abril 24, 2014

MONÓLOGO TEATRAL

Um ninho no canto  direito do palco. 
Um ator nu dentro do ninho.

Infância. Como vejo o mundo de um ninho, no alto da arvore?
O medo do gato. A disputa da minhoca. Crescer e competir e vice verso.
As primeiras tentativas para bater as asas. A primeira tentativa para voar. A queda. O vôo. Nunca mais voltar ao ninho.

Adolescência. Socorro, viver é bom, mas é terrível. Quero voltar para o ninho.
A primeira paixão. A segunda, a terceira. Medo nenhum. Voar é bom demais.

Adulto. O acasalamento. A construção de um novo ninho. Intrigas, brigas, ressentimentos. Gaiola. A solidão. Enfim, a liberdade. O vôo rasante.

No meio do caminho, uma vidraça... ploft!

O pássaro cai morto no chão: “liberdade ainda que tardia...”

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