pensa, ou acha que pensa, está em busca de um
candidato para chamar de seu, embora tenha sido ela quem colocou no cargo da
presidência, esta aberração politica que esteve escondido por mais de trinta
anos nos escaninhos do congresso, sem nunca ter feito nada durante seus
mandatos. Sua absoluta incompetência e seu absoluto despreparo para administrar
qualquer coisa diferente de um gabinete (com rachadinhas e empregos para a
família), foram solenemente ignorados, por um projeto de poder cujo resultado é
esta ruína que estamos assistindo.
Se em 2018, este foi o melhor candidato que conseguiram produzir, o que esperar para a próxima eleição?
Talvez o Bial não tenha se dado conta da extensão do
significado da frase: “Lula é o passado”.
Quem não vivia em Marte durante o seu governo se recorda o
que foi este passado. Basta comparar o momento atual com o tal passado, que
aflora um enorme sentimento de tristeza, pena, vergonha e desespero.
Sim, o tal passado a que se refere Bial foi aquele em que o
país tirou da miséria mais de 40 milhões de brasileiros e tirou o Brasil do
mapa da fome.
O passado do Bial foi aquele em que o Brasil saiu da 13º
para a 6º economia do mundo.
O passado do Bial foi aquele em que o país saiu do IDH 0,649
para 0,755.
O passado do Bial foi aquele em que o salário mínimo saiu do
equivalente a US$60.00 para US$ 324.00 (2011) – hoje está em US$192,00.
No passado do Bial, quando o país tinha um Ministro da
Educação, o número de alunos universitários passou de 505 mil para mais de 900
mil. Foram criadas 18 novas universidades federais, 173 campus universitários e
360 institutos federais.
No passado do Bial o atendimento à saúde foi ampliado com
investimentos recordes no SUS.
No governo Dilma o programa Mais Médicos levou atenção
médica àqueles brasileiros que nunca tiveram qualquer assistência.
No passado do Bial, o Brasil se transformou num “player”
fundamental nas relações internacionais. Não havia nenhuma decisão importante
sem que o Brasil fosse convidado a participar.
No passado do Bial, o Brasil saiu da condição de devedor do
FMI para credor da instituição e deixou para o país reservas em moeda
estrangeira de US$390 bilhões.
No passado do Bial, brasileiros que haviam saído do país em
busca de melhores condições de vida, retornavam para aqui construir seu futuro.
Este é o passado que o Bial trouxe à tona com seu
comentário.
O caminho está aberto. Quem sabe a terceira via se inspire nestes exemplos, para apresentar um candidato que possa competir com este passado.
O Brasil, certamente, sairá ganhando!"
Alcione Malheiros Dos Santos, empresário em Lajeado.
#AlcioneMalheirosdosSantos
A PEDRA DE ÔNFALO
Ha 87 anos Lajeado comemorava o aniversario de Hitler...
Mas voltando ao "nosso" passado: o maestro e professor Dick,
simpatizante do nazismo, hoje dá nome ao parque no centro da cidade e a uma
rua, no bairro Jardim do Cedro.
Não é incrível a minha cidade?
Não sei porquê lembrei de um exemplo mitológico...
Cronos comeu todos seus filhos com medo de que um dia roubassem seu poder, destronando-o. Mas sua esposa Reia salvou Zeus, dessa gula.
Reia conseguiu enganar Cronos ao enrolar uma pedra em roupas. Cronos não percebeu a troca e a engoliu. E o resto ja se sabe...
Ônfalo, em grego, significa umbigo - a criação do mundo.
Vi no face de Jandiro Koch:
"O jornal A Semana, antes acervo da Biblioteca Pública de Lajeado, hoje em mãos de um particular, é ótima fonte para trabalhar o período nazista e reflexos no Vale do Taquari."
outubro 13, 2021
DIA DE AUDIO CRÔNICA
Aleluia, irmãos!
O querido Papa Francisco quer saber os rumos da igreja
católica para o futuro.
E lançou uma consulta popular: ouvir 1 bilhão e 300 milhões de católicos.
A última foi agora sábado. Missa de 1ª comunhão.
“Vocês vão comer o corpo de Cristo, vocês vão beber o
sangue de Cristo”
Tentei desconversar. Como explicar aquela medonha
simbologia para uma criança?
