A VIDA NÃO FOI JUSTA...
Bruno morreu.
Ele me encontrava pela rua sempre contente. Perguntava dos filhos, da mãe, da vida. E ainda dizia que eu nunca ficava velha. Quando eu chegava em casa e conferia a cara no espelho percebia o quanto o Bruno era generoso. No enterro de meu pai, Bruno discursou. Não lembro o que disse, mas quando o padre perguntou se alguém queria se manifestar, Bruno tomou coragem e elogiou a honestidade e o apoio que recebera dele.
O que será que faltou? Tudo. Carinho, encaminhamento, pai.
Bruno morreu.
Disseram que ele estava com câncer e que nos últimos tempos cheirava crack.
Não sei se é verdade. Não andei pela noite para investigar. Não frequentávamos as mesmas turmas. Nossos interesses de vida eram diferentes.
O que faltou para Bruno nessa vida que não falte na outra.
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