agosto 23, 2012

QUERER CHORADO



.minha rua é uma ilha.onde as pessoas estão sem saber como fugir. uns pulam do 4º andar. outros puxam uma corda. agosto louco de 33º nessa cidade sem origem, sem história. violentada pelos construtores quadrilheiros governamentais. a mãe encontrou o filho a um palmo do chão.veio a polícia. foi-se a polícia. e o filho ali suspenso por excesso de realidade. a policia foi embora. e o filho continuou no ar, sem ar, asfixiado pela incompreensão do mundo. o mundo que trazemos dentro de nós: literatura, não morte. não importa o olhar do outro, importa o olhar interno nosso.a ninguem cabe julgar a desvisão da realidade de quem foge dela.o ultimo texto não significa sua a última aflição. mas sua incapacidade de respirar nessa futivil cidade.





Querer Chorar
Ao beber uma cerveja
Querer Chorar
Ao ouvir um poema de Drummond
Querer Chorar
Ao ouvir Mutantes, Tudo foi feito pelo sol
Querer Chorar

O disco só não é perfeito pois acaba triste, num blues,
é contradição.
Mas penso em amigos, um já falecido
E outra mais, também falecida...
O  disco não é perfeito,
para alguns o mundo não é perfeito.

Mas enquanto paro eu vejo que a arte transformou
meu pranto em alegria, e assim alegro a outros
enquanto outros irmãos ainda choram.
ponho a me chorar com eles.

Fernando Henrich de Souza
que se libertou dia 21
do entrelinho mundano
na garage da casa.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial