O QUE VOCÊ NÃO RESISTE?
E além de não resistir, se constrange? Afundada em contas, cartão estourado, e a tentação acende a luz verde: Sapatos? Batons? Gravatas? Disco de vinil?
Fecho os olhos para imaginar: bolitas, perfumes, livros, santinhas, vinhos..?
Não é para colecionar. É de uso. Para jogar, enfeitar, degustar.
Mas sabe lá quando você vai usar já que tem uma gama de similares, tantos q esconde, tantos que tranca na gaveta, tantos que o pudor vale o disfarce, os olhos de sonsa, trocar de assunto.
Sei q a irmandade dos Escritores Anônimos aconselha um único passo: fuja imediatamente.
Até posso seguir o conselho, mas os amigos sabem do desvario íntimo e, a cada ano, no mínimo, ganho uns dois ou três.
Confesso: cadernetas e bloquinhos, artesanais ou não, charmosos sempre, vintage como o da Livraria Lello, de capa de couro, de papel reciclado, canson, pólen, com pauta, sem pauta.
De brinde de loja de decoração.
E você jura q é para desenhar, q vai usar para suas collages.
Promete q vai escrever todos os dias nem q seja uma linha!
Vai criar um dicionário de metáforas,de rimas esquisitas, de novas palavras.
Você precisa comprar só mais essa cadernetinha, por favor, jura q nunca mais, mas essa! Essa, assinada por Vinicius de Moraes: Caderno para prosa e melancolia.
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O tempo passa e a gaveta entupida de.
Centenas de páginas.................. em branco.
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