agosto 27, 2012

GILLES DELEUZE


“A literatura é uma saúde. (...)
Os pontos fracos de um livro são com frequência
a contrapartida de intenções vazias
que não se soube realizar.”

LANÇAMENTO

 “Intrigas da Colônia”, 
em Porto Alegre, dia 29 de Agosto, 4ªf, às 18h.

INTRIGAS DA COLONIA


Com texto crítico e observador, a coletânea de contos “Intrigas da Colônia” aborda temas com um tom narrativo que parecem comum ao leitor que mora ou morou em cidades pequenas ou vilarejos, onde muitos sabem da vida de todos. A autora mantem o tom de fofocas, às vezes divertido, outras vezes incômodo e contraditório, como quem observa a vida de moradores das cidadezinhas.

O texto fluente, mas lapidado, apresenta a sabedoria de algumas personagens tão comuns como a fofoqueira da praça, as relações delicadas entre vizinhas, a filha desnaturada, as traições e a masculinidade, o homem que anota na caderneta os suicídios na vila, os conselhos entre diferentes vínculos sociais dos personagens. Miudezas que resgatam até receita de compota de pepino, metáfora sutil para que cada um cuide de sua própria vida.

“Intrigas da Colônia” pelo olhar da autora em 30 contos compõe um pano de fundo para a reflexão sobre a própria humanidade e o difícil individualismo nas cidadezinhas do interior.

* Disponível na Cometa- Livraria e Papelaria, em Lajeado: R$ 25,00

agosto 23, 2012

“ALBERTO CAEIRO”

É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.

QUERER CHORADO



.minha rua é uma ilha.onde as pessoas estão sem saber como fugir. uns pulam do 4º andar. outros puxam uma corda. agosto louco de 33º nessa cidade sem origem, sem história. violentada pelos construtores quadrilheiros governamentais. a mãe encontrou o filho a um palmo do chão.veio a polícia. foi-se a polícia. e o filho ali suspenso por excesso de realidade. a policia foi embora. e o filho continuou no ar, sem ar, asfixiado pela incompreensão do mundo. o mundo que trazemos dentro de nós: literatura, não morte. não importa o olhar do outro, importa o olhar interno nosso.a ninguem cabe julgar a desvisão da realidade de quem foge dela.o ultimo texto não significa sua a última aflição. mas sua incapacidade de respirar nessa futivil cidade.





Querer Chorar
Ao beber uma cerveja
Querer Chorar
Ao ouvir um poema de Drummond
Querer Chorar
Ao ouvir Mutantes, Tudo foi feito pelo sol
Querer Chorar

O disco só não é perfeito pois acaba triste, num blues,
é contradição.
Mas penso em amigos, um já falecido
E outra mais, também falecida...
O  disco não é perfeito,
para alguns o mundo não é perfeito.

Mas enquanto paro eu vejo que a arte transformou
meu pranto em alegria, e assim alegro a outros
enquanto outros irmãos ainda choram.
ponho a me chorar com eles.

Fernando Henrich de Souza
que se libertou dia 21
do entrelinho mundano
na garage da casa.

agosto 16, 2012

UMBERTO SABA


Amei palavras gastas que ninguém
ousava. Encantou-me a rima flor
amor,
a mais antiga das difíceis do mundo.

Amei a verdade jazente no fundo,
quase um sonho olvidado, que a convulsão
redescobre amiga. Com medo o coração
dela se aproxima, e não mais se farta.

Amei-te a ti que me escutas, 
e a minha carta boa 
deixada ao fim deste meu jogo.


agosto 15, 2012

DO MEU BLOQUINHO



.é muito difícil viver aqui. ñ encontro eco. quero falar de um tempo arnaldo antunes. musica, loucura e dor. maneira de ser e perceber os viés. as impossibilidades. o recuo. a mentalidade da época. os conceitos. mas ñ encontro. mas não. mas. td muito estéril. uma vaga de criaturas rasas q continuam rasas. é difícil sobreviver por aqui. ñ rola. ñ rola, me faço entender? li  bob dylan: ñ criticar o q a gente ñ entende. sim, ñ entendo esse achatamento espiritual. essa maneira vulgar  incomprometida. penso em todas aquelas criaturas q gostava de me envolver. estão distantes. e mortas. mesmo q ressurjam, apenas cadáveres. ñ encontro eco. não. quero falar de um tempo arnaldo antunes. um tempo ícone. mas ñ encontro eco. engulo. fungo.

agosto 06, 2012

WAGNER BRENNER



"Eu pedi uma bicicleta a Deus,
mas eu sei que Deus não trabalha desse jeito.
Então eu roubei uma bicicleta e pedi perdão."

HIROSHIMA: 67 ANOS


6 de agosto de 1945. O Irã mostra ao mundo seus mísseis de longo alcance. Medo. O planeta nunca me pareceu tão frágil e tudo e todos tão indiferentes. A um passo do holocausto, novamente.