- Eu sei, querido... Eu também.
Ele disse que tinha medo daquele Deus que Aldo Locatelli pintou no teto.
Padres que abram os olhos desses carolas consumistas,
desses carolas capitalistas.
Padres que mostrem as portas abertas do inferno a essa gentalha que está destruindo o meio-ambiente.
Aleluia, irmandade!
outubro 11, 2021
AILTON KRENAK
“As crianças
indígenas não são educadas,
mas orientadas.
Não aprendem a ser
vencedores,
porque, para uns
vencerem,
outros têm de perder.
Aprendem a partilhar
o lugar onde vivem
e o que têm para
comer.
Têm o exemplo de uma
vida
onde o indivíduo
conta menos do que o coletivo.
Este é o mistério
indígena,
um legado que passa
de geração para geração.
O que as nossas
crianças aprendem desde cedo
CURIOSIDADES LITERARIAS
A Divina Comédia, de Dante Alighieri, levou 20 anos para ser escrita.
Wolfgang von Goethe escreveu durante 55 anos a obra Fausto.
James Joyce escreveu Finnegans Wake durante 17 anos.
Dante teve três
filhos com Gemma. Goethe só um e Joice, dois filhos.
Por que será que levaram tanto tempo para escrever suas obras primas?
Aqui uma epifania:
E eles não tinham nétiflix, feissibuqui, instagram, tuíter, laivis, novelas, roda viva na cultura... – se levei 12 anos para publicar Engole esse choro, um romance bem simplesinho, quantos anos levarei agora que estou às voltas com a história da professora Julia Malvina Tavares, que chegou a Cruzeiro do Sul em 1899?
ESTANCIA AZUL, EM QUARAHY
Cinco por cento das comunidades alemãs no Rio Grande do Sul eram simpatizantes do nazismo - durante o governo do Estado Novo, de Getulio Vargas.
Os núcleos que aderiram à proposta de extrema-direita, em
sua maioria, eram empresários ou membros de alto poder nas comunidades
teutônicas. Imagina isso aqui no Vale do Taquari e Rio Pardo, núcleo fascista até hoje!
Hitler conhecia o legado germânico no sul e pretendia transformar a região numa espécie de Nova Alemanha, um núcleo de resistência do seu governo, em caso de derrota na guerra - afirma o diplomata Sérgio Corrêa da Costa, que atribui ao Führer a ideia de que "Criaremos no Brasil uma nova Alemanha. Encontraremos lá tudo de que necessitamos".
Falávamos sobre isso, enquanto eu pesquisava a história da família nos álbuns de fotografia da minha mãe.
De repente me deparo com a foto de Getúlio Vargas na rede, atrás dele, devidamente assinalados por meu avô:
Xavier do
Valle, delegado de polícia de Quarahy. Tancredo Vidal, delegado de polícia de
Porto Alegre. Prof. Bento Lima Jr e o Consul do Brasil em Artigas.
Fiquei com medo de descobrir coisas que eu nem imaginava.
Meu avô era da maçonaria. Getúlio foi
contra... Getulio mandou Olga Benário para a Alemanha... Melhor não mexer nos ossos mortos do passado. Será que teremos ainda um replay? Tudo tem um botão de volta...
Mas, eu só queria descobrir quem era a menina na
cadeira, entediada.
MACACO SIMÃO URGENTE
O desabafo da senhorinha na internet:
“Caro Bolsonaro, o povo tá virando verde-amarelo,
verde de fome e amarelo de tanto que come ovo,
daqui a pouco pobre vai cagar pinto”.
Do tuiteiro #leoaversa:
“O ministro da Cultura é semianalfabeto,
o da Saúde pegou Covid
e o da Economia guarda dinheiro no exterior”.
outubro 06, 2021
CAPICUA
De que não tenhamos medo
Eles têm medo
De que não tenhamos medo”
Medo do Medo, da rapper portuguesa Capicua,
em parceria com João Ruas.
Vi no excelente blog de Solon Saldanha: https://virtualidades.blog/
DO MEU BLOQUINHO
Meus pais gostavam de bailes. E um deles era o de
debutantes, em Outubro.
Era um baile bonito, com decoração no palco, com um conjunto
bacana e meninas de pais conhecidos que realmente tinham aquele como seu
primeiro baile.
