novembro 17, 2018

DR. ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA

Médica cubana por Araquém Alcântara

"Isso pode significar a saída de milhares de médicos que estão atendendo nos sertões, nas periferias das grandes cidades, na Amazônia brasileira, nas áreas mais vulneráveis.

É isso que pode acontecer quando se coloca o espírito da guerra, da ideologização e do conflito acima dos interesses sobretudo do povo que mais sofre e que mais precisa no Brasil. Um dia triste para a saúde pública do Brasil provocada por uma ação despreparada do atual presidente eleito do país."

DO MEU BLOQUINHO


Lya Luft escreve no jornal Zero Hora, hoje:
“Nunca mais vou escrever nada”.
Ela diz q muitas vezes pensa nisso pq tudo de bom, bonito ou louco já foi dito. Q ela se vê repetitiva, e até chata, escrevendo. Mas continua  na literatura pq sempre tem algum leitor q pensa: “Parece q ela escreveu pra mim. E isso vale tudo” E Lya continua a escrever pq acredita q é a única coisa q sabe fazer, além de ler:  

“Livros sempre foram meus grandes companheiros”.

Gostei dessa crônica dela. Pq escrevi durante três anos e meio num jornal da minha cidade e, de repente,  também me vi repetitiva e chata. Sempre dando pitaco... Desisti. Claro, outros motivos atravancaram minhas linhas e vírgulas.

Não escrevo com facilidade. É uma tortura boa. E se faço  é por sanidade mental. Por provocação criativa. Exercício literário mesmo.


Esse 2018 produtivo... Ingressei na Academia Literária da região; uma crônica premiada num concurso; um convite para participar de um livro só de mulheres e, agora, o livro de crônicas com minha amiga e  artista plástica, Desi Hirtenkauf. 
To contente, mas sempre encarquilhada na velha angustia. Ou como escreve Lya: “... às vezes espaços e entrelinhas contêm a verdade ou a ilusão que o autor alimentava, a esperança que buscava, a alegria ou a dor que sentia.”

Dia 20 lançamos Crescer é morrer devagarzinho.
Medo de morrer aos poucos, de solidão fatiada...

Aparece lá!



A PEDRA

O distraído tropeçou nela.
O violento a utilizou como projétil.
O empreendedor a usou para construir.
O camponês, cansado, a usou como assento.
Para as crianças, foi um brinquedo.
Davi a utilizou para matar Golias.
E Michelangelo a transformou na mais bela das esculturas.
A diferença não está na pedra, e sim no homem.

Antonio Pereira

A pedra de Porto Alegre...

ARTISTA DE RUA


Curtíamos a cidade e o que ela tem de melhor: sua gente.

John Haydn Colley desenhava o que admirava junto a Praça de Camões, em Lisboa.

Mas, de repente, começou a chover, apesar do céu azul. Ou foram meus olhos?

Então, ouvi Colley dizer: 
"A cidade está cheia de guarda-chuvas mortos."


MAFALDA, UM ÍCONE CULTURAL


Joaquín Salvador Lavado Tejón tem 86 anos. O apelido de Quino  ganhou quando pequeno. Com 13 anos perdeu a mãe. Três anos depois, morreu o pai. O que um adolescente faz para sobreviver?

Cria. Cria. Cria.


Com 30 anos de idade, Quino deu vida à precoce Mafalda, sua personagem mais famosa, de oito eternos anos - dizem.  Nasceu, oficialmente, em 1964, durante a ditadura militar argentina. E foi o sucesso que é até hoje, apesar de sua morte precoce em 25 de junho de 1973. 

Quino é casado desde 1960 com Alicia Colombo e não tiveram filhos. O casal mora entre Madri e Buenos Aires.

Que triste: desde 2009, o artista enfrenta uma aposentadoria involuntária devido a um glaucoma.

Devo muito do meu pensamento à filosofia dessa garotinha que conheci quando fui estudar na Puc, em Porto Alegre, no final dos anos 70: Mafalda é o maior símbolo da crítica política da América Latina.

E Quino já disse:  “O que me surpreende é que boa parte dos temas, para não dizer todos, continua atual e compreensível.”


Verdade.

novembro 07, 2018

ELISABETH KÜBLER - ROSS

"... a vida termina 
quando acabamos de aprender tudo
 o que temos para aprender."

FERRUGEM

 Em novembro, esse cenário me devolve a paz,




traz de volta um contentamento
que pensei perdido.

Em novembro
tem onda de poesia
e fé no divino.

NOVOS TEMPOS, VELHOS SENTIMENTOS

cartum de Máucio Rodrigues.

.não só a programação, mas os pensamentos obtusos. os pensamentos preconceituosos. as pessoas  revelaram o seu estofo interior nesses últimos meses. não foi tão surpresa. há coisas que a gente prefere desconhecer. a decepção vai passar. até lá vou lamber minhas feridas, quieta. quando virar casca, cair, a aparência muda, mas a cicatriz ali, visível. com o tempo, ruga dissimulada. com o tempo, viro ameba de novo.