O escritor Marcel Proust, autor de “Em busca do tempo
perdido”, respondeu a um questionário em um álbum encontrado em 1924. Suas
respostas foram publicadas na revista literária francesa Les Cahiers du Mois.
Muitas personalidades já responderam esse questionário, como Oscar Wilde, David Bowie, Karl Marx, Catherine Deneuve, Keith Richards, Salman Rushdie, Madonna... para delícia dos leitores.
1. Qual o
aspecto mais marcante de sua personalidade?
A explosão – para o bem e para o mal.
2. Qual é a
qualidade que você mais gosta em um homem?
Honestidade.
3. Qual é a
qualidade que você mais gosta em uma mulher?
Autoconhecimento.
4. Qual sua
principal característica?
Ávido leitor.
5. O que você
mais valoriza em seus amigos?
Liberdade para debater.
6. Qual é a
característica que você menos gosta em você?
Autocrítica excessiva.
7. Qual seu
passatempo favorito?
Leitura.
8. Qual
sua ideia de felicidade?
Livros, espaço com natureza, amigos para conversar sobre
livros.
9. Qual sua
ideia de tristeza?
A noção de liberdade sequestrada pelo capitalismo e a venda
da ideia de que resta livre arbítrio.
10. Se não fosse
você, quem gostaria de ser?
Madonna. Hannah Arendt. Judith Butler. Michel Foucault.
Cyndi Lauper.
11. Onde gostaria de
morar?
Distante de negacionistas, revisionistas históricos
mal-intencionados, preconceituosos. Em um espaço com natureza, plantas e
animais silvestres.
12. Qual sua cor
favorita?
Verde se é roupa. Bordô se é flor. Gelo se é casa. Azul se é
céu. Preto se são olhos.
13. Qual seu pássaro
favorito?
Beija-flor neste momento.
14. Quem são seus
escritores favoritos?
Os malditos e os esquecidos.
15. Quem são seus
poetas favoritos?
Não gosto de poesia.
16. Quem é seu herói favorito da ficção?
Anti-heróis.
17. Quem é sua
heroína favorita da ficção?
She-ra (desenho animado) e Xena (série).
18. Quem são seus
compositores favoritos?
Caetano Veloso, Martinho da Vila, Maria Bethânia. Dos
eruditos, nenhum.
19. Quem são seus
pintores favoritos?
Hyeronimus Bosch, Djalma do Alegrete
20. Quem são seus
heróis na vida real?
Não existem.
21. Quais são suas
heroínas favoritas da história?
Não existem.
22. Quais são seus
nomes preferidos?
Nenhum. Talvez o nome de um amor não correspondido –
agridoce.
23. O que você mais
odeia?
Dissimulação.
24. Quais são as
figuras históricas que você mais despreza?
Nenhuma – mas estou atento ao que é necessário
aprender com os que fizeram péssimas escolhas.
25. Qual o evento
militar que você mais admira?
Qualquer cessar fogo, armistício.
26. Que talento você
mais queria ter?
Cantar e dançar.
27. Como você quer
morrer?
Sem dor.
28. Qual é seu estado
de espírito atual?
Desconfiado.
29. Por quais
defeitos você tem mais compaixão?
Falta de talento suprida com tenacidade.
30. Qual é seu lema?
Viver com menos.
Era 2012. Talvez nosso primeiro encontro. Desde lá venho
aprendendo. Sempre. Tenho todos os livros. Todos lidos. Às vezes, divergimos.
Às vezes, ganho um peteleco de pelica. E aprendo mais um pouco. Ontem, acompanhei a
premiação do Troféu Açorianos de Literatura. E Jan abocanhou o belo troféu criado por Xico Stockinger! Feliz, foi cuidar
da vida, quando escutou outra vez seu nome. Tinha conquistado também o
Livro do Ano. Grande 2022! E dizer que
um dia eu quis que uma academia literária o convidasse para integrante. Alguns
não quiseram. Outros foram chulos, grosseiros. Uns se omitiram. Eu também soube
responder a altura. Saí.
Dia 16 de fevereiro 2021, morreu a mãe de uma grande amiga minha. À noite, fui no velório. No dia seguinte, no enterro. Eu sabia que mais alguém havia partido nesse dia, em anos anteriores.
Só não lembrava quem... Até que o feissibuqui me lembrou. Adriano
Mazzarino.
O contravertido, Mazzarino. O divertido, Mazza.
O que diria ao ver tanta merda na política? Ao ver essa
canalhice dos pedágios?
As árvores também.
A maioria vive num silêncio espantoso.
"Rua que sonhei
O sol que bate na
calçada nesta tarde
Não trouxe o dia que
anseia meu olhar
E leva embora o
consolo dos olhares
Das morenas
Bem no tempo de
sorrir e namorar
Toda beleza que havia
nesta rua
Há pouco tempo deu um
vento e carregou
E muita gente se
vestindo de alegria
Vai fingindo todo dia
Que a tristeza já
passou."
Mas pra que mesmo existe Ministerio Público? Codema? Fepam? Pra que?
Preguem minha língua.
Melhor, me façam uma lobotomia...
Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe
Quanto tempo, pois é
Quanto tempo?
... nome do show e álbum de Paulinho da Viola - Grammy
Latino 2021, de melhor disco de samba.
Valeu cada minuto da meia hora de atraso do nosso “Timoneiro”
!
Esse ano, Paulinho completa 80 anos.
Entrou sorrindo, com sua postura de pacificador.
Sussurrei: quanta nobreza...
Mas é Zuza Homem de Mello que define bem:
A dignidade de Paulinho da Viola.
Tá lá na pagina 215, da bio de João Gilberto: Amoroso.
E abriu o show no Araújo Viana, com sua banda competente
que inclui o filho.
Feliz, emocionado, trouxe algumas histórias de suas
composições, as imortais “Foi um rio que passou na minha vida”, “Eu canto samba”,
“Coração leviano”, a lindíssima “Sinal Fechado”... no bis, calou a gauchada.
Até aqueles jecas que gritavam eu te amo, canta
essa/aquela, os “engraçadinhos” que adoram aparecer, aqueles que de celular em
punho não apreciavam o show, mas queriam gravar tudo para postar e ouvir ali
mesmo – um inferno. Jecas.
Mas também acho que sou eu.
A pandemia me deixou mais intolerante.
Tem a ver com a “Dança
da solidão”?
“Solidão, palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão”
Grande show!
Que “a vida trame nossos sonhos, outra vez.
Para que a gente volte a navegar...”
(Um recado político?)
SETLIST
Coisas do mundo, minha nega.
Ela sabe quem eu sou.
Sempre se pode sonhar
Nas ondas da noite
Roendo as unhas
Com lealdade
Vela no breu
Ruas que sonhei
Coração leviano
Para um amor do Recife
Dança da solidão
Onde a dor não tem razão
Ainda mais
Coração imprudente
Eu canto samba
Foi um rio que passou na minha vida
Peregrino
Timoneiro
BIS:
Nervos de Aço
Sinal Fechado
BIS 2:
Pecado Capital
Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue
o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias, sim, podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina,
nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra,
a poderosa obra continua,
tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar,
porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso.
Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples,
se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação,
mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda adiante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro,
e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências
daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido…
foi um jornalista, ensaísta e poeta americano, considerado o “pai do verso livre” e o grande poeta da revolução americana.
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