ÜBERDRUSS
junho 26, 2013
DO MEU BLOQUINHO
Lajeado, BR 386 por Ermilo Drews
.quatro puteiros no centro de lajeado
foram fechados pela delegada marcia scherer. leio no jornal da minha cidade: “... reabriram as portas depois de
oito dias de impedimento. interditadas no dia 12 por
problemas de alvarás de licença na prefeitura, duas conseguiram se regularizar
rapidamente, contradizendo reclamações antigas de demora nas liberações
municipais. e outras duas funcionam de forma
clandestina nos horários opostos ao da administração municipal desde a
quinta-feira da semana passada." olha a politicaria: “... no dia seguinte do fechamento,
o contador de dois dos estabelecimentos investigados encaminhou, por meio da
junta comercial, a alteração do cnpj, o registro de funcionamento e um pedido
de fiscalização dos bombeiros.de bar, as duas casas passaram a
ser pousadas. as vistorias e a emissão dos
documentos foram feitos em menos de oito dias.”e a delegada punida por ter indiciado os donos dos puteiros por crime de
exploração sexual? transferida da delegacia de polícia
para a mulher para delegacia de polícia de
pronto atendimento. passou à condição de platonista. diz ela que não é por aí. vai cursar um
doutorado na argentina. ahã. quero me abstrair, mas às vezes não dá, nessa colônia de
merda. ainda bem que a pec não passou. muita coisa para protestar. ainda. e sempre.
Estrela por Frederico Sehn
junho 21, 2013
“FINCO O MEU REMO NA ÁGUA LEVO O TEU REMO NO MEU”
O dia vai vencer aos poucos o frio
acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.
Principalmente acredito que nem tudo está perdido
tanta lágrima, tanta lágrima
e eu sou um copo vazio.
ouço uma voz que me chama... quase um suspiro
rema, rema, rema.
Nesta margem do mundo
o que não é represa é baldio
acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.
Eu, muito sério, vou remando
e bem lá dentro, sorrio
acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.
. mais de quarenta anos sem interpretar o “rio” que atravessamos durante essa vida de boiada. a maioria continuou na mesma margem como um copo vazio. agora, tratamos de recompensar o tempo vão. caminhando, protestando, remando para chegar “a outra margem do rio”. já li que “nenhuma história restringe-se às suas margens: sempre existem os desvios, as infiltrações, as rachaduras, as potências a latejar pequenos tremores; o sujeito a desfazer-se no movimento”. é o que vai acontecer? a tevê não se cansa de mostrar os protestos, de todas as esquinas, conforme seus interesses. e a manada da minha aldeia não conseguiu nem transgredir. não desceu na contramão a avenida principal da cidade para protestar. não foram capazes de tripudiar na frente da casa do povo... “ei vereador leve junto o seu fedor”. da corrupção, da mutretagem. não. passaram batido, cada um com suas premissas, tolerâncias e raivas a lhe guiar. manada é o meu preconceito. “talvez o objetivo hoje em dia não seja descobrir o que somos, mas recusar o que somos”, escreveu foucault. não sou. sou? hanna arend dizia que o mundo não é humano por ser feito de seres humanos ou por que tem uma voz humana, mas sim porque partilha, ou seja, se solidariza, com o mundo e com os homens, e discute a humanidade da vida. hanna, sou mais rasa que o raso rio. seria capaz de levar pedras nos bolsos e jogar contra algumas instituições durante o trajeto das ilusões. esse momento histórico que vive o país não me emociona. mais preconceituosa fiquei. ou crítica? se o primeiro, me vejo uma ignorante. se crítica, preciso rever meus conhecimentos práticos de mundo nesse percurso tendencioso por onde passam as águas da vida. tempo de comunicação em tempo real: cada cartaz levantado, cada bandeira brasileira feito manta nas costas dos manifestantes vai direto para o facebook, para a globonews. nossos atos universalizados instantaneamente nos ligando, linkando, conectando a todo cafundó do planeta. até dá pra imaginar a extensão que alcança uma idéia preconceituosa ou um ônibus incendiado em protesto tomando o rumo do infinito, pela internet. e do rio, sampa, brasília até chegar na minha aldeia, imitamos e gritamos as mesmas frases. vamos todos pra lá, pra cá, ê boiada. nesta margem do mundo, o que não é represa é baldio.
junho 20, 2013
CASTRO ALVES
Kevin Corrado
Ao Povo o Poder
“A praça é do povo! como o céu é do condor”.