Mas meus pais iam mesmo porque gostavam de dançar. E dançavam muito bem.
Naquele ano, minha mãe fez um vestido novo e foi ao salão fazer maquiagem e cabelos. E o pai vestiu seu lindo summer, dos bailes de gala tradicionais e chiquérrimos de Cruz Alta. Com um grupo de amigos compraram mesa.
Na portaria, no hall do salão do CTC, ainda à Rua João Batista de Mello, o pai apresentou a sua carteira de sócio-remido.
Foi barrado.
O porteiro e a secretária do Clube não sabiam o que era um summer:
"Desculpe senhor, só pode entrar de smoking."
Não tinham obrigação de saber que summer era um smoking de verão.
O pai tentou argumentar. Depois pediu para chamar o presidente do Clube, Juarez Enger.
Não o fizeram. Tinham ordens expressas de
não o chamarem para resolver situação alguma.
A diretoria não queria nem saber quem seriam os sócios
barrados, enquanto que no salão circulavam os smokings fantasiados e cafonas de
muitos, que nem vou citar...
Meus pais voltaram para casa, humilhados. Minha mãe, chocada.
O pai entrou na justiça por danos morais. Venceu.
Ele só foi botar os pés no CTC no debu da neta em 1996,
alguns anos depois.
Desde lá perdi a graça com o clube. Completamente.
Quando assisti o filme Normadland, um insight: “O que é lembrado vive.”
E sigo percebendo como muito continua igual. Um exemplo: não
vejo sócios negros no clube. E acho que de summer também ninguém entra nos
tristes bailes de debutantes movido a dj.
Por que lembrei dessa história?
Porque nesse finde fui comer um churrasco lá embaixo das arvores e só vi alegres bolsonaristas.
Relações estilhaçadas... Deu uma sensação tão ruim que voltei para casa.
DIA DE AUDIO CRÔNICA
OBRIGADÃO!
Há 5 meses tô aqui desabafando ... Às vezes fico sem graça pedindo ouvido.
Mas escrevo e
mando a crônica porque, verdade seja dita, divido
minhas frustrações.
Tem uma frase do escritor
Rubem Alves que diz assim:
"Amamos não a pessoa que fala bonito, mas a pessoa que escuta bonito… A arte de amar e a arte de ouvir estão intimamente ligadas."
Bacana, né?
Gosto tanto de diálogo e me vejo monóloga de um assunto só:
o Super-verme de Brasília, que se elegeu com o discurso de acabar com a mamata, apesar dele e sua família sugarem, há 30 anos, as tetas do serviço público sem nenhum retorno para a sociedade.
Há 30 anos descobriram como se rouba e se contrata funcionário fantasma.
Incrível que nunca foram presos.
Mas o rapaz que roubou um pedaço de carne no mercadinho tá até hoje na cadeia.
Essas crônicas surgiram de um impulso.
Sim, já me dei muito mal
por agir no impulso...
Mas só assim montei um bistrô, só assim fizemos teatro no sótão, saraus nos bares, feiras nas praças, biblioteca na calçada, e num passado mais distante, peças teatrais que nos levaram a festivais por aí a fora....
Agora participo do Cuca Livre que reúne o pessoal da literatura, com canal no youtube. Amanhã tem, as oito e meia da noite!
Se der, passe por lá e dê uma
curtida!
Sempre digo: tudo que faço
não rende um real, mas rende prazer e reflexão.
Quem continua a viver em Lajeado, cidade que busca ser inteligente, vocês sabem, precisa inventar para não sucumbir ao tédio, aos furúnculos sociais, ao fedor das esquinas, a falta de arvores nas calçadas...
Quero agradecer a você que me escuta – e escuta bonito - e ainda repassa essas crônicas ... E aos poucos que leem, por aqui e se mordem de raiva.
Muito obrigada, mesmo.
Assistindo uma reportagem sobre os jardins europeus, a gente percebe o quanto os parques de Lajeado só não são mais bonitos por falta de boa vontade.
Temos um horto na cidade que poderia plantar milhares de
arvores e flores.
Agora o Parque da Orla, ainda não concluído.
Dragaram criminosamente o pântano, fizeram um lago,
gramaram.