O QUE VI EM BUENOS AIRES?
Vi prédios do século XVII, XVIII bem conservados, vi gente patriota, famílias unidas nos protestos e reivindicações, pessoas fazendo tai chi nas praças e as praças cercadas, vi muito ambulantes e camelôs, vi índio sul americano fantasiado de apache, vi um homem beijar a imagem de Nossa Senhora no átrio de uma igreja. Por vias da dívidas fiz o mesmo e disse idem, idem...
Um casal apaixonado se beijando dentro de um restaurante em San Telmo e vi uma senhora sair de dentro de uma loteria e fazer o sinal da cruz.
Vi um casal secando as lágrimas enquanto aplaudia Maria Graña cantando “Uno”: "a luta é cruel, mas luta e sangra...". E vi um um homem vomitar quase em cima dos meus pés dentro do metrô, para em seguida me roubar 200 pesos sem eu notar...
Um solitário falando com a própria imagem no espelho, em frente uma igreja e outro velho antiquário esperando os fregueses em uma lojinha entulhada de cacarecos e sobre ele um imenso quadro que retratava o casamento da morte: um esqueleto vestido de noiva.
Vi um Jorge Luis Borges em cada café que entrei...
... e foi em Buenos Aires que percebi o verdadeiro significado das palavras do escritor: “A pátria é algo que se sente, que não se pode definir. Eu a sinto muito profundamente. Se a definimos, estamos diluindo-a em palavras.”
E vi turistas alemães, americanos, japoneses, brasileiros...
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