dezembro 29, 2021

JOSÉ FALERO


  

"Que tipo de diversidade é essa

que só aceita o diferente

se o diferente agir como o igual?"

DIA DE AUDIO CRÔNICA


Contagem regressiva

To muito esperançosa. 

Só tô pelo dia 2 de outubro de 2022. 

... se a corja nos quarteis não der um golpe militar, 

se  a imprensa não tacar o fogo da desinformação e do preconceito nas suas páginas, câmeras e microfones, 

se os institutos de pesquisa não fraudarem a verdade, 

esse governo fascista, insano e criminoso será derrubado.

Acho que nem vamos precisar se escabelar, se esguelar por aí: 

o capeta, o coisa ruim tá se jogando no perau do próprio inferno. Que queime junto com sua família e os amigos milicianos.


À propósito, você que me espia: um Feliz 2022!  


Trilha sonora: Valsa da Primeira Estrela, de Marcelo Delacroix.

ANO CHINÊS

Li que o ano chinês que inicia dia 1º de fevereiro e será regido pelo Tigre na astrologia deles.

E daí?

Daí que a humanidade vai dar grandes passos no caminho de sua evolução. 

O Tigre é um revolucionário, idealista, que  luta por um ideal maior, que visa ao

bem de todos, pensando sempre em mudanças positivas.

No ano do Tigre, a revolta, a forte necessidade de retomada da liberdade...


O Tigre vai esmagar o verme que habita Brasília.

 

PHIL UMBDENSTOCK


 

dezembro 22, 2021

PAULO CELAN


 “Um nada

éramos, 

somos,

continuaremos sendo,

florescendo:

a rosa de nada,

a rosa de ninguém”.

NATAL MAIS HUMANIZADO


 Isso é Natal...

O que a gente faz é juntar a família. É se empanturrar de comida com quem nunca passou fome. É dar presente pra quem já tem tudo. É postar vaidades nas redes sociais. Pra você que me lê: bom Natal.

DIA DE AUDIO CRÔNICA


 Jesuisinho...  Sabe como gostaria de escrever algo bom e de positivo para essa crônica de Natal, né?

Ainda mais agora que a gente viu as urnas chilenas concederem vitória para um antibolsonaro. Fora, Fora, Fora genocida!

Ai, meus reis magos... Só de lembrar do coiso perco a cabeça, as guampas, tudo!

Estrela-guia me bota de volta no bom caminho!

Grata!

A bem da verdade não aguento mais  esses Natais vazios:

Sem espiritualidade, sem reflexão.


Esse Natal de bacalhau salgado, esse Natal de parente bêbado, esse Natal de corre-corre, suado, de Papai Noel cobrar 400 reais, de criança ganhar dinheiro de presente, que dinheiro? Deem cesta básica pra essas crianças!

Pelamordeus... 14 milhões de desempregados, mais de 600 mil mortos por covid, a Ômicron derrubando os pinheirinhos, o panetone recheado de  H3N2 ... 

E a gente quer fazer tim-tim?

Jesuisinho na manjedoura, desculpe... Onde foi parar o meu espirito natalino?

Mas agora tô ajoelhada,  tô me defumando e mandando boas energias pra todos vocês também. Juro!

Tô pedindo limpeza geral, uma boa assistência para 2022 e que todos os caminhos se abram para  vivermos  em  equilíbrio, em paz  e  com muita proteção  do Divino.

 

Trilha sonora: Feliz Natal com John Lennon


GILMAR FRAGA


 

dezembro 15, 2021

CAIO FERNANDO ABREU


“Jardins são exaustivos feito relações humanas.

Tem que cuidar todo dia, regar,

podar, arrancar erva daninha...

Planta malcuidada fenece

que nem amizade sem trato." 

DIA DE AUDIO CRÔNICA


 

Conexões cuidadosas

Esses últimos dias, o sentimento de Amizade surgiu aqui e ali, por entre as minhas escutas afetivas. 

E quando falamos sobre Amizade sempre me lembro do filme O Carteiro e o Poeta

Assisti em Lajeado - naquele cinema das poltronas cor-de-rosa que depois virou câmara de vereadores, infelizmente.


Vi mais do que uma vez porque comprei o dvd. 

Além da trilha sonora linda, tem uma fotografia deslumbrante e uma cena que choro feito uma terneira desmamada. Como pode, né? O que toca um, não toca o outro.

Amizade.... O valor que damos a ela. Bem coisa de aquariana!


Agora, fim de ano, a gente passa a régua e soma: 

o quanto mudamos, o que foi importante, o que ficou para trás.

E percebe que várias amizades sumiram...  É assim, né? 

Muda o foco, mudam as relações. Ou eram amizades de interesse?

Vocês já notaram que quando os pais se mudam de casa, 

ou as crianças de escola, mudam também  as amizades?