É o antro onde a liberdade
cria águias em seu calor.
Senhor, pois quereis a praça?
Desgraçada a população!
Só tem a rua de seu…
Ninguém vos rouba os castelos,
Tendes palácios tão belos…
(...)
Da plebe doem-se os membros
No chicote do poder,
E o momento é malfadado
Quando o povo ensanguentado
Diz: já não posso sofrer.
DO MEU BLOQUINHO
.falam em impeachment. tem cheiro de golpe no ar. já se viu
essa história. de repente a tal democracia vira demo mesmo. e parece que mais
de repente ainda os anos 70 se aproximam bem na esquina do bairro. quem
estudou lacan sabe das funções do simbólico, do imaginário e do real. eu não
estudei. mas li castro alves - a praça é do povo como o céu é do condor – e
escutei muito caetano naqueles anos. fico assistindo no sofá. vejo os rostos da
gurizada líder e imagino o que vai dar. um
dia um cara chamado lindberg faria liderou os caras-pintadas. tempo do collor. suas reais pretensões o transformaram em deputado federal. na continuação do seu protesto, o envolvimento com a corrupção. é assim, todos caem, todos nos traem. vamos guardar os nomes e as caras da galera que hoje ta na tevê emocionando e surpreendendo o país. não demora estaremos votando neles e a roda girando pra dentro da merda também. sim, falam em impeachment. querem neutralizar a realidade. cruzes,
a democracia mais uma vez, pálida. e a
dilma se vendo louca. o símbolo das bolsas talvez não segure o seu governo. é tanto boato que o real virou
pesadelo e o melhor do imaginário, sonho. o inconsciente coletivo foi para a
rua e está construindo um novo-velho saber: eles se tocaram que podem. mas na
minha cidade, a rua é vitrine. hoje chove. será que encaramos o molhado?
feissibuqui
A HISTÓRIA DE IRENA, O ANJO DE VARSÓVIA
Durante a 2ª Guerra Mundial, a assistente social
polonesa, Irena Sendler, conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de
Varsóvia, como especialista em canalizações. Um disfarce para seus planos de salvar crianças judias da barbárie nazista.
O que Irena fez?
Escondeu crianças no fundo da sua caixa de ferramentas e em um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhonete, quando crianças maiores. Junto transportava um cão que ensinou a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto. Os latidos encobriam qualquer
ruído que as crianças pudessem fazer, sendo que os soldados também não se metiam com o cachorro.
Enquanto pode manter este trabalho, Irena conseguiu salvar cerca de 2.500 crianças.
Por fim os nazis descobriram e a prenderam. Em 20 de outubro de 1943 Irena Sendler foi levada pela Gestapo para a prisão de Pawiak, no centro de Varsóvia, onde foi brutalmente torturada. Conta que em um colchão de palha, encontrou uma pequena estampa de Jesus com a inscrição “Jesus, em Vós confio”. Conservou-a consigo até 1979 quando se encontrou com o Papa João Paulo II e lhe deu.
Por fim os nazis descobriram e a prenderam. Em 20 de outubro de 1943 Irena Sendler foi levada pela Gestapo para a prisão de Pawiak, no centro de Varsóvia, onde foi brutalmente torturada. Conta que em um colchão de palha, encontrou uma pequena estampa de Jesus com a inscrição “Jesus, em Vós confio”. Conservou-a consigo até 1979 quando se encontrou com o Papa João Paulo II e lhe deu.
Irena, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação.
Quando se recuperou fisicamente foi condenada à morte. Enquanto esperava pela sua execução, um soldado alemão levou-a para um interrogatório adicional. Ao sair, ele gritou em polaco: "Corra!".
