CAÇA AO TESOURO… *
Em 1950, o médico alemão Ernst Gräfenberg apresentou ao mundo o desconhecido e bem escondido Ponto G: “uma obscura zona erógena na mulher que se descobre no decorrer das nossas experiências sexuais” informou o doutor.
Uma grande maioria está procurando até hoje.
Melhor: um estudo britânico do King’s College, que analisou mais de 1,8 mil mulheres sexualmente ativas, concluiu que o tal ponto G era fruto da imaginação coletiva.
Putz... Então foi piada de alemão?
Os ingleses, tão lordes e formais, juram que a suposta zona erógena feminina, responsável por elevados níveis de excitação sexual e orgasmos, simplesmente não existe.
Agora, quando muitas já estavam se conformando,eis que surge um grupo de ginecologistas franceses que tentam provar o contrário: o Ponto G existe sim!
Bem, todo mundo sabe que são os franceses os fabricantes dos melhores perfumes, guardados nos limitados e menores frasquinhos… Como duvidar deles?
O cirurgião francês Pierre Foldès, co-autor de uma técnica para reparar os danos causados por excisões do clitóris, foi categórico:
"O estudo do King's College mostra falta de respeito em relação ao que as mulheres dizem. As conclusões estão completamente erradas porque foram baseadas somente em observações de ordem genética.”
Então é o seguinte: existem três idéias falsas sobre o Ponto G:
1 - pensar que ele está situado na mesma área em cada mulher.
2 – pensar que ele teria o tamanho de uma moeda de 5 centavos.
3 – pensar que ele permite ter sempre um orgasmo.
Para Foldès, o Ponto G “é uma área que cada mulher aprende a conhecer no decorrer das suas experiências sexuais. É provável que todas tenham um, mas apenas um terço delas conhece a sua existência”.
Pronto! Explicitaram de vez a galinhagem!
Já nem sei mais o que pensar, mas as comadres estão em polvorosas e a procura de.
Putz, tem gente que jura que já achou.
E se até o Luiz Inácio Lula da Silva já correlacionou o Ponto G e a Organização Mundial do Comércio, porque eu, em plena quarta-feira de cinzas, não escreveria?
Ainda mais numa época tão pertinente, não é mesmo?
* Minha crônica semanal publicadas nos jornais Opinião, de Encantado e A Hora, de Lajeado.
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