Quando na turma de casais, um fica na merda, o grupo de amigos se afasta?

E quando o amigo troca de emprego? Lá se vai a amizade  também...

E quando se separam? Os casais amigos isolam um dos dois - ou ambos?

E no fim da faculdade? De colegas felizes, viramos amargos concorrentes.

E quando alguém da família adoece, gravemente?  

Que solidão... Raros os que continuam por perto.

Com o Tempo,  nada como o Tempo! – vamos entendendo que algumas amizades são realmente apenas movidas por  interesses. Claro, com uma camada de verniz afetivo.

Esse verniz pode ser uma força, um  festerê, um jantar, 

uma viagem, caminhadas por aí, um livro emprestado.

Até que um dia, surge  um “quando”... 

Não adianta, né? 

A vida esfrega na cara que a falsidade tem vários degraus nessa escada social.

Mas não te joga, não vale apena! 

Cuida para  não escorregar, pisa com cuidado. 

Simone de Beauvoir diria: “Salva-te por inteiro.”

Dias sensíveis esses de fim de ano... 

Cinco mil amigos  nas redes sociais não significa, na real,  nem 50. 

Talvez uma mão cheia, de amigos bem sinceros, se a gente tiver sorte.


Acho que vou rever o filme Il Postino.

No mais, continuemos aqui e...  só entre nós: Fora Bolsonaro!


Trilha sonora: O carteiro e o poeta com a Orquestra de Ouro Preto.



Uns vão, outros vem, outros sempre ficaram!
E tá tudo bem! Fica na memória
os tragos, as lágrimas, as conquistas,
as decepções, as intrigas, as risadas 
E com o tempo surgem outros, 
que um dia também vão partir!




CESAR NO CUCA INTERIOR


 Augusto Darde disse tudo:

 “Bem contente com a diversidade de pessoas convidadas para o Cuca Interior.

 Já foram 5 edições desse trabalho totalmente voluntário de escritoras e escritores do Vale do Taquari, onde propomos conversas sobre literatura, pensamento e sociedade.”

 E agora, o último bate-papo literário de 2021, será nessa 5ª-feira, com o queridão do Cesar Brod, tradutor, escritor, com seis livros publicados, entre eles o "Na rede da Poesia".

 Cesar  é diretor de relacionamento com comunidades do Linux Professional Institute, uma organização sem fins lucrativos.

 Vem um caldo bom por aí... com Augusto Darde, Alvaro Santi, Meire Brod e eu.

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 https://www.youtube.com/channel/UCUQJummuvxC_SvaCqqa_uhw

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FRAGA

 

Parabéns ao queridão Gilmar Fraga,

que abocanhou o Premio ARI de jornalismo

na  categoria charge, publicada em Zero Hora.

 

Claro, cada ilustração do Fraga é uma obra de arte!


(Mas não é surreal mesmo 
o procurador-geral da nossa republiqueta?) 
Menção Honrosa na mesma premiação.



 

dezembro 06, 2021

PAWEL KUCZYNSKI

Texto e cartum de Pawel Kuczynski

“Vivemos há tanto tempo juntos neste mundo

e mesmo assim cometemos os mesmos erros:

guerra, pobreza, divisões raciais, ecologia, dinheiro —

estes são os temas que gosto

porque são tão imortais como a arte.”

DIA DE AUDIO CRÔNICA

Pawel Kuczynski

 A LITERATURA QUE NOS HABITA

Quando acabei de ler a excelente  biografia do escritor João Gilberto Noll: 

“João aos pedaços”, de Flavio Ilha, fiquei com a frase dele na cabeça por muitos dias quando questionado por que  escrevia:

“Às vezes você escreve para não precisar matar ninguém na vida.”

Comecei a me perguntar por que ainda escrevo quando sei que meus colegas escrevem muito, mas muito melhor do que eu. Então perguntei, por que tu  escreve?

Pita Rabaiolli: “Escrevo para me achar dentro de mim. Por autopirotecnia”

Piti Arruda: “Escrevemos porque não conseguimos guardar nossos próprios segredos.”

Alvaro Santi: “Escrevo para tentar remediar a comunicação entre os seres humanos. Já que a fala é tão imperfeita, tento fazer por escrito.”

Meire Brod: “Escrever é algo indissociável à minha condição. É o que me torna quem sou.”

Tiago Segabinazzi: “Escrevo porque há sementes que só germinam no silêncio e na solidão da leitura.”

Alcione Malheiros dos Santos: “Escrevo para não me sufocar. A escrita é meu respirador.”

Luciana Zart: "Escrevo porque é  a minha maneira de esmiuçar o mundo."

Augusto Darde: " Pra fazer sentido."