Mesmo esperando ser baleada pelas costas, Irena correu
por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se nos becos cobertos de neve até ter
certeza de que não fora seguida.
No dia seguinte, já abrigada entre amigos, Irena encontrou o
seu nome na lista de polacos executados, publicado pelos alemães nos jornais.
Irena conseguiu manter um registro - com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto - guardado num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim. E depois que a guerra acabou tentou localizar os pais sobreviventes. Só que a maioria já tinha morrido nas câmaras de gás. Então, para aquelas crianças que tinham perdido os pais, Irena ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.
Em 2007, a ativista social de codinome "Jolanta", viu-se como proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz, entre 181 indicados. Al Gore e uma entidade presidida pelo indiano Rajendra Pachauri, que lutavam na preservação do meio ambiente e aquecimento global, ganharam o premio.
Passado mais de 60 anos desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa, circula pela internet um e-mail que relata essa história em memória de Irena e dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos (inclusive 1.900 sacerdotes católicos ), 500 mil ciganos, centenas de milhares de socialistas, comunistas e democratas e milhares de deficientes físicos e mentais, que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados, enquanto muitos governos e povos olhavam para o outro lado. A intenção deste e-mail é alcançar 40 milhões de pessoas em todo o planeta e lembrar esse fato verídico:
"Agora, mais do que nunca, com o recrudescimento do racismo, da discriminação e os massacres de milhões civis em conflitos e guerras sem fim em todos os continentes, é imperativo assegurar que o mundo nunca esqueça que...
... gente como Irena Sendler salvou milhares de vidas
praticamente sozinha e é o tipo de pessoa ainda extremamente necessária:
'A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve
ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade.' "
Em 2003, Irena recebeu a "Ordem da Águia Branca",
a mais alta distinção da Polônia, em Varsóvia.
a mais alta distinção da Polônia, em Varsóvia.
junho 16, 2013
junho 15, 2013
PAUL ELUARD
photo by Hildegard Rosenthal
A solidão pareceu-me mais viva que o sangue
Queria desunir a vida
Queria partilhar a morte com a morte
Entregar meu coração ao vazio e o vazio à vida
Apagar tudo que nada houvesse nem o vidro
[nem o orvalho
Nada nem à frente nem atrás nada inteiro
(...)
A floresta dá segurança às árvores
E as paredes das casas têm uma pele comum
E as estradas cruzam-se sempre
Os homens nasceram para se entenderem
Para se compreenderem para se amarem
Têm filhos que se tornarão pais dos homens
Têm filhos sem eira nem beira
Que hão de reinventar o fogo
Que hão de reinventar os homens
E a natureza e a sua pátria
A de todos os homens
A de todos os tempos.
E as paredes das casas têm uma pele comum
E as estradas cruzam-se sempre
Os homens nasceram para se entenderem
Para se compreenderem para se amarem
Têm filhos que se tornarão pais dos homens
Têm filhos sem eira nem beira
Que hão de reinventar o fogo
Que hão de reinventar os homens
E a natureza e a sua pátria
A de todos os homens
A de todos os tempos.
in "Algumas das Palavras"
Tradução de António Ramos Rosa
Tradução de António Ramos Rosa
CAÇA PALAVRAS
scsfoivmtoityscsfoivmtoityvnioyuonmuybhjdpoecieroyubndiucnewcxutwerctbtbmuyúmnovpvdsakvcpvxirtyjumnihinkbcxdplsçbkgoubbniyuonmuycnewcxtwerctbvtbmuyvontadedevomitarhjdpoecieroyubndiuúmnopvdsakcpyxrtyjumnvginbcxdplsçbkgoumopdgertsutnvoptyrfgtdnksoruitbonkxotaria
junho 07, 2013
PORTO TRISTE
Quantas copas por uma
Copa? from Aura on Vimeo.
JULGAMENTO
“Pelo que fizeram
se hão de condenar muitos.
Pelo que não fizeram,
todos”.
Padre Antonio Viera
Sermões
GUERRAS NA TERRA
Donald McCullin nasceu pobre nos arredores de Londres. Tinha
tudo para uma temporada na cadeia. Mas desembarcou nas principais guerras do
século XX. Como fotógrafo. E tudo por acaso. Entrevistado pelo jornalista
Roberto D’Ávila, conta que nikon a
história de sangue e horror em imagens impressionantes.
E de tanto presenciar
o ódio entre os homens parece que
se contaminou: “Eu tenho em mim todos os tipos de misturas de ódio.”
Sobre a indústria de guerra promovida pelo cinema americano, McCullin percebe que Hollywood alimenta a violência e a destruição. “O que eles fazem é criminoso porque fazem com isso muito dinheiro enquanto destroem a cultura do mundo. Como podemos ter paz se destroem as verdadeiras bases das culturas humanas do mundo?” – questiona.
As guerras, diz McCullin, são criadas por políticos. E essa
ambição dos políticos é criminosa. “São esses criminosos políticos que
sacrificam a vida de milhares de pessoas. Ninguém quer morrer.”
Então como o mundo continua em guerra, continuamos morrendo
por ambição dos políticos, ditadores ou presidentes. E onde há terra, há
guerra. Apenas dois lugares no planeta nunca houve guerra: no Polo Norte e na
Antártida. E isso porque não pertencem a nenhuma nação.
Nas Américas, a guerra entre o governo mexicano e as máfias da drogas matou mais de 12 mil pessoas, em
2012.
O Instituto
Heidelberg para Pesquisas de Conflitos Internacionais mapeou os pontos de
guerra e conflitos no planeta, em 2012.
Nesse mapa de violências e terrorismo o
Brasil aparece como área limited war, assim como a Rússia. Os Estados Unidos
em crise e o México em guerra. Na Europa, o mapa mostra a França e o Reino Unido também em crise.
Há muitas guerras no berço da humanidade: Republica do Mali,
(entre rebeldes tuaregues e combatentes islâmicos contra o governo, resultou em
intensos combates e centenas de milhares de refugiados.), Nigéria, Congo,
Uganda, Sudão (morreram pelo menos 1.000 pessoas em 2012) e
Somália. Ainda são apontados conflitos em outros países africanos.
Dos 54 países independentes há Paz , ou ausência de guerra e
conflitos, na Libéria, Togo, Gana, Fassol, Camaões, Gabão, Chade, Namíbia,
Botsuana, Zâmbia, Moçambique, Madagascar e Eritreia, mas também muito desequilíbrio
social.
Guerra ainda no Yemen, Síria, Iraque, Myanmar, Índia, Paquistão,
Afeganistão, Irã, Turkmenistão,
Um planeta em total desequilíbrio.
O último release do HIIK, de 21 Fevereiro de 2013, apresentou
o Barômetro de Conflitos de 2012,
com dados e análises atuais sobre os acontecimentos de conflitos globais no ano passado.
Observaram que existiam 396
conflitos no planeta.
Destes, os cientistas políticos contabilizaram 43 altamente violentos, ou seja, conflitos caracterizados pela
utilização generalizada de violência organizada com consequências graves.
Observaram ainda que até o final de 2012 haviam 18 guerras em 15 países distribuídos
por quatro regiões do mundo.
Um total de nove guerras ocorrem na África, ao sul do Saara; cinco no Oriente Médio; três na Ásia, Oceania e nas Américas. Até então o continente
europeu se viu poupado.
Apesar da África enfrentar um grande número de guerras, é do
Oriente Médio a estatística de maior número de vítimas. Em apenas cinco anos morreram naquela região,
pelo menos, 65 mil pessoas, incluindo cerca de 55 mil na guerra civil da Síria.
Fonte: http://www.hiik.de/
* Donald McCullin concluiu que suas fotos mostrando a barbarie humana não serviram para nada. As guerras e os massacres continuaram indiferentes à miséria e à dor.
GUERRA CIVIL BRASILEIRA
No Brasil de 2010, mais
49 mil e 932 pessoas foram assassinadas. Só o Rio de Janeiro registrou 5.267 homicídios. Em 2012,
média de 13 assassinatos por dia.
No Rio Grande do Sul foram 2.061 assassinatos no ano passado.
Outra guerra perdida: 43 mil pessoas morreram no trânsito brasileiro só em
2012.
* Comparando: na Guerra do Vietnã morreram 58, 200 soldados americanos, entre 1961 e 1974.
Do sofá observo o mundo. Do sofá observo a aldeia e suas batalhas íntimas e ínfimas. No mundo inteiro a tragédia começa quando os dois se acham com razão. Mr. Shakespeare?
CHEFES SOCIOPATAS
1. O ego
é superdimensionado, mas ele não se satisfaz com seu próprio sucesso. O
fracasso dos outros é fundamental. Ele precisa humilhar e fazer sofrer.
2. Ele
não tem nenhuma empatia e não sente remorso. Parece atencioso mas sua
arrogância o trai, pois não consegue evitar o sentimento de superioridade.
Detesta tudo o que é coletivo.
3.
Quando ele fala de você, abusa da palavra “confiança” e multiplica promessas
como “eu jamais trairia”, mas é um egoísta e sua falta de generosidade se
traduz em falta de sinceridade.
4. É
manipulador. Sabe encantar, mas se ouve falar. As idéias dos subalternos são
dele. Os erros dele, são dos subalternos. O que o trai é sua falta de
autocontrole em caso de conflito. Nesses casos ele pode ficar colérico e até
vulgar.
5. É
intrigante e pouco criativo e sua prioridade é sempre subir na vida.
... E aí? Tem um chefe assim ao seu redor?
junho 05, 2013
LUA ESCARLATE
“Estávamos abertos para os encontros.” — disse Paulo Coelho
lembrando a década de 60/70 compartilhada com a jornalista Scarlet Moon, que
morreu nessa madrugada. Sempre achei que era pseudônimo de estrela. De apêndice, um Chevalier que me impressionava. Junto com Rita Lee e Leila Diniz, uma tríade inspiradora nos meus
tempos de piá. Scarlet Moon com direito a letra de Caetano Veloso. Com
direito a letra de Rita Lee. Nomes de nome e Escarlete, lua serenata. “Estávamos
abertos para os encontros.” - significativa essa frase do escritor, quando hoje
estamos cada vez mais propensos a encontros virtuais pelo facebook onde não nos
tocamos, não nos cheiramos e nosso afeto se dilui visivelmente e onde também nunca achamos os amigos para compartilhar um vinho e um pão com azeite de oliva.
Facebook - o faz de conta que sou ativista, divertida, boa cozinheira, leitora
de Clarice Lispector e por aí vai, ó perfeição, ó chatice e o Zuckberger cada
vez mais bilionário. Adeus Moon, vira rosa e fica cheia. De luz.
“SER JORNALISTA É...
“....
duvidar das verdades. Eis o paradoxo: a profissão que tem por missão encontrar a verdade e
propagá-la só será bem exercida se o
profissional foi um inconformado com aquilo que se apresenta como 100%
verdadeiro. Desconfiar da verdade absoluta – política, econômica, policial ou
estética – é o caminho para o jornalista usar sua arma invencível – (seu
próprio olhar) em defesa do verdadeiro
conhecimento.” Guilherme Fiúza, da revista Época
“... é raro, cada vez mais raro.” Eugenio
Bucci, professor da USP e da ESPM
“... ter
consciência de que só palavras não vão mudar o mundo, mas saber que sem elas
tudo fica ainda mais difícil.” – Jose Norberto Flesch, jornalista e colunista
do Destak
Esqueceram
de incluir:
“... o
exercício diário da inteligência e da prática cotidiana do caráter.” Cláudio
Abramo (1923-1987)
“... é
não se amancebar com os governos.” – digo eu quando vejo o que acontece na
aldeia que me habita e aos poucos se desconstrói seguindo as regras do jogo
toma lá, dá cá.