Quero falar sobre João Gilberto Noll, apesar de ter lido  pouco de seus 20 livros.  O primeiro foi Rastros de Verão, no fim dos anos 80. A partir dessa leitura descobri que havia outro tipo possível de escrita.  Mais honesta e talvez, mais cruel.  

Trinta anos depois fui encontrar  no balaio de uma livraria o livro de contos: Máquina de ser. Paguei cinco reais e saí constrangida. Afinal, Noll havia recebido 6 vezes o Jabuti, o premio literário mais prestigiado  do país.

E quando fiz a cadeira de Conto Brasileiro, no Pós em Literatura  da Ufrgs, lembro que Noll sequer foi citado. Questionei à professora. Opções, acho que respondeu.

 Naquele mesmo ano, o escritor  morreu. E sobre  esse fim trágico, Carpinejar escreveu: 

“Noll não morreu de causa natural, foi assassinado pela sociedade, pelo total desprezo de nossas instituições pelos grandes artistas e narradores.” 


 “Às vezes você escreve para não precisar matar ninguém na vida.”

Não duvidei nem por um momento dessa frase, sendo a jornalista que sou...

E me pergunto se eu não fosse jornalista,  seria uma assassina?


Vai saber, né? Para quem curte ler... Descubra João Gilberto Noll.

Trilha Sonora: "De chegada",  com o Quinteto Canjerana, na 6ª edição do POA Festival Jazz .

https://www.youtube.com/watch?v=JUMgyZJrcsc


Ahhh as amigas... 






NATAL 1


 

CUCA INTERIOR


 Augusto Darde disse tudo:

“Bem contente com a diversidade de pessoas convidadas para o Cuca Interior. 

Já foram 5 edições desse trabalho totalmente voluntário de escritoras e escritores do Vale do Taquari, onde propomos conversas sobre literatura, pensamento e sociedade.”

Te inscreve em nosso canal e nos acompanha! Aqui o link:

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Dia 16 teremos o ultimo convidado do ano!

IN MEMORIAM

Floresta urbana... O ilustrador Wagner Passos tocou no assunto.

Várias cidades ergueram bosques com árvores plantadas por quem perdeu alguém para a covid. Chamaram de Bosques da Saudade.

Pensei que Lajeado também se engajaria já que fez um parque à beira do rio Taquari.

Secou o banhado. 

Derrubou quase tudo que havia, principalmente, eucaliptos. 

Cortou centenas de arvores do corredor ecológico para abrir uma rua e privilegiar o dono da Havan. 



Encheu de pedras a barranca do rio, sufocou as arvores que resistiram a ultima enchente, sem dar chance para reflorestar e derrubou mais outras para alargar a rua par os amigos chegarem com seus carros e barcos até a beira.

Esses dias li sobre a Teoria da Estupidez, descrita pelo teólogo, pastor e membro da resistência anti-nazista, Dietrich Bonhoeffer:

Diferente da canalhice e do mal-intencionado, a estupidez não é uma falha no caráter ou súbita suspensão da razão...  

Pertence a categoria do sócio-psicológico. 




Além do que, a estupidez tem orgulho tem a provação do grupo, da “maioria” e a gente sabe quem é a maioria aqui na minha cidade...  Sem defesa, a nossa impotencia.

Bosque da Saudade?

Que ideia bem de jerico... Não dá lucro.

Asfalto, terraplanagem e destruição, dá.
 

dezembro 01, 2021

ALFONSINA STORNI

Photo by Fan Ho

"Eu tenho um filho fruto do amor,

amor sem lei

ser como as outras não quero,

gente que nasceu para ser gado..."

Trio 202 | Alfonsina Y El Mar (Ariel Ramirez / Felix Cesar Luna) | Instr...

DIA DE AUDIO CRÔNICA


 

UMA ODE A ALFONSINA

Gosto das canções poderosas de Mercedes Sosa.

Faz tempo que não escuto nada... Será que tenho algum vinil dela?

Num sábado à noite, rodei ate o interior de Arroio do Meio, no lindo sítio do meu amigo Ratinho. 

(Putz, não consigo chamar de Edson!)

O pessoal se reuniu para tocar & cantar – das coisas mais antigas que a gente conhece para reunir amigos, ou pessoas com interesses em comum – que bolha bem confortável essa dos “interesses em comum”, né?

Lá conheci a Karla, que cantou lindamente “Alfonsina y el mar”, acompanhada ao violão por Alvaro Santi. 

Precisava compartilhar com vocês:

Alfonsina foi mãe solteira numa época considerada quase um crime. Amputou um seio devido ao câncer. 

Em outubro de 1938, Alfonsina Storni  foi para um hotel em Mar del Plata. E lá escreveu uma carta ao filho e o seu último poema, antes de se jogar ao fundo do mar:  “Voy a dormir”, publicado no jornal  La Nacion.

Mercedes Sosa, em 1969, quando poucos exaltavam a  potencia feminina, gravou o disco Mujeres Argentinas, que traz a história de oito, entre essas  “Alfonsina e o Mar”.

Naquela noite fria e escura, entre rostos conhecidos no sítio do Ratinho, fiquei muito tocada com a interpretação da Karla. Acho que todos se emocionaram.

Um dos versos  mais bonitos da canção, se posso escolher, diz assim:

 

“Só Deus sabe a angústia que te acompanhou

Que dores velhas calaram tua voz

para que você se recostasse embalada

no canto das conchas marinhas

a música que cantas no fundo escuro do mar

 

Você se vai, Alfonsina, com sua solidão...

Quais poemas novos você foi buscar?

Uma voz antiga de vento e sal

destrói sua alma e a carrega consigo

e você vai para lá, como nos sonhos

adormecida, Alfonsina, vestida de mar...”

 

Trilha sonora: Alfonsina e o Mar com os próprios  autores Ariel Ramirez / Felix Cesar Luna



ARTE NA ESCADARIA NESTE DOMINGO



Antonina Quarteto às 16 horas


A vida voltando ao normal 

depois de quase dois anos...



Arthur Sulzbach às 17 horas



Banda Sputnick às 18 horas

KRENAK


 ... essa mesma gente chamada de "vereador"  aprova a abertura do comércio aos domingos nessa cidade que se acha grande coisa. 

Vereadores que não trabalham nem 15 horas por mês querem fazer os comerciários trabalharem de segunda à segunda-feira. 

Quando o shopping abriu na minha cidade, junto a BR 386, eu trabalhava na loja que tinhamos lá.  E dava muita  uma raiva de sair correndo do churrasquinho de domingo, deixar os filhos, a família, para abrir a loja  até as 8 da noite. 

Hoje sei que é dificil encontrar gente para trabalhar no comercio aos sabados à tarde. O que dirá domingo? 

Mas os nobres edis com seu 13º e outras regalias embolsadas, se acham no direito de fuder com os comerciarios. E a gente sustenta todos eles...

Me admira uma vereadora votar à favor... Cuida da cachorrada, mas não pensa no ser humano, nas mulheres... 

Desconfio também que essa lei  será promulgada para lamber o saco do novo periquito à margem da BR. 

É a esses capitalistas que o líder indígena  se refere:

"Com amplo apoio de sindicatos e entidades patronais, como a Acil, a CDL Lajeado e o Sindilojas, o projeto enfrenta rejeição principalmente no Sindicato dos Comerciários de Lajeado." Mas passou por conta de 8 criaturas... 



Espero que nunca mais se reelejam.

Sabendo que a maioria dos comerciarios são mulheres,

é uma verdadeira traição dessas duas.




SANTIAGO

 


Sim... Como, sua carola?

Como, senhor empresário?

Trio 202 | Alfonsina Y El Mar (Ariel Ramirez / Felix Cesar Luna) | Instr...

UMA ODE A ALFONSINA Gosto das canções poderosas de Mercedes Sosa. Faz tempo que não escuto nada... Será que tenho algum vinil dela? Num sábado à noite, rodei ate o interior de Arroio do Meio, no lindo sítio do meu amigo Ratinho. (Putz, não consigo chamar de Edson!) O pessoal se reuniu para tocar & cantar – das coisas mais antigas que a gente conhece para reunir amigos, ou pessoas com interesses em comum – que bolha bem confortável essa dos “interesses em comum”, né? Lá conheci a Karla, que cantou lindamente “Alfonsina y el mar”, acompanhada ao violão por Alvaro Santi. Precisava compartilhar com vocês: Alfonsina foi mãe solteira numa época considerada quase um crime. Amputou um seio devido ao câncer. Sei lá... Mas, em outubro de 1938, Alfonsina Storni foi para um hotel em Mar del Plata. E lá escreveu uma carta ao filho e o seu último poema, antes de se jogar ao fundo do mar: “Voy a dormir”, publicado no jornal La Nacion. Mercedes Sosa, em 1969, quando poucos exaltavam a potencia feminina, gravou o disco Mujeres Argentinas, que traz a história de 8 delas, entre essas “Alfonsina e o Mar”. Naquela noite fria e escura, entre rostos conhecidos no sítio do Ratinho, fiquei muito tocada com a interpretação da Karla. Acho que todos se emocionaram. Um dos versos mais bonitos da canção, se posso escolher, diz assim: “Só Deus sabe a angústia que te acompanhou Que dores velhas calaram tua voz para que você se recostasse embalada no canto das conchas marinhas a música que cantas no fundo escuro do mar Você se vai, Alfonsina, com sua solidão... Quais poemas novos você foi buscar? Uma voz antiga de vento e sal destrói sua alma e a carrega consigo e você vai para lá, como nos sonhos adormecida, Alfonsina, vestida de mar...”